sexta-feira, 12 de julho de 2013

Lista dos Haitianos com Residencia Permanente no Brasil. Prazo de 90 dias a partir do dia 10 de julho de 2013 para regularizar a situacao junto a Policia Federal.

Cumprimentando-a, solicito a gentileza de Vossa Senhoria no sentido de que seja difundida a informação de que, por Ato publicado no Diário Oficial da União de 10 de julho de 2013, foi concedida permanência no Território Nacional aos nacionais haitianos abaixo relacionados, tendo em vista a autorização outorgada pelo Conselho Nacional de Imigração, com base na Resolução Recomendada nº 08/2006, c/c a Resolução Normativa nº 27/99-CNIg.
 
Processo Nº 08221.000377/2012-18 - ABELSONN LOUIME
Processo Nº 08221.000387/2012-53 - ALCIMENE FELIX
Processo Nº 08221.000458/2012-18 - ALDERSMITH MERCEDA
Processo Nº 08221.003571/2011-74 - ALTANIE BIEN-AIME
Processo Nº 08221.000355/2012-58 - AMILANCE ELVIUS
Processo Nº 08221.000457/2012-73 - CENOL MEUS
Processo Nº 08221.000460/2012-97 - CHRISTIANE LAINE
Processo Nº 08221.000357/2012-47 - DENOUALD ESTERLIN
Processo Nº 08221.000374/2012-84 - ELIBERT LAIME
Processo Nº 08221.000388/2012-06 - ELINORD FLEURIDORD
Processo Nº 08221.000684/2012-07 - EZECHIEL THOMAS
Processo Nº 08221.003575/2011-52 - FERNAND STERLING
Processo Nº 08221.000376/2012-73 - FRITZNEL LEVEILLE
Processo Nº 08221.002871/2011-36 - GERALD CYRIUS
Processo Nº 08221.000519/2012-47 - ISEMIE BERTILUS
Processo Nº 08221.003650/2011-85 - JACKSON JEAN
Processo Nº 08221.000358/2012-91 - JACQUELIN CELESTIN
Processo Nº 08221.000354/2012-11 - JACQUELINE ESTACIN
Processo Nº 08221.000683/2012-54 - JAMES JEAN BAPTISTE
Processo Nº 08221.000375/2012-29 - JEAN CLAUDE JACOTIN
Processo Nº 08221.000443/2012-50 - JEAN CLAUDE PIERVIL
Processo Nº 08221.000646/2012-46 - JEAN RIGAUD SAINT VICTOR
Processo Nº 08221.003577/2011-41 - JEANNOT SIMEON
Processo Nº 08221.000071/2012-61 - JOHNNY AGENOR
Processo Nº 08221.003542/2011-11 - JONACE ORTILIER
Processo Nº 08221.003642/2011-39 - JOSEPH EVENS FREDERIC
Processo Nº 08221.003610/2011-33 - JOSEPH JN BAPTISTE
Processo Nº 08221.003594/2011-89 - JURVENS DESTINE
Processo Nº 08221.000809/2012-91 - KERLINE JEAN
Processo Nº 08221.001514/2012-31 - LEONE ESTIME
Processo Nº 08221.000074/2012-03 - LUCKSON JEAN CHARLES
Processo Nº 08221.002920/2011-31 - MARIE ANGE FABIEN
Processo Nº 08221.000459/2012-62 - MARQUIS MENTOR
Processo Nº 08221.000415/2012-32 - MAXO PHAT
Processo Nº 08221.000075/2012-40 - MILIANE LOUIMA
Processo Nº 08221.000386/2012-17 - NAROSE JOSEPH
Processo Nº 08221.000385/2012-64 - PETUEL FRANCOIS
Processo Nº 08221.001663/2012-09 - PIERRE DIEUSSAIS
Processo Nº 08221.002845/2011-16 - ROSELOR MORAVIA
Processo Nº 08221.002855/2011-43 - SAPALSON GELIN
Processo Nº 08221.000456/2012-29 - SONIA ST PHARD
Processo Nº 08221.002788/2011-67 - SONY WILSON AUGUSTIN
Processo Nº 08221.000296/2012-18 - WATSON NORVILUS
Processo Nº 08221.000406/2012-41 - WESNER SERAPHIN
Processo Nº 08221.003648/2011-14 - WILNER DERISMAR
Processo Nº 08221.000685/2012-43 - WISKY SERGE THELEMAQUE
Processo Nº 08221.000669/2012-51 - WISLER OSCAR
Processo Nº 08221.000444/2012-02 - YONEL PIERRE SAINT
Processo Nº 08221.001573/2012-18 - FORTILUS PIERRE
 
Att.
 
Divisão de Estrangeiros do Ministério da Justiça

terça-feira, 9 de julho de 2013

03 de Julho de 2013

Haitianos adeptos do vodu buscam no candomblé alternativa a igrejas


Atualizado em  3 de julho, 2013 - 14:27 (Brasília) 17:27 GMT
 
Foto Joao Fellet/BBC Brasil
Haitianos (à esq.) acompanharam cerimônia de candomblé em Porto Velho
Enquanto grande parte dos cerca de 3 mil imigrantes haitianos em Porto Velho recorre a igrejas evangélicas para satisfazer suas demandas espirituais, alguns começam a buscar alternativas entre as tradições religiosas que africanos legaram tanto a seu país quanto ao Brasil.
A BBC Brasil acompanhou a primeira visita de três haitianos a um terreiro de candomblé na capital de Rondônia. O encontro foi organizado a pedido deles pela estudante de história da Universidade Federal de Rondônia Jéssica Caroline, que realiza uma pesquisa sobre os imigrantes.
 
