sexta-feira, 28 de junho de 2013

Noticia 28-06-2013.

RIO BRANCO, ACRE - Sexta - Feira, 28 de Junho de 2013

Abrigo de imigrantes em Brasileia recebe nova infraestrutura

Desde que a força-tarefa do governo federal, com apoio do governo do Estado, iniciou a intervenção no abrigo de Brasileia, que está recebendo os imigrantes vindos do Haiti e de países da África, o acolhimento aos imigrantes melhorou.

O acolhimento aos imigrantes melhorou com a ajuda da força tarefa do governo federal (Foto: Sérgio Vale/Secom)
O acolhimento aos imigrantes melhorou com a ajuda da força-tarefa do governo federal (Foto: Sérgio Vale/Secom)
 
Nas últimas semanas um mutirão foi promovido para a limpeza e construção de banheiros – são 15 novos banheiros com chuveiros. Também foram colocadas tendas e adequada uma área para ser refeitório dos abrigados. O local ainda recebeu um trailer, que faz o cadastro de acolhimento dos imigrantes que vão chegando ao local. Em apenas um dia foram cadastrados 50 novos imigrantes no abrigo, que até o último sábado, 27, registava 900 imigrantes.

Na entrada os imigrantes registram nome, sobrenome e país de origem. Os passaportes dos haitianos são separados dos demais, tendo em vista que o Brasil tem um acordo com o Haiti e por isso há acolhimento desses imigrantes no país.

Entre um dos voluntários na comunicação entre imigrantes e trabalhadores do abrigo está o haitiano Emmanuel Baptiste (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Entre um dos voluntários na comunicação entre imigrantes e trabalhadores do abrigo está o haitiano Emmanuel Baptiste (Foto: Sérgio Vale/Secom)
 
Embora o número de imigrantes ultrapasse a capacidade máxima do abrigo, o secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Antônio Torres, esclarece que todos têm seus colchões e recebem alimentação e água. Ele frisa também que a maior parte não vem para o Acre com intenção de fixar residência no estado. “Há quem já tenha familiares aqui no Brasil e esperam apenas pelo dinheiro que os parentes enviam para poder ir embora. Outros têm planos de ir para São Paulo e outras capitais”, esclarece.

Antônio Torres explicou que há duas semanas o governo do Estado mantém no município um secretário de Estado para auxiliar no trabalho de acolhimento dos imigrantes. A mobilização envolve a Secretaria de Segurança, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.
“A contribuição do governo federal tem sido muito importante. O Estado já estava com esse trabalho e agora todos trabalham muito mais seguros. As secretarias do Estado estão dando total apoio”, disse Torres.

Voluntariado em meio a uma “Torre de Babel” de línguas
A comunicação entre os imigrantes e os brasileiros que trabalham no abrigo ainda é um desafio. Alguns imigrantes falam inglês, francês e crioulo (dialeto haitiano) e outros falam espanhol. Mas o voluntariado que parte dos próprios imigrantes faz toda diferença. Entre um dos voluntários na comunicação entre imigrantes e trabalhadores do abrigo está o haitiano Emmanuel Baptiste.

Até o último sábado, 27, eram 900 imigrantes em Brasileia (Foto: Sérgio Vale/Secom)
 
Até o último sábado, 27, eram 900 imigrantes em Brasileia (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Ele chegou ao trailer instalado no abrigo para escrever placas de aviso em crioulo. “São placas para que as pessoas entendam que não podem colocar a mão na água”, diz ele em ‘portunhol’.
De fato, outro desafio para as equipes que atuam no abrigo é a higiene. Em virtude disso, a força-tarefa promoveu no último fim de semana palestras sobre higiene coletiva e pessoal. “Para essas palestras também vamos contar com o voluntariado de uma haitiana que fala espanhol e entende o português. Ela vai traduzir o que o palestrante vai dizer”, contou a psicóloga Lucíola Pedroza.

A psicóloga que veio participar da força-tarefa é natural de Alagoas e relata que já atuou em diversas ações de apoio a tragédias. “Mas nunca tinha feito um trabalho parecido com este. Deixo o Acre com uma sensação muito boa, espero poder voltar aqui. Fiquei feliz por poder ajudar essas pessoas que estão chegando em busca de uma vida melhor”, completou.

(Por Nayanne Santana/Agência de Notícias do Acre)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Curitiba - Parana

domingo, 23 de junho de 2013

Os haitianos são: educados, trabalhadores e qualificados. Estão aqui atentos por oportunidades.

fonte: Gazeta do Povo
Daniel Castellano/ Gazeta do Povo / Desimond – em Pinhais, à espera de sua Elisabeth e dos filhos
Cerca de 500 haitianos se espalham pela periferia de Curitiba e região. Eles recolhem os enganados pelos “coiotes” e juntam os tostões para trazer suas famílias

Charles Vallon, 30 anos, é economista; Emanuel Giraut, 25, estudante de Direito; Jean Robert, 46, professor do ensino básico; Wilgens Seneus, 26, faz design de joias. Nenhum dos quatro atua na área. Quando lhes perguntam em que gostariam de trabalhar, respondem que “procuram serviço na construção civil”, área de atuação que melhor paga os imigrantes haitianos que fizeram de Curitiba e Região Metropolitana seu porto a partir de janeiro de 2012.


