quinta-feira, 7 de março de 2013

Acre - Atualmente, uma realidade dos haitianos naquela cidade.

Sem emprego, haitianos perambulam por cidades do Acre

Haitianos perambulam por ruas de Brasileia, no Acre, sem emprego e perspectiva. Fotos: Fábio Pontes
 
A janela aberta traz uma leve brisa, um refresco para uma haitiana de 29 anos, de olhar cansado e perdido, que viajou cerca de 3.000 km atravessando vários países, em busca de uma vida melhor.
“Quero muito ter meu emprego, ter meu dinheiro para buscar os meus filhos. Eles precisam de mim, sinto muita falta deles”, diz Nadine Bertulia à reportagem da BBC, quase às lágrimas.
Sentada num quarto que divide com outros 12 haitianos, em um abrigo no calor abafado de Brasileia, na fronteira com a Bolívia e o Peru, ela conta que deixou os dois filhos pequenos em Porto Príncipe e aguarda ansiosa por um emprego.
“Só quero uma oportunidade para trabalhar, não vim para cá para não fazer nada. Lá não há emprego, não está fácil viver (no Haiti), tudo é mais difícil”, diz ela, só ter um objetivo.
 
O drama de Nadine reflete a difícil situação das centenas de haitianos que perambulam por cidades no Estado do Acre em busca de emprego.
Apesar da flexibilização e ajuda de autoridades brasileiras na concessão de visto, a situação de muitos imigrantes do Haiti continua delicada.
 
O acordo assinado entre Brasil e Haiti no início de 2012, que concede 1,2 mil vistos permanentes por ano para tentar controlar a imigração irregular, não tem sido suficiente para absorver o contingente de novos grupos que chegam ao país diariamente, principalmente no Acre, a principal porta de entrada deles no país.
 
Desde que o acordo entrou em vigor, estima-se que 1,3 mil haitianos “novos” tenham atravessado as fronteiras brasileiras do Estado com a Bolívia e o Peru.
Estes recebem um visto provisório de seis meses, prorrogável por igual período, que lhes dá o direito de viver e trabalhar no Brasil. Passado este um ano, eles precisam solicitar a cidadania para permanecer de forma legal.
 
Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre, para ajudar os haitianos, já que não se encaixam nos grupos contemplados com os vistos “tradicionais”, como refugiados políticos, pessoas fugindo de guerras ou perseguição racial ou religiosa, foi criado o status de ajuda humanitária.
Este visto permite que eles trabalhem, e a imensa maioria dos haitianos segue, já com carteira de trabalho e CPF no bolso, para Estados em que há melhores chances de emprego, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Redes, arroz e feijão
não há emprego, não está fácil viver , tudo é mais difícil” Nadine Bertulia, imigrante haitiana”]não há emprego, não está fácil viver , tudo é mais difícil” Nadine Bertulia, imigrante haitiana”]
Eu só quero uma oportunidade para trabalhar. Lá [no Haiti
 
A situação dos que, sem dinheiro, permanecem no Acre, não é fácil.
A cidade de Brasileia, a 230 km da capital do Estado, Rio Branco, é hoje o retrato dessa situação. Por qualquer rua é possível encontrar haitianos, homens e mulheres, perambulando sem direção e vivendo sem perspectivas.
Atualmente, pelo menos 470 cidadãos haitianos aguardam por oportunidades de emprego e a cada dia chegam novos grupos à cidade. Um dia antes da chegada da reportagem, quase 50 haitianos chegaram a Brasileia.
Em uma casa que abriga haitianos, o espaço é pequeno; todos os cômodos são aproveitados e estão superlotados. As árvores do quintal servem para amarrar as redes.
Não há comida para todos. Quem ainda tem dinheiro compra o que pode, como arroz e feijão. Uma forma encontrada pelo governo para auxiliá-los é fazer com que cada empresário que busca a mão de obra dos haitianos doe cestas básicas.
A casa está com o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. O esgoto corre a céu aberto. Não há banheiros suficientes. O banho é tomado ao ar livre. A água escorre pelo quintal, criando um ambiente insalubre.
 