 
Adeptos do vodu, Jorby Beaubrun, de 24 anos, Obenson Experience, 26, e Wilbert Derancier, 42, chegaram ao Brasil no início do ano. Em conversa com Caroline, eles disseram sentir falta dos rituais no país natal e se surpreenderam ao saber que Porto Velho também abrigava templos de religiões de matriz africana.

Segundo a base de dados da CIA (órgão de inteligência dos EUA), metade da população haitiana pratica o vodu, embora 96% se digam cristãos. O culto, levado ao país por africanos escravizados, tem parentesco com as principais linhagens do candomblé do Brasil.

Ao chegar ao terreiro antes de uma cerimônia numa noite de sexta-feira, os haitianos receberam abraços do babalorixá Pai Silvano, o sacerdote da casa.

Por três horas, eles acompanharam os trabalhos sentados, enquanto iniciados dançavam numa roda ao centro, ao som de tambores e cantos em coro.

Naquele terreiro, pratica-se o candomblé ketu, linhagem predominante no Brasil. O culto foi trazido ao país por africanos de etnia iorubá (também chamada de nagô), oriundos da atual Nigéria e alguns países vizinhos.
"Sem vodu não existe vida para nós, o vodu é a nossa vida."
Jorby Beaubrun, haitiano
 
Os haitianos se animavam quando as batidas aceleravam e não reagiam quando alguns sacerdotes passaram a incorporar orixás (divindades), alterando discretamente seus semblantes. O trio só estranhou a ausência de animais no terreiro naquela noite. "No vodu no Haiti, sempre matam cabras, galinhas e porcos em homenagem às divindades", explicou Beaubrun.

Mesmo assim, ele disse ter gostado da experiência. "Vou falar com outros haitianos para que também venham. Porque sem vodu não existe vida para nós, o vodu é a nossa vida."

Candomblé jeje

Caso tivessem visitado um terreiro de candomblé jeje, os três provavelmente se identificariam ainda mais com as práticas.

Minoritária no candomblé praticado no Brasil, essa linhagem foi trazida ao país principalmente por africanos do antigo reino de Daomé (hoje território do Benim), também na costa ocidental da África.
O humbono mejitó (sacerdote jeje) Pai Dansy, de Santo André (SP), diz que o candomblé jeje e o vodu haitiano são "praticamente o mesmo culto".

Segundo ele, as maiores diferenças entre eles são os nomes das divindades – que, no Haiti, se alteraram por influência da principal língua local, o creole.

No candomblé jeje, aliás, as divindades se chamam voduns, e não orixás.
Foto Joao Fellet/BBC Brasil
Visita foi organizada por estudante de história da Universidade Federal de Rondônia
Ele afirmou que, nos próximos meses, pretende visitar Porto Velho para procurar sacerdotes voduístas haitianos e convidá-los a uma grande cerimônia em setembro no kwe (terreiro) de Santo André. "Eles vão se sentir em casa", diz.
Caso os laços entre haitianos e adeptos de religiões afrobrasileiras se estreitem, o historiador da Universidade Federal de Rondônia (Unir) Marco Teixeira diz que os terreiros podem recuperar um papel histórico.

O pesquisador diz que, durante a escravidão, as religiões de matrizes africanas cumpriam o papel hoje exercido no Brasil pelas igrejas evangélicas. "Elas eram o único ponto de referência positivo que essa população recebia ao desembarcar no Brasil. O terreiro oferecia lar, família, cuidado, tratamento e referência ao escravo."

Para ele, porém, os terreiros não têm desempenhado essa função em relação aos haitianos.
No que depender de Pai Silvano, o cenário vai mudar. "Podemos fazer um intercâmbio com eles. É um orgulho para nós que eles interajam com a gente no terreiro, trazendo sua experiência, seus conhecimentos e passando alguma coisa para nós", afirma.

"A porta está aberta para todos."

8 de julho de 2013

Acre recebe diariamente cerca de 50 haitianos e despesa com alimentação chega a R$9 mil por dia


A entrada de imigrantes haitianos pela fronteira do Brasil com o Peru e Bolívia continua sendo uma grande preocupação. O governo federal tem gastado nove mil reais com alimentação todos os dias para garantir quatro mil refeições diárias entre café da manhã, almoço, lanche e jantar.
Segundo o governo do Acre, todos os dias, cerca de 50 novos imigrantes chegam em Brasileia e ficam alojados em caráter temporário no abrigo público.

Damião Borges de Melo, coordenador do abrigo, afirma que a chegada dos imigrantes ainda é muito grande e agora eles contam com a ajuda financeira dos que já estão trabalhando no Brasil. “Muitos deles vem pra cá porque os familiares já estão trabalhando e conseguem mandar dinheiro. A vinda dessas pessoas pesa muito para os cofres do Estado, mesmo assim, encaramos esse desafio como um compromisso humanitário”, afirmou.

A procura das empresas por trabalhadores imigrantes diminuiu consideravelmente. Em 2011, eram em média cinco visitas por semana, hoje são duas por mês. A procura teve esse decréscimo em função do grande número de haitianos que abandonou os postos de trabalho entre os três primeiros meses.

Bruna Lopes é representante de uma empresa catarinense que atua no ramo metalúrgico, ela veio ao Acre selecionar 15 homens que devem atuar na linha de produção da empresa. “Vamos fazer um teste, ver como eles se adaptam ao trabalho e ao clima de Santa Catarina, nossa intenção é levar também mulheres, pois o trabalho não exige força física. Estamos oferecendo um salário de 990 reais e moradia por conta da empresa até dezembro para que eles possam se estabilizar”, declarou.

Da redação ac24horas
Com informações da Agência de Notícias do Acre