quinta-feira, 30 de maio de 2013

Papa Francisco

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Papa deplora tráfico de seres humanos e pede compreensão com os migrantes

Francisco parabenizou ações de proteção aos migrantes e refugiados

O Papa Francisco discursou durante a vigésima plenária do Pontifício Conselho Para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes que transcorreu no Vaticano, com a presença de dom Alessandro Ruffinoni, religioso da Congregação Scalabriniana e membro do pontifício conselho.

O papa iniciou falando sobre o tráfico de pessoas e disse ser uma atividade "ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas", apelando aos criminosos que façam um sério exame de consciência consigo mesmo e diante de Deus.

Francisco também pediu mais bondade e compreensão com os migrantes e refugiados e às comunidades eclesiais uma atenção diferenciada às pessoas que estão migrantes.

Reportagem Roseli Lara da Webradio Migrantes

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A vida...

Haitianos constroem o caminho da Copa


Universitários, professores e poliglotas atuam nas obras do complexo viário do Itaquerão


26 de maio de 2013 | 2h 01

CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo


Eles vieram da destruição para construir São Paulo e, de certa forma, reconstruir as próprias vidas. São professores, universitários e até atletas que falam duas, três, quatro línguas e trabalham como operários, concretando lajes e chumbando armações de ferro por salários de R$ 1,2 mil, em média. Estão a milhares de quilômetros de seu país, o Haiti, na América Central, e a poucos passos da arena que vai simbolizar a alma esportiva da capital na Copa do Mundo de 2014, o estádio do Corinthians, o Itaquerão, na zona leste.

Desde o fim do ano passado, o consórcio que toca as obras do novo complexo viário no entorno da futura arena têm empregado mão de obra haitiana. Ávidos para reerguer lares e famílias, destroçados pelo terremoto que atingiu o país caribenho em janeiro de 2010, matando mais de 200 mil pessoas, esses trabalhadores - e também trabalhadoras - buscam no Brasil as oportunidades que ainda não encontraram em sua terra natal.

Sergo Pierre, de 35 anos, deixou para trás a mãe, três irmãos e a faculdade de Direito - já havia cursado três anos e sete meses da graduação - para tentar a vida em São Paulo, sem ideia do que o esperava. "Não conhecia ninguém aqui, mas sempre ouvi falar da cidade, uma das maiores do mundo."

Há um ano, veio atrás do que a metrópole poderia oferecer. Primeiro, ganhou a vida numa cooperativa. Depois, como encanador. Faz cinco meses que trabalha como pedreiro, com carteira assinada e os devidos direitos trabalhistas, na construção de viadutos, túnel e alças de acesso que começam a mudar as feições de Itaquera.

No total, são 1,1 mil empregados - 50 vindos do Haiti, entre eles duas mulheres - empenhados no projeto de R$ 257 milhões, previsto para ser entregue em março de 2014, três meses antes do Mundial.

O grupo de estrangeiros, porém, cresce pouco a pouco. Por isso, cada vez mais uma das línguas que se ouvem perto do Itaquerão é o crioulo. E o francês, obviamente. É que esses são os dois idiomas oficiais daquele país, onde também se aprende inglês e espanhol na escola. Quem conta é Gamisson Francisque, de 25 anos, que já arranha o português. "Eu estudava Engenharia Mecânica, estava no terceiro ano quando vim. Ainda quero retomar os meus estudos", diz.

Assim como ele, seus colegas de trator, alicate e betoneira também sonham em voltar para as atividades originais. O caso mais emblemático é o de Samuel Alcine, de 23 anos. Hoje, o jovem, ex-jogador da seleção de futebol do Haiti, opera uma britadeira. "É complicado acompanhar a construção do estádio do Corinthians tão de perto e não sonhar jogar ali um dia", afirma Alcine.

A distância. A saudade, uma palavra tão portuguesa, rapidamente se incorporou ao vocabulário dos estrangeiros. Luckner Honorat, de 34 anos, que era professor em seu país, sente falta da família. Sua mãe morreu em dezembro. Logo depois, ele optou pelo Brasil. Pierre, por sua vez, tem de dividir a saudade entre o Haiti e a França, onde trabalha sua mulher, a quem não vê há cerca de três anos.

