Abrigo de imigrantes em Brasileia recebe nova infraestrutura
Desde que a força-tarefa do governo federal, com apoio do governo do Estado, iniciou a intervenção no abrigo de Brasileia, que está recebendo os imigrantes vindos do Haiti e de países da África, o acolhimento aos imigrantes melhorou.
O acolhimento aos imigrantes melhorou com a ajuda da força-tarefa do governo federal (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Nas últimas semanas um mutirão foi promovido para a limpeza e construção de banheiros – são 15 novos banheiros com chuveiros. Também foram colocadas tendas e adequada uma área para ser refeitório dos abrigados. O local ainda recebeu um trailer, que faz o cadastro de acolhimento dos imigrantes que vão chegando ao local. Em apenas um dia foram cadastrados 50 novos imigrantes no abrigo, que até o último sábado, 27, registava 900 imigrantes.
Na entrada os imigrantes registram nome, sobrenome e país de origem. Os passaportes dos haitianos são separados dos demais, tendo em vista que o Brasil tem um acordo com o Haiti e por isso há acolhimento desses imigrantes no país.
Embora o número de imigrantes ultrapasse a capacidade máxima do abrigo, o secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Antônio Torres, esclarece que todos têm seus colchões e recebem alimentação e água. Ele frisa também que a maior parte não vem para o Acre com intenção de fixar residência no estado. “Há quem já tenha familiares aqui no Brasil e esperam apenas pelo dinheiro que os parentes enviam para poder ir embora. Outros têm planos de ir para São Paulo e outras capitais”, esclarece.
Antônio Torres explicou que há duas semanas o governo do Estado mantém no município um secretário de Estado para auxiliar no trabalho de acolhimento dos imigrantes. A mobilização envolve a Secretaria de Segurança, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.
“A contribuição do governo federal tem sido muito importante. O Estado já estava com esse trabalho e agora todos trabalham muito mais seguros. As secretarias do Estado estão dando total apoio”, disse Torres.
Voluntariado em meio a uma “Torre de Babel” de línguas
A comunicação entre os imigrantes e os brasileiros que trabalham no abrigo ainda é um desafio. Alguns imigrantes falam inglês, francês e crioulo (dialeto haitiano) e outros falam espanhol. Mas o voluntariado que parte dos próprios imigrantes faz toda diferença. Entre um dos voluntários na comunicação entre imigrantes e trabalhadores do abrigo está o haitiano Emmanuel Baptiste.
Ele chegou ao trailer instalado no abrigo para escrever placas de aviso em crioulo. “São placas para que as pessoas entendam que não podem colocar a mão na água”, diz ele em ‘portunhol’.
De fato, outro desafio para as equipes que atuam no abrigo é a higiene. Em virtude disso, a força-tarefa promoveu no último fim de semana palestras sobre higiene coletiva e pessoal. “Para essas palestras também vamos contar com o voluntariado de uma haitiana que fala espanhol e entende o português. Ela vai traduzir o que o palestrante vai dizer”, contou a psicóloga Lucíola Pedroza.
A psicóloga que veio participar da força-tarefa é natural de Alagoas e relata que já atuou em diversas ações de apoio a tragédias. “Mas nunca tinha feito um trabalho parecido com este. Deixo o Acre com uma sensação muito boa, espero poder voltar aqui. Fiquei feliz por poder ajudar essas pessoas que estão chegando em busca de uma vida melhor”, completou.
(Por Nayanne Santana/Agência de Notícias do Acre)
Na entrada os imigrantes registram nome, sobrenome e país de origem. Os passaportes dos haitianos são separados dos demais, tendo em vista que o Brasil tem um acordo com o Haiti e por isso há acolhimento desses imigrantes no país.
Entre um dos voluntários na comunicação entre imigrantes e trabalhadores do abrigo está o haitiano Emmanuel Baptiste (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Antônio Torres explicou que há duas semanas o governo do Estado mantém no município um secretário de Estado para auxiliar no trabalho de acolhimento dos imigrantes. A mobilização envolve a Secretaria de Segurança, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.
“A contribuição do governo federal tem sido muito importante. O Estado já estava com esse trabalho e agora todos trabalham muito mais seguros. As secretarias do Estado estão dando total apoio”, disse Torres.
Voluntariado em meio a uma “Torre de Babel” de línguas
Até o último sábado, 27, eram 900 imigrantes em Brasileia (Foto: Sérgio Vale/Secom)
De fato, outro desafio para as equipes que atuam no abrigo é a higiene. Em virtude disso, a força-tarefa promoveu no último fim de semana palestras sobre higiene coletiva e pessoal. “Para essas palestras também vamos contar com o voluntariado de uma haitiana que fala espanhol e entende o português. Ela vai traduzir o que o palestrante vai dizer”, contou a psicóloga Lucíola Pedroza.
A psicóloga que veio participar da força-tarefa é natural de Alagoas e relata que já atuou em diversas ações de apoio a tragédias. “Mas nunca tinha feito um trabalho parecido com este. Deixo o Acre com uma sensação muito boa, espero poder voltar aqui. Fiquei feliz por poder ajudar essas pessoas que estão chegando em busca de uma vida melhor”, completou.
(Por Nayanne Santana/Agência de Notícias do Acre)