10/11/2012 15h00
Imigração de haitianos no Brasil deve aumentar depois do furacão Sandy
Na última semana, o furacão Sandy destruiu as moradias de cerca de 20 mil pessoas no país caribenho, depois de passar pelos Estados Unidos, Bahamas, Cuba e Jamaica.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1 milhão de pessoas estão enfrentando a insegurança alimentar no Haiti.
O número de haitianos no Brasil, que já é considerado alto deve crescer ainda mais após as últimas tragédias naturais, pois a imigração para o país sul-americano tornou-se para essas pessoas, sinônimo de segurança e desenvolvimento.
No Brasil, o principal ponto de entrada dos imigrantes é a cidade de Manaus, no Amazonas.
Somente em 2011, o número de haitianos que ingressaram legalmente no país superou 4 mil.
Os números de 2012 ainda não estão consolidados e não há também, posicionamento oficial sobre os procedimentos a serem adotados pelos órgãos brasileiros em relação a entrada de novos haitianos.
Porém, em nota à imprensa, o Governo brasileiro anunciou o apoio de 200 mil dólares às vítimas do furacão Sandy em Cuba e no Haiti.
Para cada país será enviado o valor de 100 mil dólares por meio da Embaixada do Brasil em Porto Príncipe e da Cruz Vermelha.
Eles serão utilizados em compras locais e na distribuição de insumos prioritários no atendimento aos flagelados.
Prejuízos
A tempestade tropical Sandy fez com que grande parte da colheita no sul do Haiti fosse destruída.A seca e a tempestade anteriores ao furacão atingiram fortemente a parte norte do país.
Com este cenário, a previsão é de graves problemas com a desnutrição e a insegurança alimentar. Algumas das principais estradas foram inutilizadas, dificultando o alcance dos flagelados em várias partes do país.
Uma grande preocupação está relacionada aos sistemas de água e saneamento que deverão ser drenados em regime de emergência, devido a ameaça de um surto de doenças transmitidas pela água, especialmente a cólera que é endêmica no país.
Apesar de o país ter se preparado para o furacão, com planejamento de contingência, é muito vulnerável a esse tipo de desastre, não apenas por causa da pobreza, mas por causa de décadas de desmatamento e erosão.(Fundação Cultural Palmares