A administradora da obra, Cassia Waleska Pereira, de 49 anos, tenta, de alguma forma, amenizar a nostalgia dos trabalhadores. Ela é uma espécie de mãe para os haitianos que chegam ao Consórcio Viário Zona Leste. Desde a primeira "turma", formada há cinco meses, é responsável por assegurar que os novos profissionais, todos com carteira assinada, se entrosem à equipe. "O que a gente sente é que eles precisam de trabalho nem que for só para comer."

Segundo ela, existe uma dificuldade para a contratação de mão de obra nacional. Por isso, a absorção
de haitianos.

Com o tempo, o envolvimento foi se tornando maior e ela já vai a festas dos funcionários - a maioria deles mora em apartamentos compartilhados na região central. O carinho se tornou recíproco. O dia de seu aniversário, 20 de março, coincidiu com o do nascimento da filha de um dos haitianos, o carpinteiro Kedner Jean Baptiste, de 25 anos, que decidiu batizar a rebenta com o nome de Cássia.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Noticia

21 de Maio de 2013 atualizado às 21h29

Brasil e Haiti reiteram esforços para combater tráfico de pessoas

Haitianos são trazidos ao Brasil por intermediários, os chamados coiotes


O primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiteraram nesta terça-feira que há um esforço coletivo para combater o tráfico de pessoas e a ação dos intermediários, chamados de coiotes, na migração de haitianos. Além de uma campanha educativa, está em curso uma série de orientações à população haitiana sobre as vantagens de percorrer o caminho legal para migrar.

"Teremos um Conselho Superior da Polícia que vai atuar também na questão da migração. Nós convidamos a Embaixada do Brasil no Haiti para conhecer o nosso plano de ação e estamos trabalhando com a sensibilização, que tenta desencorajar as redes de coiotes, favorecendo a migração legal", disse Lamothe. "Os haitianos são boas pessoas e estão à procura de trabalho quando migram."

O primeiro-ministro do Haiti está no Brasil para uma série de reuniões com autoridades e empresários brasileiros, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em discussão, projetos de parcerias nas áreas de educação, tecnologia, ciência, infraestrutura e saúde, além de energia, segurança alimentar, inclusão social e biocombustíveis.

Segundo Lamothe, o Haiti superou várias dificuldades, oriundas da destruição causada pelo terremoto de janeiro de 2010, mas ainda necessita de ajudar internacional. De acordo com ele, é fundamental o apoio da comunidade estrangeira nas áreas de educação, reconstrução física, combate à pobreza extrema e produção energética. "Sempre respeitando a soberania", disse.

Em relação à retirada gradual das tropas estrangeiras da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), Lamothe confirmou que deve ser obedecido o cronograma fixado até 2016. Paralelamente, será reforçada a polícia nacional, cuja formação está em curso. "É necessário trabalhar de forma mais dinâmica. Com a cooperação bilateral, acreditamos que poderemos dinamizar, e no dia em que as tropas se retirarem, estaremos 100% prontos", disse.

Lamothe se reuniu também com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratar de acordos de cooperação técnica para a eletrificação no Haiti. O governo do Brasil desenvolve vários projetos de cooperação com o Haiti. No caso da Minustah, a perspectiva, segundo cronograma da Organização das Nações Unidas (ONU), é retirar gradualmente até 2016 todos os militares estrangeiros que estão no país. A ideia é fortalecer as forças de segurança locais.

É esperada para o fim do mês a inauguração do primeiro hospital comunitário de referência, construído pela parceria dos governos do Brasil, de Cuba e do Haiti, em Bons Repos, na região metropolitana de Porto Príncipe, capital haitiana. No total, serão construídas três unidades hospitalares, que ficarão nas regiões de Bons Repos, Beudet e Carrefour.

Cada hospital comunitário contará com atendimento materno-infantil - com salas de parto e cesariana, além de atendimento ao recém-nascido -, leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), clínica médica, pediatria, ginecologia, quatro salas para cirurgias, atendimento ambulatorial, laboratório para exames básicos de urgência e serviço de radiologia e ultrassonografia.

Agência Brasil

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Lista: Residencia Permanente Haitianos (prazo de 90 dias para se apresentar na Policia Federal a partir do dia 15 de maio de 2013.