Haiti é aqui

Fragmentos de um país em Pinhais e no Butiatuvinha

• Repúblicas

Uma casa haitiana, com certeza, é habitada por até uma dezena de pessoas, todas debaixo de regras – camas sempre arrumadas, turma da cozinha a postos e rateamento das despesas. Há necessidade de ser aceito pelos vizinhos, daí a observação do silêncio e dos modos. Em Pinhais, na Rua Alzira Rodrigues da Silva, duas casas geminadas abrigam novos paranaenses como Exumo, Ebelson, Damisson, Edmont, Altidor e Demostherne – este um líder da pequena comunidade. Metade dos moradores está sem emprego e sai todo dia atrás de vagas. Para quem não fala português,as oportunidades são pequenas. A família sabe pouco do que se passa aqui. Uma ligação de cinco minutos para o Haiti custa R$ 13 – proibitivo para os recém-chegados.


• Ocupações

A vila Três Pinheiros, no Butiatuvinha, já é conhecida na região de Santa Felicidade como o pequeno Haiti. Há pelos menos cinco comunidades na ocupação, pelo menos duas delas recém-formadas. Uma é só de moças – empregadas em redes de farmácia. A dona de um pequeno mercado garante que entende tudo o que os novos vizinhos falam, mas a mímica ainda impera. Uma das urgências para a nova comunidade são as aulas de português e a integração ao sistema de ensino.

Bon soir

Salão ao lado de igreja, em Santa Felicidade, é único território haitiano em Curitiba

• Em francês

A Pastoral do Migrante atende a pessoas de qualquer país, mas, de um ano para cá, o espaço está ocupado pelos haitianos. Diferente de nacionalidades como a paraguaia ou a boliviana, eles não dispõem de um espaço comum. Resta-lhes o salão ao lado da Paróquia São José, em Santa Felicidade. Naqueles aproximados 80 metros quadrados, a língua extraoficial é o francês e o crioulo. Bon soir, dizem os haitianos quando chegam diante da assistente social Elizete Sant’Anna.A falta de emprego e a dificuldade de adaptação faz com que muitos cheguem ali em busca de ajuda.


• Na fila

Vindos de uma economia informal, muitos haitianos estranham as leis trabalhistas brasileiras. Há 9 mil deles no país. Sofrem com os horários. Discordam de tantos descontos. O trabalho noturno é pouco tolerado pelas mulheres. Não faltam denúncias de exploração e calotes. Há quem veja na vulnerabilidade haitiana motivos para lhes pedir préstimos para os quais não foram contratados.

• Vodu

A maior parte dos haitianos se declara católico, embora também entre eles seja crescente o número de evangélicos. Do vodu, culto afro predominante no Haiti, fala-se pouco, talvez por medo do preconceito.







Os dados não são absolutos. De acordo com a Polícia Federal, 247 haitianos vivem em Curitiba. Para a Pastoral do Migrante – serviço da Igreja Católica envolvido com a acolhida dos viajantes –, seriam pouco mais de 500. Em média, 12 por dia recorrem à pastoral, que funciona na Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade. Procuram ocupação profissional nas 20 empresas voluntárias, roupas, alimentos, orientação da assistente social Elizete Sant’Anna e do padre Gustot Lucien, 40, haitiano com uma década de Brasil, convertido em autoridade no assunto.

Os recém-chegados têm em comum não só a memória do terremoto de 2010 – é raro algum que não tenha pelo menos um parente morto ou mutilado na tragédia. Eles são jovens e jovens adultos – entre 24 e 44 anos –, homens na maioria, têm estudo fundamental, são casados ou comprometidos, falam francês e creole. Não fosse a língua, estariam em condições melhores do que a maioria dos brasileiros médios.

Enfrentaram longa viagem até aqui, com passagens atribuladas pelo Acre e Mato Grosso. Querem fazer a vida no Paraná, apesar do frio nunca antes experimentado e dos vizinhos, que ainda os olham com desconfiança. Acreditam que devem começar pelo serviço de pedreiro, função mais adequada para quem aprende português “na marra”. Para as mulheres, a cozinha, desde que não precisem voltar de madrugada, algo quase proibitivo para uma haitiana.

Não é tudo. A construção civil paga entre R$ 1,2 mil e R$ 2 mil, com benefícios, garantia de que um haitiano empregado poderá realizar o maior de todos os desejos: trazer mulher e filhos para o Brasil, deixando-­os perto de um final feliz. A reportagem da Gazeta do Povo conversou com cerca de 30 imigrantes da ilha caribenha. Com exceção de um, que perguntou qual o segredo para namorar uma brasileira, todos os outros contaram juntar os tostões para trazer a família. Uma viagem dessa não sai por menos de R$ 2,5 mil. Poucos, por enquanto, conseguiram arcar com as despesas.