Rota consolidada
A história dos haitianos é quase sempre a mesma: deixaram o Haiti por conta do abismo em que o país ainda está mergulhado pelos efeitos do terremoto de 2010. Para chegar ao Brasil eles percorrem o que o governo do Acre classifica de “rota consolidada”.
 
Leonardo Alias diz não ter oportunidades por conta de sua idade avançada
 
Da República Dominicana ou Panamá, eles embarcam em voos comerciais rumo a Quito. Da capital equatoriana seguem por estrada pelo Peru até entrar no Brasil. A primeira cidade brasileira é Assis Brasil, na fronteira com o Peru.
 
Uma rota alternativa os leva à cidade boliviana de Cobija. Como a fiscalização lá é mais frágil, fica fácil para os imigrantes entrarem em território brasileiro.
Esta foi a trajetória de Samuel Mellos, um operador de máquinas que está há dois meses no Acre esperando uma oportunidade de emprego. Ele chegou ao Brasil com pouco dinheiro, alegando ter sido extorquido pelas polícias de Equador, Peru e Bolívia.
 
“Somos obrigados a dar tudo o que temos aos policiais com que cruzamos. Eles procuram dinheiro em todas as partes, nas malas, dentro dos sapatos, ficamos sem nada”, diz.
Richard Jaguerre se diz um “faz tudo”. Deixou a República Dominicana, onde trabalhava, para se arriscar no Brasil. As boas notícias sobre a economia e a cordialidade do brasileiro foram os principais atrativos para Jaguerre decidir vir para o país.
 
“Ter conseguido entrar no Brasil foi uma grande vitória. Minha esperança é de aqui melhorar minha vida e ajudar a família. As notícias que recebemos de quem já está aqui são as melhores, a economia está bem – há emprego, diferente do meu país”, afirma.
 
Desde 2010, mais de 4 mil haitianos já entraram no Acre, segundo a secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que afirma ter bancado as despesas dos imigrantes neste período. O Acre se tornou a principal porta de entrada justamente pela assistência oferecida, mas agora o Estado alega não ter mais recursos.
“Nós nos deparamos com uma questão humanitária, mesmo não sendo a nossa obrigação a política de imigração. Nos vimos diante de uma situação em que não poderíamos ficar omissos”, diz o secretário de Justiça, Nilson Mourão.
 
Para ele, somente um acordo diplomático entre os países que integram a “rota consolidada” poderia diminuir o fluxo de imigrantes. “(É uma questão) que precisa ser enfrentada entre Brasil, Bolívia, Peru e Equador”, afirma.
Mourão avalia que o acordo entre Brasil e Haiti para controlar o número de imigrantes não ameniza o problema. Para ele, o tempo de espera pela concessão do visto é demorado e muitos optam pela imigração irregular.
 
O Ministério das Relações Exteriores afirma que o Brasil mantém trabalho de cooperação com as polícias do Equador e do Peru para identificar e combater as quadrilhas dos “coiotes” responsáveis por alimentar a imigração irregular.
 
O governo brasileiro ainda afirma desenvolver projetos no Haiti para a melhoria das condições de vida da população e desestimular a imigração.
Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 4 de março de 2013

Uma realidade


Tráfico ilegal de migrantes: Necesidad de una visión continental

Quito, 4 de marzo de 2013. El tráfico ilegal de migrantes es transversal a casi todos los países del continente americano, de manera directa o indirecta. Es un problema hemisférico y global.

Guiados por traficantes y otros delincuentes, cada vez más flujos de seres humanos originarios de nuestro continente e incluso de África, Asia (China, Afganistán), atraviesan el hemisferio, de norte a sur, en condiciones de extrema vulnerabilidad.