Processo nº 08221.000810/2012-15- ALERBE DENEUS

Processo nº 08221.000682/2012-18 - ANNE ROSE CONSTANT

Processo nº 08221.000371/2012-41 - AVRIUS JEAN

Processo nº 08221.000811/2012-60 - BENSON SAINTILMON

Processo nº 08221.000549/2012-53 - CESAR COMPERE

Processo nº 08221.000808/2012-46 - CUDY PIERRE

Processo nº 08221.000362/2012-50 - DERICK EDOUARD

Processo nº 08221.000803/2012-13 - DIEUNETTE DORCE

Processo nº 08221.000802/2012-79 - EGENEL SIMEON

Processo nº 08221.000342/2012-89 - ELAM CLERVIL

Processo nº 08221.000812/2012-12 - ENDY FLORIVAL

Processo nº 08221.000351/2012-70 - ESTELLA ESTIME

Processo nº 08221.000364/2012-49 - ESTEPHANIA JEAN BAPTISTE

Processo nº 08221.000807/2012-00 - EVENO JOSEPH

Processo nº 08221.000118/2012-97 - FANFAN DELVA

Processo nº 08221.000801/2012-24 - FISELENE LIBERICE

Processo nº 08221.000806/2012-57 - GENIEL FILS AIME

Processo nº 08221.000365/2012-93 - GINETTE JEAN CHARLES

Processo nº 08221.000345/2012-12 - GUERLYNE CADET

Processo nº 08221.000533/2012-41 - GUSTAVE AMETUS

Processo nº 08221.000329/2012-20 - HENRY CLAUDE ADECLAT

Processo nº 08221.000346/2012-67 - HENRY DILUS

Processo nº 08221.000557/2012-08 - HENRY ESTIME

Processo nº 08221.000628/2012-64 - HERODINE MILIUS

Processo nº 08221.000372/2012-95 - HOLAND JOINVILLE

Processo nº 08221.000534/2012-95 - INEDITHE APOLLON

Processo nº 08221.000361/2012-13 - INESTAN DOMINIQUE

Processo nº 08221.000370/2012-04 - IVONETTE JOSEPH

Processo nº 08221.000348/2012-56 - JACQUES DESIR

Processo nº 08221.000343/2012-23 - JASMIN CHARLES

Processo nº 08221.000347/2012-10 - JONAS DUMEUS

Processo nº 08221.000363/2012-02 - JONAS GEORGES

Processo nº 08221.000804/2012-68 - JONAS RICHE LAINE

Processo nº 08221.000805/2012-11 - LAHENS TOUSSAINT

Processo nº 08221.000350/2012-25 - LUXIANE CHACHOUTE

Processo nº 08221.000353/2012-69 - MANOIL HENRY

Processo nº 08221.000344/2012-78 - MANOUCHEKA CIUS

Processo nº 08221.000349/2012-09 - MARIE FRANCE DORLIZIER

Processo nº 08221.000558/2012-44 - MATHELY ESTIMABLE

Processo nº 08221.000639/2012-44 - MECCEN NORD

Processo nº 08221.000360/2012-61 - MICHELET DESTRAT

Processo nº 08221.000634/2012-11 - MISTRALE LOZIN

Processo nº 08221.000550/2012-88 - OLEX COSTUME

Processo nº 08221.000637/2012-55 - RENETTE PIERRE

Processo nº 08221.000359/2012-36 - RINA DESTINE

Processo nº 08221.000638/2012-08 - ROBSON ROBERT MICHEL

Processo nº 08221.000635/2012-66 - ROUDY PIERRE

Processo nº 08221.000352/2012-14 - SEVERE ELISMAT

Processo nº 08221.000551/2012-22 - SILIANA DALMACY

Processo nº 08221.000636/2012-19 - WATSON OTARIS.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Analise

14 de mayo 2011-14 de mayo 2013: El pueblo haitiano entre la desesperación y una esperanza cada vez más remota

15 de mayo de 2013. Ayer 14 de mayo del 2013, la administración política del presidente haitiano Michel Martelly cumplió dos años en el poder. Mientras tanto, el pueblo se sigue debatiendo entre la desesperación por sus inhumanas condiciones de vida y la esperanza cada vez más remota de ver surgir un nuevo país reconstruido.