Saudade

Os haitianos encontram dificuldades de emprego, de moradia, de adaptação e o olho vesgo da população. Mas nenhum problema é maior do que o sentimental. A maioria está há mais de um ano longe da mulher e dos filhos, vivendo em alojamento, num país de hábitos e idioma estranhos. Tímidos, há quem pergunte se, por acaso, o governo brasileiro – que facilitou os vistos de entrada – não pensa em trazer o resto das famílias. “Cada noite sinto mais saudade”, admite Dieunel Saintilus, 27, operário do Shopping Pátio Batel, ao lado de outros oito conterrâneos ali empregados.

Os haitianos têm fama de resistentes à pobreza e às adversidades. E de alegres – uma meia verdade. “Não é tudo tão bonito como parece”, comenta Elizete, sobre o grupo que chama atenção pelo asseio e educação principesca. Muitos foram enganados por coiotes, que lhes venderam a ilusão do Paraná rico e cobraram caro por isso – até US$ 2,5 mil. Houve quem deixou profissão e segurança. É comum relatos sobre médicos e poliglotas entre os refugiados. “Temo quando começam a se deprimir”, confessa padre Gustot, ao contar de uma jovem que acaba de ajudar a voltar ao país. Tudo indica que um período de retorno de muitos outros deva se seguir.

A conta para os haitianos, afinal, é mais complicada do que parece. Eles vivem em repúblicas espalhadas por bairros como Boa Vista e Butiatuvinha; em cidades como Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais. Como não conseguem fiadores, alugam casebres em ocupações irregulares, o que não lhes sai barato. Um quarto e sala numa favela pode custar R$ 500 ao mês. Dividem todas as despesas de cama e mesa. Solidários, acolhem os colegas sem-teto, o que faz com que numa casa haja sempre uma parcela desempregada. “Encontrei dois na Rodoviária. Trouxe-os comigo”, conta Garnet Castin, 31, sobre haitianos passados para trás pelos “coiotes” e abandonados ao chegar.

Um dos maiores orgulhos da comunidade é dizer que não há nenhum haitiano mendigo. Dentro das casas, chama atenção a ordem e a limpeza, contrastando muitas vezes com as vilas em que estão. A mendicância, aliás, é uma das muitas coisas do Brasil que não entendem. “Deve ser destino”, arrisca o ex-comerciante e candidato “à obra” Luiz Vicente, 30 anos. Ele divide uma pensão da Rua do Rosário, Centro de Curitiba, com outros 30 compatriotas. Em três meses, vira-se bem no português, uma exceção à regra. Não leva o menor jeito para erguer paredes – mas promete levantar muitas até trazer sua noiva para o Mundo Novo. É seu sonho. O segundo, trabalhar numa loja. “Por que não? Sou bom nisso”, garante. Recado dado.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Igreja Noticia

    Home > Igreja > 2013-06-20 12:41:01
   


Dia Mundial do Refugiado: os sonhos dos haitianos no Brasil. Ouça



Cidade do Vaticano (RV) – No Dia Mundial do Refugiado, celebrado esta quinta-feira, 20 de junho, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) não tem motivos para comemorar.

Num relatório apresentado nesta quarta, o Acnur divulgou que guerras, perseguições e violência provocaram 7,6 milhões novos deslocados no somente no ano passado - o maior número em um ano desde 1999.

No total, são 35 milhões e 800 mil pessoas, ou seja, a população dos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia juntos.

Segundo a Convenção de Genebra, de 1951, refugiado é "toda pessoa que, devido a fundados temores de ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, pertença a determinado grupo social ou opiniões políticas, se encontre fora do país de sua nacionalidade”.

Mas de acordo com a legislação brasileira, é também considerada refugiada "a pessoa que, devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigada e deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país".

O termo "refugiado" vem sendo também associado a pessoas ou grupos que, embora não necessariamente "perseguidos", são forçados a deixar seu país, por desastres naturais, mudanças climáticas, fome, desemprego, como é o caso dos haitianos que se estabeleceram no Brasil.

Muitos estão na capital de Mato Grosso, que todavia já não tem mais estrutura para acolher os haitianos, como nos relata o Pe. Olmes Milani, que administra o Centro de Pastoral de Cuiabá: RealAudioMP3
(BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/20/dia_mundial_do_refugiado:_os_sonhos_dos_haitianos_no_brasil._ou%C3%A7a/bra-703242
do site da Rádio Vaticano

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Noticia

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Haitianos no Brasil e em São Paulo!

