Haitianos continuam chegando a Manaus em busca de trabalho
Setor da Construção Civil é o que mais absorve a mão de obra haitiana em Manaus. No comércio, o idioma dificulta o contato dos haitianos com os clientes do Amazonas.
[ i ] Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães contabilizam mais 535 autorizações. Foto: Acervo/ DA
Manaus - Nos últimos três meses, mais 855 haitianos receberam autorização para atuar no mercado de trabalho, no Amazonas. O grupo, que recebeu autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre julho e setembro deste ano, é 37,4% maior que o total de imigrantes de outras nacionalidades que chegaram ao Estado durante todo o ano de 2012.
Segundo o padre da Pastoral do Imigrante, Gelmino Costa, cerca de 1,5 mil haitianos estão em Manaus e enfrentam dificuldades para permanecer no mercado de trabalho. “O problema é o trabalho rotativo. Eles trabalham um mês e ficam três parados”, contou o sacerdote.
Uma das dificuldades é o idioma. Na área do comércio, é o que mais tem prejudicado o desempenho dos imigrantes. “Eles têm dificuldades para aprender a língua. Como na construção civil não tem contato com o público, 70% deles estão lá. Mas no comércio, tem que ter contato, tem que conhecer o gosto do cliente”, afirmou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag. Atualmente, cerca de 20% desses imigrantes atuam nas lojas do comércio de Manaus.
Outra parte significativa atua nos canteiros de obraem Manaus. Cercade 1,2 mil estão na construção civil, desempenhando funções de servente, pintor e pedreiro, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec).
O vice-presidente da entidade, Cícero Custódio, ressaltou que 90% dos funcionários já trabalham com carteira assinada. Segundo Custódio, os imigrantes iniciam geralmente com dificuldade para se comunicar, mas com o tempo se aprimoram.
O padre da Pastoral do Imigrante confirma que a maioria dos haitianos foi encaminhada para a construção civil, porém um percentual significativo está sendo deslocado para o setor de serviços, principalmente para os restaurantes.
Há também uma parcela que apenas passou por Manaus e partiu para o Sudeste e Sul do País. Segundo Gelmino Costa, mais de 1,2 mil foram ocupar postos de trabalho no Rio Grande do Sul e Paraná, saída que hoje é bastante reduzida.
O padre destacou ainda que os imigrantes não estão mais utilizando Manaus como trampolim para outros Estados e que optam por permanecer na capital. “Alguns já compraram bens, como geladeira, moram em quartinhos que eles mesmos pagam e já fincaram raízes aqui”, contou.
De janeiro a setembro, 2.709 autorizações foram concedidas a estrangeiros pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM).
Mais de 80% foram destinadas aos haitianos, que somam 2.174 vistos de trabalho no ano. Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães e outras nacionalidades contabilizam mais 535 autorizações.
Nacional
De janeiro a outubro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu 55.009 autorizações de trabalho temporárias e permanentes para profissionais estrangeiros, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Os fatores que mais contribuíram para o aumento foram, principalmente, os vistos humanitários concedidos aos haitianos, as autorizações para trabalho de especialistas estrangeiros no Brasil e para técnicos estrangeiros responsáveis pela instalação de máquinas e equipamentos importados e assistência técnica/transferência de tecnologia.
A autorização de trabalho, concedida pelo MTE, é exigida pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, como requisito para a concessão de vistos temporários e, em certos casos, de vistos permanentes a estrangeiros para trabalho no Brasil.
O setor que mais demanda mão de obra estrangeira no País é o da indústria do óleo e gás, representando 30% de todas as autorizações de trabalho concedidas no período. O requisito básico para a vinda de profissionais estrangeiros ao Brasil é que esses profissionais não ocupem vagas que possam ser preenchidas por trabalhadores brasileiros.
Segundo o padre da Pastoral do Imigrante, Gelmino Costa, cerca de 1,5 mil haitianos estão em Manaus e enfrentam dificuldades para permanecer no mercado de trabalho. “O problema é o trabalho rotativo. Eles trabalham um mês e ficam três parados”, contou o sacerdote.
Uma das dificuldades é o idioma. Na área do comércio, é o que mais tem prejudicado o desempenho dos imigrantes. “Eles têm dificuldades para aprender a língua. Como na construção civil não tem contato com o público, 70% deles estão lá. Mas no comércio, tem que ter contato, tem que conhecer o gosto do cliente”, afirmou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag. Atualmente, cerca de 20% desses imigrantes atuam nas lojas do comércio de Manaus.
Outra parte significativa atua nos canteiros de obraem Manaus. Cercade 1,2 mil estão na construção civil, desempenhando funções de servente, pintor e pedreiro, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec).
O vice-presidente da entidade, Cícero Custódio, ressaltou que 90% dos funcionários já trabalham com carteira assinada. Segundo Custódio, os imigrantes iniciam geralmente com dificuldade para se comunicar, mas com o tempo se aprimoram.
O padre da Pastoral do Imigrante confirma que a maioria dos haitianos foi encaminhada para a construção civil, porém um percentual significativo está sendo deslocado para o setor de serviços, principalmente para os restaurantes.
Há também uma parcela que apenas passou por Manaus e partiu para o Sudeste e Sul do País. Segundo Gelmino Costa, mais de 1,2 mil foram ocupar postos de trabalho no Rio Grande do Sul e Paraná, saída que hoje é bastante reduzida.
O padre destacou ainda que os imigrantes não estão mais utilizando Manaus como trampolim para outros Estados e que optam por permanecer na capital. “Alguns já compraram bens, como geladeira, moram em quartinhos que eles mesmos pagam e já fincaram raízes aqui”, contou.
De janeiro a setembro, 2.709 autorizações foram concedidas a estrangeiros pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM).
Mais de 80% foram destinadas aos haitianos, que somam 2.174 vistos de trabalho no ano. Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães e outras nacionalidades contabilizam mais 535 autorizações.
Nacional
De janeiro a outubro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu 55.009 autorizações de trabalho temporárias e permanentes para profissionais estrangeiros, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Os fatores que mais contribuíram para o aumento foram, principalmente, os vistos humanitários concedidos aos haitianos, as autorizações para trabalho de especialistas estrangeiros no Brasil e para técnicos estrangeiros responsáveis pela instalação de máquinas e equipamentos importados e assistência técnica/transferência de tecnologia.
A autorização de trabalho, concedida pelo MTE, é exigida pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, como requisito para a concessão de vistos temporários e, em certos casos, de vistos permanentes a estrangeiros para trabalho no Brasil.
O setor que mais demanda mão de obra estrangeira no País é o da indústria do óleo e gás, representando 30% de todas as autorizações de trabalho concedidas no período. O requisito básico para a vinda de profissionais estrangeiros ao Brasil é que esses profissionais não ocupem vagas que possam ser preenchidas por trabalhadores brasileiros.
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