Mientras que se agravan los problemas socio-económicos tales como la inseguridad alimentaria, la falta de educación, empleo y vivienda digna y segura, por citar sólo algunos, los discursos políticos con sabor a campaña electoral anticipada invaden la atmósfera del país.

Preparativos para las próximas elecciones parlamentarias, municipales y locales

Los partidos y personalidades políticos, incluso el mismo presidente, se concentran ya en las próximas elecciones parlamentarias, municipales y locales, que serán organizadas este año por el Colegio Transicional del Consejo Electoral Permanente (CTCEP), cuyos nueve miembros se posesionaron el pasado 19 de abril.

Desde su instalación oficial, el organismo electoral ha estado preparando el presupuesto (el de las elecciones pasadas costaron 29 millones de dólares americanos) para buscar financiamiento, así como el calendario electoral para realizar las elecciones antes de finalizar el año.

¿Dónde está la prioridad del Estado haitiano?

Para algunos analistas e incluso para gran parte del pueblo, se evidencia claramente dónde está la prioridad del Estado haitiano y de los políticos de este país. Si no, ¿cómo explicar el apuro por organizar las elecciones y la indiferencia ante los problemas que aquejan a la población?

Las diferentes protestas pacíficas realizadas por sectores del país, así como los informes de organizaciones internacionales de derechos humanos y de organismos de la sociedad civil haitiana muestran con elocuencia la necesidad de aportar una solución urgente a ciertos problemas que se agravaron en Haití, luego del terremoto del 12 de enero de 2010.

En un informe titulado Nulle part où aller (Sin ningún lugar adónde ir) y publicado el pasado 17 de abril, Amnistía Internacional denuncia la situación de 16.104 familias desplazadas que fueron expulsadas violentamente (de enero de 2010 a marzo de 2013) de los campamentos ubicados en terrenos públicos o privados sin tener acceso a ningún recurso ni a una solución de relocalización (1). 

“Amnistía Internacional escribió una carta al presidente de la República, Michel Martelly, al Primer Ministro Laurent Lamothe, a la Oficina del Protector del Ciudadano, al Alcalde de Puerto Príncipe y al de Delmas, para solicitarles un encuentro. Sin embargo, esas solicitudes fueron negadas o simplemente se quedaron sin respuesta”, deploró la organización en el mismo informe.

Con respecto a la inseguridad alimentaria, la Oficina de Coordinación de Asuntos Humanitarios (OCHA por su sigla en inglés) sonó la alarma en un informe publicado a comienzos del mes pasado (2). 

1.5 millones de haitianos están sufriendo de la inseguridad alimentaria “severa”, mientras que cerca de 82.000 niños menores de cinco años están en situación de desnutrición, según esa agencia de la ONU. El hambre se ha agravado en Haití, debido principalmente al impacto devastador de los huracanes, tormentas tropicales y otros fenómenos de esta naturaleza sobre la endeble agricultura de un país tan vulnerable.

Ante este grave problema, la actual administración política no ha dado una respuesta concreta. Hasta ahora las medidas que ha anunciado para enfrentar el hambre, por ejemplo la compra de productos alimentarios locales por parte del Estado para distribuir a la población más vulnerable, se quedan a nivel de propuesta, programa y “propaganda gubernamental”, según algunos analistas.

Las tasas altas de desempleo se incrementaron también en el país, afectando principalmente a los jóvenes. Más de la mitad de la población haitiana son jóvenes menores de 21 años. Las políticas públicas implementadas por la actual administración no han logrado incentivar ofertas de empleo ni brindar a los jóvenes las competencias adecuadas para acceder al mercado laboral existente.

De allí que cada vez más jóvenes haitianos intentan huir del país en busca de oportunidades de estudio y empleo en otros países. Las redes de tráfico de migrantes aprovechan con toda impunidad esta situación para ofrecer a los jóvenes, muchas veces con el consentimiento de sus propios padres, falsas promesas de estudio y trabajo en Sud América, por ejemplo.

¿Para qué más elecciones?

Ante este panorama desolador y desesperanzador, el pueblo haitiano sigue viviendo y resistiendo en los campamentos, en los cinturones de miseria en las grandes urbes y en el campo, cada vez más despoblado, con  la esperanza cada vez más remota de ver reconstruir su país, mientras los políticos y el Estado se ponen a preparar las próximas elecciones.