Desde o ano passado eu queria escrever sobre esse assunto. Quando eu estava em Manaus eu escutei uma explicação fantástica de uma amiga sobre o imigrantes haitianos nessa cidade, encontramos muitos nas ruas enquanto passeávamos. No meu vôo de Manaus para São Paulo tinha um casal haitiano embarcando junto comigo. Chegando em São Paulo eu comecei a reparar o número de haitianos aumentar.
 
Agora,  tenho vizinhos haitianos e tem uma pequena lan house perto da minha casa que faz fila de haitianos para usar, grande sacada de quem abriu a lojinha, vive lotada. Outra coisa, no SESC carmo há aulas de português para refugiados e mais uma vez, mais haitianos. Eu vejo vez ou outra muitos chegando com mala vindos do aeroporto e andando pelo meu bairro. Tenho a impressão que os haitianos estão predominantemente no centro de São Paulo, baseado na minha estatística observacional, eu vejo pelo menos 2 haitianos por dia
 
Eu particularmente adoro escutar eles falando em francês e fico imaginando como deve ser a história de cada um deles, quais a dificuldades eles passaram. Segundo o Ministério das Relações Exteriores os haitianos compram uma passagem para o Equador pois não precisa de visto  e de lá eles atravessam o Peru até chegar no Acre. Quando eles chegam na fronteira com o Brasil, eles se identificam como refugiados de desastre natural, pois em janeiro de 2010 aconteceu o terrível terremoto que destruiu o Haiti. Na situação de refugiado o Brasil concede a entrada dos haitianos.
 
Até 22 de novembro de 2011 havia no Brasil 4.500 imigrantes haitianos e desses somente para 1300 deles foram concedidos vistos válido por 5 anos. Mas para conseguir o visto brasileiro os haitianos não podem ter nenhuma ocorrência policial, caso contrário não conseguem o visto. A minha amiga de Manaus me explicou isso da seguinte forma:  "Tenho mais medo de brasileiro que de haitiano, pelo menos os haitianos sabem que se fizerem algo ilícito, não vão conseguir o visto de trabalho, então fico tranquila quando vejo eles nas ruas".
 
Hoje andando pelo região central de São Paulo eu estava com vontade de tomar um suco. No centro tem um monte de lugares com aquelas frutas todas penduradas no bar, adoro ver essas frutas penduradas. Olhei uma casa de sucos pequeninha e para minha surpresa TODOS os atendentes eram haitianos, eles entendem os pedidos e falam português razoavelmente bem, mas entre os atendentes eles falam francês.
 
Adorei essa casa de suco pois além de ser atendido por haitianos o suco é bem servido, tomei quase 2 copos de cupuaçu com leite ao custo de 4 reais. Eu tinha acabado de vir de um shopping em que um suco de frutas vermelhas era 6,9 reais. Eu prefiro agora tomar suco na casa de sucos dos haitianos. Vale pelo preço e pela experiência cultural de ver que os haitianos já fazem parte da nossa realidade paulistana.

 
Esse é meu suco favorito, cupuaçu!!!! Para quem quiser conhecer essa casa de sucos ela fica na Rua Conselheiro Ramalho, 151, pertinho do Teatro Municipal. Eu gostei bastante, então fica a minha dica!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Cascavel - Parana

Haitiano é furtado na Rodoviária de Cascavel

                    
Cettrans
A mala foi encontrada vazia
              
O haitiano Ronald Augustamar, 26 anos, está no Brasil há cinco meses e teve a mala furtada no Terminal Rodoviário em Cascavel. O passageiro, que seguiria viagem a Coronel Vivida, onde encontrou um emprego, aguardava pelo ônibus quando saiu à procura de um banheiro e deixou a mala no saguão da rodoviária. Ao retornar ele constatou que a mala havia sido levada.

A Polícia Militar foi acionada e saiu à procura do ladrão. A mala foi encontrada próxima à rodoviária. Um par de tênis, R$ 400 em dinheiro e todos os pertences que estavam na bolsa foram furtados.

Nenhum suspeito foi localizado. No entanto, a Cettrans divulgou imagens da câmera de segurança do local, que devem auxiliar na identificação dos responsáveis pelo roubo.

 

Cidade de Maringa - Parana

Comércio de Frangos

Empresa contrata 220 haitianos para trabalhar em Maringá

6 de junho de 2013 - Maringá                            
                          
Arquivo/ GT Foods
Para aumentar exportação de frangos, grupo busca mão de obra no exterior                   

Redação RIC Mais
              
Um dos grandes grupos que atua no comércio de frangos no sul e sudeste do Brasil vai trazer 220 haitianos para trabalhar na região de Maringá. Já é a terceira ação desse tipo realizada pela GT Foods em 2013.

O setor responsável pela contratação afirma que falta mão de obra no País e por isso é necessário buscar profissionais em outros lugares. Com os novos trabalhadores, a empresa espera aumentar a capacidade de exportação, para atender a um público cada vez maior.

