quarta-feira, 12 de junho de 2013

Noticia

10 de Junho de 2013 - 16h08

De cada três haitianos, dois passam fome



Três anos após o terremoto que dizimou o país e matou centenas de milhares de pessoas e apesar da promessa feita pelos Estados Unidos para o Haiti se “reconstruir melhor”, a fome no país é pior do que nunca.



Reuters
HaitiAo menos 1,5 milhões de haitianos sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome
Apesar dos bilhões de dólares comprometidos de todo o mundo, e dos programas de reconstrução, os problemas alimentares do país evidenciam quão vulneráveis seguem sendo os 10 milhões de habitantes.

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Em 1997, quase 1,2 milhões de haitianos não tinham alimentos suficientes para comer. Uma década depois, o número aumentou mais que o dobro. Hoje, 6,7 milhões, ou 67% da população passa dias sem comer, não pode ter uma dieta equilibrada ou limitou o acesso aos alimentos, de acordo com pesquisas realizadas pela Coordenação Nacional de Segurança Alimentar do governo. Além disso, ao menos 1,5 milhões sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome.

Grande parte da crise é porque chove muito pouco e depois, muito. No ano passado, uma seca destruiu cultivos chave, seguida pelas inundações causadas por rastros da tormenta tropical Isaac e o furacão Sandy.

Devido à forte dependência do país às importações, a comida é cada vez menos acessível ao mesmo tempo em que a moeda do Haiti se deprecia frente ao dólar estadunidense. O salário mínimo do Haiti é de 200 gourdes, ou R$ 9,9 por dia. No final do ano passado, o salário equivalia cerca de US$ 4,75 (R$ 10,20), em comparação aos US$ 4,54 (R$ 9,74) da atualidade, uma pequena diferença que afeta consideravelmente o orçamento haitiano.

Da Redação, com AP


domingo, 9 de junho de 2013

Noticia

08/06/2013 17h09 - Atualizado em 08/06/2013 17h09

Sírios e haitianos têm tratamento diferenciado no Brasil

 
Fonte: Agência Brasil
 
Brasília – O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse hoje (8) à Agência Brasil que o governo está atento, principalmente, aos casos dos sírios e dos haitianos, situações que geraram tratamento diferenciado para esses grupos. Abrão ressaltou que, em quatro meses, 200 sírios receberam o status de refugiado e que, no caso dos haitianos, o governo passou a adotar medidas simplificadas para permitir o ingresso deles no país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou ontem (7) sobre a dificuldade em dar assistência aos sírios, que buscam ajuda devido ao agravamento da crise na região, em decorrência do aumento dos confrontos entre a oposição e o governo. A crise na Síria dura 26 meses e matou mais de 90 mil pessoas, gerando também deslocamentos internos e pedidos de asilo, refúgio e abrigo no exterior por civis.

“Procuramos alinhar solidariedade com os esforços para acelerar o atendimento às solicitações dos sírios”, destacou Abrão. “Seguimos a orientação da ONU [Organização das Nações Unidas] de que há uma situação de urgência social na Síria.”

O secretário lembrou que para atender aos haitianos, o governo brasileiro adota um tratamento diferenciado na concessão de vistos, assistência à saúde e orientação profissional. As autoridades do Brasil e do Haiti se comprometeram a promover campanhas de esclarecimento aos haitianos sobre os riscos da imigração ilegal.

Nas campanhas, serão destacados os benefícios dos meios legais de imigração. Representantes da Bolívia, Colômbia, do Equador, Peru e da República Dominicana participaram, no mês passado, de uma reunião, em Brasília, para alinhavar os termos da campanha.

Para estimular o uso de rotas legais de imigração, a campanha lembrará os custos e os riscos de entrar no Brasil ilegalmente. Também será mencionado o fim do limite anual para emissão de vistos a haitianos que desejam entrar no Brasil, conforme Resolução Normativa 102/2013 do Conselho Nacional de Imigração.

No direito internacional, há diferenças entre refugiados, apátridas e deslocados. Os refugiados são aqueles que deixam seus países porque se julgam perseguidos pelas mais diversas razões. Apátridas são pessoas que não têm nacionalidade reconhecida por país algum e deslocados são os cidadãos que não têm local fixo de moradia dentro do seu país por sentirem-se ameaçados.