¿Para qué más elecciones, con resultados tan pobres que dan nuestro presidente y otros representantes elegidos por el pobre?, podría preguntar algún haitiano escéptico. “Para evitar una posible crisis política”, le responderían los miembros del actual Colegio Transicional del Consejo Electoral Permanente (CTCEP). Es el precio de la democracia, irónicamente.

 
Por Wooldy Edson Louidor
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Wooldy Edson LOUIDOR
Coordinador de Comunicación del SJR-LAC
Servicio Jesuita a Refugiados para Latinoamérica y el Caribe (SJR LAC)

Skype: wooldy.edson.louidor
Dirección: Carrera 25 No. 39-79. of.322. Bogotá, Colombia
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Noticia

Brasil fará campanha para mostrar aos haitianos riscos da imigração ilegalPara estimular o uso de rotas legais de imigração, a campanha vai lembrar os custos e riscos de entrar no Brasil ilegalmente; representantes de Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e República Dominicana estiveram na reunião

Agência Brasil
Publicação: 15/05/2013 20:18 Atualização:

Em reunião realizada nesta terça-feira (15/5), em Brasília, Brasil e Haiti se comprometeram a realizar campanhas de esclarecimento aos haitianos sobre os riscos da imigração ilegal. Nas campanhas, serão destacados os benefícios das vias legais de imigração. Representantes de Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e República Dominicana também estiveram na reunião e concordaram em cooperar com a medida, uma vez que as rotas alternativas passam por esses países.

Para estimular o uso de rotas legais de imigração, a campanha lembrará os custos e riscos de entrar no Brasil ilegalmente. Também será mencionado o fim do limite anual para emissão de vistos a haitianos que desejam entrar no Brasil, conforme Resolução Normativa 102/2013 do Conselho Nacional de Imigração.

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Os países participantes também concordaram em trocar informações sobre as rotas alternativas utilizadas por redes criminosas de imigração. O Ministério da Justiça, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência estiveram presentes para discutir a questão. Nenhum acordo, no entanto, foi assinado no encontro.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Informacao

Autoridades do Brasil discutem soluções para imigrantes haitianos

      Quarta, 15 de maio de 2013 • 08:59

Representantes do Brasil, do Haiti, da República Dominicana, do Peru, do Equador e da Bolívia se reúnem, a partir das 9h30, no Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, para definir a adoção de medidas que garantam melhorias para os haitianos que queiram migrar para esses países. Na reunião, as autoridades devem discutir ações que ampliem o controle nas áreas de fronteira e impeçam a ação dos intermediários, os chamados coiotes – pessoas que cobram pela travessia de imigrantes.

As autoridades querem intensificar as parcerias para impedir a ação dos coiotes e assegurar o intercâmbio de dados migratórios, de inteligência e de informações policiais. Há três semanas, o governo brasileiro promoveu uma força-tarefa no Acre.

O diretor do Departamento de Imigração e Assuntos Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, o diplomata Rodrigo do Amaral Souza, disse à Agência Brasil que a proposta é aumentar os esforços para garantir uma situação de vida melhor aos haitianos. Segundo ele, a preocupação é com os coiotes que “exploram e fazem os imigrantes correrem todo tipo de risco”.

Do lado brasileiro, participarão da reunião integrantes do Itamaraty, do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ao final das conversas, deve ser divulgado um comunicado com as decisões e as medidas que serão adotadas para os próximos meses.

Com o fim do limite de concessão de 100 vistos por dia para os haitianos, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União, no último dia 29, Amaral disse que a expectativa é atender a todos os pedidos até dezembro. A resolução também acabou o limite de 1,7 mil vistos por ano. Até abril, havia pedidos agendados, na Embaixada do Brasil no Haiti, para a concessão de vistos até junho de 2014.

Amaral lembrou ainda que a preocupação em conter os coiotes e buscar a regularização dos imigrantes não se refere apenas aos haitianos, mas também aos senegaleses, dominicanos, nigerianos e cidadãos de Bangladesh, do Paquistão e Sri Lanka, que chegam ao Brasil pelo Norte do país. Segundo ele, esse movimento migratório existe desde 2010, mas se intensificou nos últimos meses com a chegada dos haitianos.

Fonte: Agência Brasil