Para ajudar na mudança, segundo a GT Foods, os haitianos ficam alojados e recebem alimentação gratuitamente por três meses – até adquirirem estabilidade financeira. Depois desse período eles passam a pagar as próprias despesas com o salário.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Brasileia 14-06-13

Publicado em 14 de junho de 2013

Situação de imigrantes haitianos em Brasileia continua estável, diz secretário Nilson Mourão

Brasília – O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse hoje (13) que a situação dos imigrantes haitianos alojados na cidade de Brasileia, a 237 quilômetros de Rio Branco continua estabilizada. Segundo ele, a redução do número de imigrantes ilegais na fronteira com a Bolívia se deve à Resolução Normativa 102, de 26 de abril de 2013, do Conselho Nacional de Imigração, que permite aos haitianos ingressarem legalmente no Brasil.

Publicada no Diário Oficial da União, no dia 29 de abril, a norma altera o Artigo 2° da Resolução Normativa n° 97, de 12 de janeiro de 2012, que disciplina a concessão de visto permanente aos nacionais do Haiti. Mourão ressaltou que, com a resolução, acabou a limitação dos vistos emitidos pela Polícia Federal para regularizar a situação dos ilegais. “Não existe número limitado de imigrantes por mês, como existia anteriormente, e isso pode ser feito em qualquer posto diplomático brasileiro”, disse.

Embora não exista um número exato da entrada diária de haitianos no país, Mourão disse que são em torno de 30 por dia. Para poder trabalhar, os imigrantes devem solicitar um pedido de refúgio, tirar CPF (Cadastro de Pessoa Física) e Carteira de Trabalho, assim estarão habilitados para ser contratados. De acordo com o secretário, esse processo leva dez dias no máximo.

Por EBC, Brasília

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Noticia

10 de Junho de 2013 - 16h08

De cada três haitianos, dois passam fome



Três anos após o terremoto que dizimou o país e matou centenas de milhares de pessoas e apesar da promessa feita pelos Estados Unidos para o Haiti se “reconstruir melhor”, a fome no país é pior do que nunca.



Reuters
HaitiAo menos 1,5 milhões de haitianos sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome
Apesar dos bilhões de dólares comprometidos de todo o mundo, e dos programas de reconstrução, os problemas alimentares do país evidenciam quão vulneráveis seguem sendo os 10 milhões de habitantes.

Leia também:
ONU anuncia nova chefe da Missão de Estabilização no Haiti
ONU precisa planejar metas para retirada da missão do Haiti

Em 1997, quase 1,2 milhões de haitianos não tinham alimentos suficientes para comer. Uma década depois, o número aumentou mais que o dobro. Hoje, 6,7 milhões, ou 67% da população passa dias sem comer, não pode ter uma dieta equilibrada ou limitou o acesso aos alimentos, de acordo com pesquisas realizadas pela Coordenação Nacional de Segurança Alimentar do governo. Além disso, ao menos 1,5 milhões sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome.

Grande parte da crise é porque chove muito pouco e depois, muito. No ano passado, uma seca destruiu cultivos chave, seguida pelas inundações causadas por rastros da tormenta tropical Isaac e o furacão Sandy.

Devido à forte dependência do país às importações, a comida é cada vez menos acessível ao mesmo tempo em que a moeda do Haiti se deprecia frente ao dólar estadunidense. O salário mínimo do Haiti é de 200 gourdes, ou R$ 9,9 por dia. No final do ano passado, o salário equivalia cerca de US$ 4,75 (R$ 10,20), em comparação aos US$ 4,54 (R$ 9,74) da atualidade, uma pequena diferença que afeta consideravelmente o orçamento haitiano.

Da Redação, com AP


domingo, 9 de junho de 2013

Noticia

08/06/2013 17h09 - Atualizado em 08/06/2013 17h09

Sírios e haitianos têm tratamento diferenciado no Brasil

 
Fonte: Agência Brasil
 
Brasília – O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse hoje (8) à Agência Brasil que o governo está atento, principalmente, aos casos dos sírios e dos haitianos, situações que geraram tratamento diferenciado para esses grupos. Abrão ressaltou que, em quatro meses, 200 sírios receberam o status de refugiado e que, no caso dos haitianos, o governo passou a adotar medidas simplificadas para permitir o ingresso deles no país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou ontem (7) sobre a dificuldade em dar assistência aos sírios, que buscam ajuda devido ao agravamento da crise na região, em decorrência do aumento dos confrontos entre a oposição e o governo. A crise na Síria dura 26 meses e matou mais de 90 mil pessoas, gerando também deslocamentos internos e pedidos de asilo, refúgio e abrigo no exterior por civis.

“Procuramos alinhar solidariedade com os esforços para acelerar o atendimento às solicitações dos sírios”, destacou Abrão. “Seguimos a orientação da ONU [Organização das Nações Unidas] de que há uma situação de urgência social na Síria.”