Las redes, rutas y memorias del tráfico

En torno al fenómeno del tráfico, llamado delito de estafa migratoria en algunos países (por ejemplo en Ecuador), se han ido tejiendo redes, rutas e incluso “memorias”.

Los delincuentes buscan permanentemente nuevas trayectorias por tierra, mar y aire, para llevar a sus víctimas a los Estados Unidos de América o a Brasil.

Fortalecen sus redes, ampliando sus “contactos”, organizándose mejor y de manera cada vez más amplia.

Dicho tráfico se maneja como una auténtica industria, ensamblando, conectando, cobrando dinero, negociando, promoviendo en los países de origen y tránsito.

Por otro lado, los migrantes se organizan también cada vez mejor, buscando informaciones y usando estrategias para culminar con éxito sus viajes.

Incluso se habla de un “documento” que da instrucciones precisas a los migrantes, supuestamente a los cubanos que se dirigen hacia los Estados Unidos pasando por Ecuador, Colombia, Panamá, Centroamérica y México, según el diario colombiano El Tiempo (Cubanos y chinos, los más traficados por los 'coyotes' colombianos, Bogotá, 9 de febrero de 2013. http://www.eltiempo.com/justicia/ARTICULO-WEB-NEW_NOTA_INTERIOR-12587447.html ).

Las instrucciones  informan de los itinerarios, los obstáculos más comunes, los precios de los servicios que se les exigirá e incluso estrategias para negociar con las autoridades fronterizas o migratorias de los países adonde llegan, de acuerdo a la misma fuente.

Falta mucho por hacer en el combate al tráfico

Organismos regionales como la Organización de los Estados Americanos (OEA), Estados y gobiernos, universidades, organizaciones de la sociedad civil, vienen sonando la alarma sobre la intensificación de las actividades ilegales de grupos de traficantes de migrantes en el hemisferio.

El caso de los migrantes que transitan por México para ingresar a los Estados Unidos de América es paradigmático de las peores atrocidades que sufren muchas mujeres, hombres y niños a manos de narcotraficantes, otros grupos criminales e incluso de las autoridades (ver artículo del SJR-LAC, México-EEUU: La dramática experiencia de migrantes mexicanos y centroamericanos, revelan los Jesuitas, 14 de febrero de 2013. http://sjrlac.org/campaign_detail?TN=PROJECT-20130215013423&L=3).

Ese caso habla del carácter complejo y trágico del fenómeno, así como de la necesidad de abordar con seriedad el problema.

Caso haitiano: ejemplo de avances y retrocesos en dicho combate

Otro caso es el tráfico de los migrantes haitianos hacia Sud América que representa un ejemplo elocuente de los avances y retrocesos de la lucha contra el tráfico en la subregión.

A inicios de este año 2013 el Estado chileno condenó a un ciudadano dominicano a cinco años de cárcel y a dos haitianos por el delito de tráfico de 18 haitianos (a tres años y 541 días de prisión respectivamente) que los tres delincuentes habían traído al país sudamericano entre marzo y junio del año pasado, a cambio de dinero.

Estos castigos sirven como señales claras que se envían a los delincuentes y sus organizaciones transnacionales con el objetivo de disuadirlos (más información sobre redes de tráfico de haitianos en Chile: http://ciperchile.cl/2012/10/05/las-redes-que-el-poli-extendio-en-chile-para-traficar-inmigrantes-haitianos/).

En cambio, el Estado de Ecuador enfrenta grandes dificultades para culminar los procesos judiciales contra los supuestos traficantes de migrantes haitianos y así desestructurar sus redes.

Otros países siguen mostrando indiferencia ante el problema.

También el caso haitiano nos muestra que el tráfico de personas en el hemisferio es cada vez mejor organizado, y los delincuentes disponen de recursos para defender sus casos ante los tribunales.

Se ha podido comprobar la existencia de organizaciones que estructuran la industria del tráfico desde Haití y a través de redes en varios países de la región. Mueven mucho dinero.

