Haiti vence Copa de refugiados; sírios seguem Ramadã e não tomam água
Nesta época, muçulmanos não podem comer nem beber durante o dia.
Seis equipes de estrangeiros jogaram em colégio de São Paulo.

Criado por duas organizações sociais, o campeonato teve a participação de mais cinco times, além do vencedor: Congo -- que perdeu para o Haiti de 2 a 0 na final --, Síria, Costa do Marfim, Colômbia e Mali.
Cada um era formado por 11 homens nascidos nesses países e que vieram para o Brasil fugidos da guerra ou da perseguição, com exceção da Síria e da Colômbia, que precisaram de alguns brasileiros para completar a equipe.

O capitão do time fez um discurso agradecendo a Deus e aos amigos. "Estou muito, muito feliz de estar aqui jogando com os amigos, com meus irmãos haitianos", disse Gardy Durandisse, o Gardinho, que mora no Brasil há quase dois anos.
Sem comer


Refugiados (Foto: Flávia Mantovani/G1)
Quem não levou as coisas na esportiva foram alguns jogadores da Costa do Marfim. Insatisfeitos com um pênalti marcado pelo juiz brasileiro e por terem jogado duas partidas seguidas, sem intervalo, eles deixaram o campo no meio do jogo e não quiseram disputar o terceiro lugar, que acabou ficando com o Mali.
A Copa, organizada pelo Instituto de Reintegração do Refugiado no Brasil (Adus) e pelo Atados no campo de uma escola de São Paulo, teve também atrações musicais e para as crianças.