O secretário lembrou que para atender aos haitianos, o governo brasileiro adota um tratamento diferenciado na concessão de vistos, assistência à saúde e orientação profissional. As autoridades do Brasil e do Haiti se comprometeram a promover campanhas de esclarecimento aos haitianos sobre os riscos da imigração ilegal.

Nas campanhas, serão destacados os benefícios dos meios legais de imigração. Representantes da Bolívia, Colômbia, do Equador, Peru e da República Dominicana participaram, no mês passado, de uma reunião, em Brasília, para alinhavar os termos da campanha.

Para estimular o uso de rotas legais de imigração, a campanha lembrará os custos e os riscos de entrar no Brasil ilegalmente. Também será mencionado o fim do limite anual para emissão de vistos a haitianos que desejam entrar no Brasil, conforme Resolução Normativa 102/2013 do Conselho Nacional de Imigração.

No direito internacional, há diferenças entre refugiados, apátridas e deslocados. Os refugiados são aqueles que deixam seus países porque se julgam perseguidos pelas mais diversas razões. Apátridas são pessoas que não têm nacionalidade reconhecida por país algum e deslocados são os cidadãos que não têm local fixo de moradia dentro do seu país por sentirem-se ameaçados.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Noticia

Cresce número de mão de obra haitiana no Brasil
              
Em novembro de 2012, o haitiano Wisly Setembre cruzou o Brasil em um ônibus com emprego garantido no Sul do País.
Ele e mais nove compatriotas saíram da pequena cidade de Brasileia, no Acre, para trabalhar em Indianópolis, no Paraná (a 724 quilômetros de Curitiba), como apanhadores de aves na empresa GTFoods, dona da marca Frangos Canção.
Aos 25 anos, Wisly deixou no Haiti a mulher, quatro irmãos, pai e mãe para tentar a sorte no mercado de trabalho brasileiro. “Quero trazer todos para morar aqui”, conta o ex-pedreiro, satisfeito com o novo emprego e prestes a virar tradutor oficial da empresa, auxiliando a comunicação do departamento de recursos humanos na contratação dos estrangeiros, que falam francês.
Wisly divide uma casa com oito haitianos, que rateiam os gastos com aluguel, água, luz e alimentação. Todos eles, garante, sonham em buscar suas famílias e reconstruir a vida na tranquila cidade paranaense, de 4,3 mil habitantes (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“A região vive uma escassez de mão de obra. As vagas não eram preenchidas pela população local, e vimos que a adesão dos haitianos poderia suprir esta defasagem, aliando a iniciativa a uma causa humanitária”, explica o coordenador de RH da GTFoods, Adenilson Xavier, que acompanhou a seleção dos trabalhadores, por meio de uma ONG voltada a imigrantes no Brasil.
A ideia deu tão certo que a empresa lotou mais um ônibus no Acre com 43 haitianos, em abril deste ano. Recém-contratado, o grupo também passou a colher aves para o abatimento. “Eles mostraram ter disciplina, comprometimento e dedicação”, relata Xavier.

Foi o que motivou a companhia a enviar um recrutador ao abrigo de haitianos, em Brasileia – onde ao menos 1.300 pessoas aguardavam regularizar sua situação no País em abril –, para selecionar mais 220 funcionários haitianos, em maio. Esta semana, mais 130 começaram a trabalhar no frigorífico da empresa, incluindo mulheres, em diversas funções.
“Gostaríamos de viabilizar a vinda dos familiares deles para cá, mas eles precisam adquirir um equilíbrio financeiro antes de trazê-los”, explica o coordenador de RH da GTFoods.

Fluxo crescente
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que o fenômeno da entrada em massa de haitianos no Brasil, legalmente, é recente: entre 2008 e 2010, apenas 20 vistos de trabalho foram emitidos. Já em 2011, ano seguinte ao terremoto que devastou o país caribenho, esse número subiu para 720.

No ano passado, a quantidade de permissões de trabalho saltou para 4.860, colocando o Haiti como o terceiro país com maior fluxo de estrangeiros com visto ao Brasil, atrás apenas de Estados Unidos e Filipinas. O aumento coincide com o período posterior ao desastre sísmico, que deixou ao menos 300 mil desabrigados na ilha.

Entre 2010 e o início do ano passado, pelo menos 4 mil haitianos acessaram o Brasil por países como Peru e Equador, chegando aos estados do Amazonas, Rondônia e Acre, segundo estimativas do Governo Federal.

EMISSÃO DE VISTOS
Número de permissões de trabalho concedidas a haitianos no Brasil entre 2008 e 2012
De lá para cá, a lista de empresas interessadas em contratar haitianos é crescente. Em Porto Velho, capital de Rondônia, onde a busca destas pessoas por trabalho é intensa, ao menos 20 empresas fizeram contratações entre 2012 e março de 2013. Gigantes como Odebrecht, Camargo Corrêa e Toshiba do Brasil estão na lista, segundo dados da Secretaria de Assistência Social de Rondônia.
São Paulo foi o estado que mais contratou haitianos (215) encaminhados pelo órgão, do ano passado até o momento. Em seguida, Rio Grande do Sul (156), Santa Catarina (152) e Rio de Janeiro (134) lideraram as contratações.