Sus métodos de reclutamiento están muy bien armados: incluso, firman contratos escritos con sus víctimas.

Vale subrayar que los migrantes que caen víctimas y llegan engañados a Sud América se encuentran muchas veces solos, sin ninguna red de apoyos, después de que los delincuentes los hayan abandonado. No siempre los Estados de llegada brindan toda la asistencia y protección necesaria a las víctimas en los países de acogida.  

Necesidad de una visión continental

El tráfico de los migrantes haitianos sigue poniendo a la luz la necesidad para los Estados y gobiernos del continente de adoptar una visión hemisférica de esta problemática, en vez de penalizar a las víctimas retornándolos a su país de origen (Ecuador, Chile, República Dominicana, Estados Unidos) o cerrándoles las fronteras (Brasil, Perú, Bolivia, Islas del Caribe).

Una comprensión continental nos obliga a mirar los países de origen, tránsito y llegada, e incluso a mirar otros continentes de donde proceden algunos migrantes. Y a buscar mecanismos de cooperación conjunta para luchar contra esos hechos de criminalidad organizada transnacional.

Por Wooldy Edson Louidor, Coordinador de Comunicaciones del SJR LAC

domingo, 3 de março de 2013

S.O.S - Haitianos no Acre

Sábado, 02 de março de 2013

Sem emprego, haitianos perambulam por cidades do Acre

A janela aberta traz uma leve brisa, um refresco para uma haitiana de 29 anos, de olhar cansado e perdido, que viajou cerca de 3.000 km atravessando vários países, em busca de uma vida melhor.
"Quero muito ter meu emprego, ter meu dinheiro para buscar os meus filhos. Eles precisam de mim, sinto muita falta deles", diz Nadine Bertulia à reportagem da BBC, quase às lágrimas.

A reportagem é da BBC Brasil, 28-02-2013.
Sentada num quarto que divide com outros 12 haitianos, em um abrigo no calor abafado de Brasileia, na fronteira com a Bolívia e o Peru, ela conta que deixou os dois filhos pequenos em Porto Príncipe e aguarda ansiosa por um emprego.

"Só quero uma oportunidade para trabalhar, não vim para cá para não fazer nada. Lá não há emprego, não está fácil viver (no Haiti), tudo é mais difícil", diz ela, só ter um objetivo.

O drama de Nadine reflete a difícil situação das centenas de haitianos que perambulam por cidades no Estado do Acre em busca de emprego.
Apesar da flexibilização e ajuda de autoridades brasileiras na concessão de visto, a situação de muitos imigrantes do Haiti continua delicada.
O acordo assinado entre Brasil e Haiti no início de 2012, que concede 1,2 mil vistos permanentes por ano para tentar controlar a imigração irregular, não tem sido suficiente para absorver o contingente de novos grupos que chegam ao país diariamente, principalmente no Acre, a principal porta de entrada deles no país.

Desde que o acordo entrou em vigor, estima-se que 1,3 mil haitianos "novos" tenham atravessado as fronteiras brasileiras do Estado com a Bolívia e o Peru.

Estes recebem um visto provisório de seis meses, prorrogável por igual período, que lhes dá o direito de viver e trabalhar no Brasil. Passado este um ano, eles precisam solicitar a cidadania para permanecer de forma legal.

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre, para ajudar os haitianos, já que não se encaixam nos grupos contemplados com os vistos "tradicionais", como refugiados políticos, pessoas fugindo de guerras ou perseguição racial ou religiosa, foi criado o status de ajuda humanitária.

Este visto permite que eles trabalhem, e a imensa maioria dos haitianos segue, já com carteira de trabalho e CPF no bolso, para Estados em que há melhores chances de emprego, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Redes, arroz e feijão
A situação dos que, sem dinheiro, permanecem no Acre, não é fácil.

A cidade de Brasileia, a 230 km da capital do Estado, Rio Branco, é hoje o retrato dessa situação. Por qualquer rua é possível encontrar haitianos, homens e mulheres, perambulando sem direção e vivendo sem perspectivas.

