sábado, 27 de abril de 2013

Informação 21-04-2013

Padre haitiano se diz “impotente” com postura de seu país diante da imigração para o Brasil


21 de abril de 2013 - 9:45:05
Haitiano e pároco em 16 comunidades de Rio Branco (AC), o missionário católico da Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago (SSST), Onac Axenat, se sente “impotente com a falta de atitude” dos governantes de seu país diante da imigração em massa de conterrâneos para o país.

Entre dezembro de 2012 e março deste ano ele visitou o Haiti e conversou com diversas autoridades sobre a ação de coiotes que aliciam no país pessoas para imigrar ilegalmente para o Brasil.

“As autoridades [haitianas] não se manifestam como se [isso] não fosse culpa deles”, disse Axenat.
Nos meses que passou no Haiti, o missionário disse ter visitado cinco cidades. Segundo ele, todas funcionam em aparente normalidade. “Então, essas pessoas vêm de onde?”, questiona o padre haitiano.

Assim que os imigrantes começaram a entrar no Brasil, em 2011, pelos municípios acrianos de Assis Brasil e Brasileia, Onac Axenat disse que ajudava o governo do estado e seus conterrâneos na assistência a essas pessoas.

O problema, acrescentou, é que a imigração não parou mais e todos os dias entram dezenas de haitianos pela fronteira brasileira com o Peru e a Bolívia.

Para ele, os aliciadores haitianos se aproveitam das dificuldades enfrentadas pelos cidadãos mais carentes, maioria da população. “Tem muita gente sem documento, sem nada. Como vão ficar essas pessoas? O país está morto”, relatou o pároco.

O padre foi a primeira pessoa a denunciar o tráfico de haitianos para o Brasil. Em novembro de 2012, em entrevista àAgencia Brasil na capital Rio Branco, ele ressaltou que o alto número de cidadãos do Haiti caracterizaria tráfico de pessoas e não um simples processo migratório.

“Alguns [dos imigrantes] venderam tudo no Haiti. A promessa era de que receberiam salários no Brasil entre US$ 1 mil e US$ 2 mil”, disse na ocasião.

Agência Brasil

terça-feira, 23 de abril de 2013

Noticia 19-04-2013

Marcos Chagas
Agência Brasil


Brasília - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, autorizou o repasse de R$ 784 mil para ajudar o governo do Acre nas ações emergenciais de atendimento aos imigrantes haitianos. O governador Tião Viana decretou, no dia 9 deste mês, estado de emergência nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia.
 
As duas cidades fazem fronteira com a Bolívia e são as duas principais entradas de imigrantes ilegais. Os recursos serão usados para a melhoria das condições do abrigo onde estão os haitianos que entram diariamente pela fronteira dos dois municípios.
 
A portaria do Ministério de Integração Nacional está publicada hoje (19), no Diário Oficial da União. O governo federal tem adotado ações coordenadas para tentar melhorar as condições desses imigrantes. Uma força-tarefa está em Brasileia onde ajuda o governo acriano na regularização desses imigrantes, nas ações de saúde e na inserção deles no mercado de trabalho.
 
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse que ontem (18) o governo federal liberou R$ 360 mil. Os recursos, segundo ele, fazem parte de parcelas atrasadas do Ministério de Desenvolvimento Social para o pagamento dos fornecedores de alimentos e reformas no abrigo.
 
Nilson Mourão disse que a força-tarefa do governo federal já resolveu 70% da crise que resultou na decretação do estado de emergência. “O desafio agora é conseguir trazer mais empresários ao estado capazes de absorver a mão de obra dos imigrantes”, destacou.
O Ministério do Trabalho e Emprego tem ajudado o governo acriano na intermediação das negociações com empresários de diversos estados. A maior parte da mão de obra haitiana é absorvida pela construção civil
 

domingo, 21 de abril de 2013

Uma otima noticia

Meta de regularização de haitianos, no Acre, foi atingida hoje, diz secretário nacional de Justiça


A meta da força-tarefa montada pelos governos federal e estadual, nas cidades de Brasileia e de Epitaciolândia, no Acre, para a regularização de haitianos que entraram irregularmente no país foi atingida ontem (17). A informação é do secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, que coordena o trabalho da força-tarefa. Segundo ele, foi regularizada a situação de 1.243 haitianos. “Receberam passaporte, CPF, Carteira de Trabalho e visto humanitário”, disse.

A força-tarefa, que está trabalhando há quatro dias, atua em três frentes. De acordo com o secretário, uma é para a regularização, outra de apoio social e humanitário e a terceira de intermediação de mão de obra. “As tarefas de regularização estão completas. Na área social e humanitária foram aplicadas as vacinas e a equipe médica tem feito atendimento individualizado para quem eventualmente necessita. A Defesa Civil implantou um plano de ações emergenciais de assistência e socorro que implica novas instalações, cuja construção começou ontem (16) com novos banheiros. Hoje chegaram colchões. Dentro do plano de Defesa Civil, existe um conjunto de procedimentos relacionados a serviços de limpeza higiene e lavanderia”, explicou Abrão.

O secretário informou ainda que 919 pessoas receberam 2.225 doses de vacinas contra febre amarela, hepatite, antitetânica e difiteria. Além disso, foram feitos mais de 200 exames de doenças sexualmente transmissíveis por adesão voluntária. “As ações sociais se consolidam cada vez mais. Ontem, no fim da noite, chegou uma equipe médica que trabalhou hoje no posto de saúde”, disse. Ontem começou a obra de ampliação para melhorar as instalações de higiene e acolhida dos haitianos”, completou.

Na área de intermediação de mão de obra 1.098 imigrantes receberam carteiras de Trabalho e já estão aptos ao emprego. “Com a oferta de trabalho alguns empresários estão promovendo recrutamento aqui no Acre. Quarenta e sete haitianos já partiram para o Paraná, 43 foram esta noite para Santa Catarina e mais empresários chegaram aqui hoje”, declarou.

De acordo com o secretário, o perfil dos haitianos é de uma população jovem, entre 18 e 28 anos de idade. “Formada majoritariamente por homens com força de trabalho animada disposta a fazer o sonho de uma vida melhor no Brasil. A grande maioria tem escolaridade de ensino médio e um outro grupo com formação superior. No que se refere às habilidades profissionais, a maioria é vocacionada para a construção civil. No outro grupo tem professores, psicólogos, técnicos de enfermagem e de informática”, disse.

Paulo Abrão informou também que o governo vai prestar assistência social e humanitária até que os haitianos consigam colocação no mercado de trabalho. “Para isso, o Ministério do Trabalho e Emprego está tomando providências visando não somente à facilitação do trabalho autônimo como também à busca ativa de empregos para eles”, acrescentou.

O secretário disse ainda que a força-tarefa permanecerá até sábado (20), no Acre. Depois, o atendimento será feito por uma equipe.”Agora estamos atendendo na Polícia Federal apenas o quantitativo de haitianos que chegam diariamente. Tem sido uma média de 30 pessoas. O desafio agora é atender as demais nacionalidades que também estão presentes no local”, declarou.
Por: Cristina Indio do Brasil
Fonte: Agência Brasil – EBC
Edição: Aécio Amado