Em abril, uma resolução do Conselho Nacional de Imigração determinou o fim do limite de 1200 vistos humanitários anuais concedidos em Porto Príncipe, capital haitiana, ao Brasil. A nova regra pode significar um número ainda maior de estrangeiros autorizados a ingressar no País a partir do segundo semestre deste ano.

Prontos para trabalhar
Entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013, o Centro Pastoral de Mediação do Migrante – coordenado pela ONG Missão Paz São Paulo –, encaminhou 740 imigrantes, a maior parte do Haiti, para o mercado de trabalho local. No período, 458 empresas ofertaram vagas aos estrangeiros.

A dificuldade em falar português não é barreira no momento da entrevista de emprego. Os candidatos se viram como podem para demonstrar interesse e capacidade para ocupar as vagas, segundo a  assistente social Ana Paula Caffeu, que coordena os trabalhos do núcleo.

A ONG recebeu, entre janeiro e abril deste ano, 336 telefonemas com ofertas de trabalho para imigrantes em São Paulo, em empresas como restaurantes, construtoras, hospitais e até haras.
“Há pessoas com um grau de qualificação alto, mas nem por isso deixam de se submeter a tarefas de chão de fábrica e de ajudantes de serviços gerais de todo nível. Se elas têm um salário de pelo menos R$ 1 mil líquido, moradia e alimentação, fazem como se fosse o melhor emprego do planeta”, relata Ana Paula.

O haitiano Robson Jean Baptiste, de 27 anos, era um dos candidatos de um processo seletivo para vagas em uma empresa de distribuição de gás, no fim de maio, intermediado pela Missão. Ele deixou para trás o sonho de cursar uma faculdade no Haiti para apostar no Brasil. “Aqui tem mais oportunidades. No Haiti estava difícil”, relata o imigrante, que chegou ao País em abril de 2012 e espera conseguir, brevemente, uma vaga com carteira assinada.
* Do iG, colaborou Vitor Sorano.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Noticia 03-06-2013

3/6/2013 às 10h46 (Atualizado em 3/6/2013 às 10h54)

Brasil pede, e vizinhos barram haitianos

Esforço regional tem o objetivo de frear a entrada dessa população no País   
    Agência Estado
  •    


Países estão sendo usados como corredores até fronteira brasileiraJoão Fellet/BBC Brasil
Haitianos que tentam chegar ao Brasil estão sendo deportados de volta ao Caribe e detidos em países vizinhos, num esforço regional para frear a entrada dessa população no País.
Dados obtidos pelo Estado mostram que, pressionados pelo governo, países que estão sendo usados como corredores até a fronteira brasileira aumentaram a deportação e prisão de haitianos.
Já chega a mil o número haitianos deportados e detidos nas fronteiras com o Brasil nos últimos meses. Entidades internacionais e países da Europa apelam para que o País abra suas fronteiras a essa população.

Conheça a vida precária dos estrangeiros nos abrigos improvisados em Brasileia, no Acre
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No mês passado, o primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamonthe, visitou o Brasil na esperança de atrair investimentos para o país mais pobre do Ocidente.

A diplomacia brasileira, porém, vem tentando convencer países da região amazônica e mesmo a República Dominicana — que divide com o Haiti a Ilha Hispaniola — a atuar de forma mais dura diante do grande fluxo de haitianos e dos esquemas montados por máfias para levar esses imigrantes ao Brasil, com documentos falsos e promessas de emprego.

O Acre, Estado que faz fronteira com parte desses países, queixa-se de falta de estrutura para receber os haitianos.

Alguns resultados dessa pressão começam a aparecer. Segundo dados do Departamento de Imigração da República Dominicana, 320 haitianos foram deportados pelo próprio governo brasileiro e países vizinhos em apenas dois meses.

De janeiro a abril, o Peru deteve 679 imigrantes ilegais com documentos falsos e estima em 2,1 mil o número de haitianos que já teriam conseguido entrar no Brasil. Até o início do ano, esse número era praticamente zero.

A rota mais comumente usada pelos haitianos que deixam seu país rumo ao Brasil começa na República Dominicana, país vizinho de realidade financeira e social oposta. De lá, embarcam para o Equador, cruzam a fronteira com o Peru e desembarcam no Brasil.

Ajuda
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Kristalina Georgieva, espécie de superministra da Europa para a Cooperação Internacional e Ajuda Humanitária, defendeu que países latino-americanos abram suas portas aos imigrantes do Haiti.

— Gostaria de pedir aos países da região que recebessem esses haitianos, inclusive porque parte do salário deles será destinado justamente para suas famílias em seu país de origem, ajudando na reconstrução do Haiti.