Atualmente, pelo menos 470 cidadãos haitianos aguardam por oportunidades de emprego e a cada dia chegam novos grupos à cidade. Um dia antes da chegada da reportagem, quase 50 haitianos chegaram a Brasileia.

Em uma casa que abriga haitianos, o espaço é pequeno; todos os cômodos são aproveitados e estão superlotados. As árvores do quintal servem para amarrar as redes.

Não há comida para todos. Quem ainda tem dinheiro compra o que pode, como arroz e feijão. Uma forma encontrada pelo governo para auxiliá-los é fazer com que cada empresário que busca a mão de obra dos haitianos doe cestas básicas.

A casa está com o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. O esgoto corre a céu aberto. Não há banheiros suficientes. O banho é tomado ao ar livre. A água escorre pelo quintal, criando um ambiente insalubre.

Rota consolidada
A história dos haitianos é quase sempre a mesma: deixaram o Haiti por conta do abismo em que o país ainda está mergulhado pelos efeitos do terremoto de 2010. Para chegar ao Brasil eles percorrem o que o governo do Acre classifica de "rota consolidada".
Da República Dominicana ou Panamá, eles embarcam em voos comerciais rumo a Quito. Da capital equatoriana seguem por estrada pelo Peru até entrar no Brasil. A primeira cidade brasileira é Assis Brasil, na fronteira com o Peru.

Uma rota alternativa os leva à cidade boliviana de Cobija. Como a fiscalização lá é mais frágil, fica fácil para os imigrantes entrarem em território brasileiro.

Esta foi a trajetória de Samuel Mellos, um operador de máquinas que está há dois meses no Acre esperando uma oportunidade de emprego. Ele chegou ao Brasil com pouco dinheiro, alegando ter sido extorquido pelas polícias de Equador, Peru e Bolívia.

"Somos obrigados a dar tudo o que temos aos policiais com que cruzamos. Eles procuram dinheiro em todas as partes, nas malas, dentro dos sapatos, ficamos sem nada", diz.

Richard Jaguerre se diz um "faz tudo". Deixou a República Dominicana, onde trabalhava, para se arriscar no Brasil. As boas notícias sobre a economia e a cordialidade do brasileiro foram os principais atrativos para Jaguerre decidir vir para o país.

"Ter conseguido entrar no Brasil foi uma grande vitória. Minha esperança é de aqui melhorar minha vida e ajudar a família. As notícias que recebemos de quem já está aqui são as melhores, a economia está bem - há emprego, diferente do meu país", afirma.

Desde 2010, mais de 4 mil haitianos já entraram no Acre, segundo a secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que afirma ter bancado as despesas dos imigrantes neste período. O Acre se tornou a principal porta de entrada justamente pela assistência oferecida, mas agora o Estado alega não ter mais recursos.

"Nós nos deparamos com uma questão humanitária, mesmo não sendo a nossa obrigação a política de imigração. Nos vimos diante de uma situação em que não poderíamos ficar omissos", diz o secretário de Justiça, Nilson Mourão.

Para ele, somente um acordo diplomático entre os países que integram a "rota consolidada" poderia diminuir o fluxo de imigrantes. "(É uma questão) que precisa ser enfrentada entre Brasil, Bolívia, Peru e Equador", afirma.

Mourão
avalia que o acordo entre Brasil e Haiti para controlar o número de imigrantes não ameniza o problema. Para ele, o tempo de espera pela concessão do visto é demorado e muitos optam pela imigração irregular.

O Ministério das Relações Exteriores afirma que o Brasil mantém trabalho de cooperação com as polícias do Equador e do Peru para identificar e combater as quadrilhas dos "coiotes" responsáveis por alimentar a imigração irregular.

O governo brasileiro ainda afirma desenvolver projetos no Haiti para a melhoria das condições de vida da população e desestimular a imigração.