O Brasil, por sua vez, também pediu a ajuda da OIM (Organização Internacional de Migrações), que revelará neste mês os primeiros resultados de um levantamento da situação migratória dos haitianos no Brasil.

Dois pontos estão sendo tratados no estudo: o primeiro é sobre a integração dos haitianos na sociedade e na economia brasileira. O outro é a rota usada pelos imigrantes para chegar ao Brasil, além dos riscos e desafios que esses haitianos encontram no caminho.

domingo, 2 de junho de 2013

DIA 13 DE MAIO DE 2013

Corpo do haitiano vítima de acidente em Navegantes está no IML de Blumenau

Ministério do Trabalho investigará as causas do acidente

     
imgAnderson BernardesVale        

Ainda está no Instituto Médico Legal (IML) de Blumenau, o corpo do haitiano que morreu na última sexta-feira (10), depois de sofrer um acidente de trabalho numa empresa de pesca de navegantes. Melquiissedek Maturin, 25 anos, trabalhava como auxiliar de serviços gerais na indústria. Ele teve 70% do corpo queimado na madrugada da quarta-feira (8). Pelos menos, mais quatro pessoas ficaram feridas.

Duas pessoas ainda estão internadas em um hospital de Blumenau.

Reprodução

Nove trabalhadores ficaram feridos no acidente

As causas do acidente vão ser investigadas pelo Ministério do Trabalho, que também vai averiguar se os funcionários estavam treinados e se eram habilitados para manusear os equipamentos. De acordo com os bombeiros de Navegantes, não houve indícios de incêndio, nem de explosão.  O acidente estaria diretamente ligado a uma falha na operação da caldeira. O corpo do haitiano aguarda liberação de documentos para ser levado ao Haiti.

Publicado em 13/05/13-11:41 por: Anderson Bernardes.

Jornal Zero Hora - Geral - 01-06-2013.

  • Zero Hora
  • Geral

  • Recomeço em terra distante01/06/2013 | 15h09

    Haitianos tentam reconstruir a vida no Rio Grande do Sul depois de terremoto

    Em busca de oportunidade, mais de 400 caribenhos conseguiram emprego formal no Estado

     
    Haitianos tentam reconstruir a vida no Rio Grande do Sul depois de terremoto Lidiane Mallmann/Especial
    Dameus se diz bem ambientado aos costumes gaúchos, como o chimarrão Foto: Lidiane Mallmann /
     
    Especial
    Vanessa Kannenberg* | Encantado
    Uma nova chance de recomeçar. Isso era tudo que o pedreiro Jean Baptiste Dameus buscava após ter perdido a casa e familiares no terremoto que devastou o seu país, em 2010. Ele escolheu o Brasil como destino, assim como pelo menos 9 mil haitianos, para reconstruir a vida. O desastre no Haiti começa a modificar o perfil dos operários buscados pelos recrutadores e até as comunidades gaúchas nas quais centenas de imigrantes do país caribenho passaram a viver desde o ano passado. O primeiro grupo, de 14 trabalhadores, desembarcou no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em janeiro de 2012, trazido pela indústria de massas Romena, de Gravataí.

    A iniciativa chamou a atenção de outros empresários, que passaram a ver nos haitianos uma solução para a falta de mão de obra. Após viajar por três meses, Dameus chegou ao Acre. Na cidade de Brasileia, passou fome, sofreu com a falta de abrigo, mas não desistiu. Depois de alguns dias, recebeu a visita de recrutadores e foi um entre 416 haitianos que ganharam carteira de trabalho e conseguiram emprego no Rio Grande do Sul.

    Dameus faz parte da primeira leva de 50 haitianos contratados em setembro de 2012 pela Dália Alimentos, com sede em Encantado. Atualmente, são mais de 120 haitianos vivendo no município de 20,5 mil habitantes. A empresa fez um segundo recrutamento no início desse ano. O salário equivale ao piso da categoria, de R$ 830,50. A Dália ainda oferece seis meses de estada em um hotel da cidade, três refeições diárias no refeitório da empresa e transporte de ida e volta.

    Além das condições de trabalho oferecidas, houve uma onda de solidariedade. Por mobilização da comunidade, foram recolhidas roupas e moradores se dirigiram até a fábrica para conhecê-los. A paróquia também oferece gratuitamente aulas de português semanais, já que a maioria dos imigrantes fala apenas o crioulo (língua nativa do Haiti).
    Com português quase fluente, Dameus e outros três amigos alugaram um apartamento no centro da cidade O local tem poucos móveis — o que existe foi arrecadado pela paróquia.

    — Sou muito feliz. Assim que juntar um pouco mais de dinheiro, quero trazer minha família para morar aqui — afirma o pedreiro.

    Adaptado, Dameus conta que um vizinho o presenteou com cuia e bomba e o ensinou a fazer chimarrão:

    — Adoro sentar no final do dia em frente à TV e tomar chimarrão.

    Haitianos que moram em Marau também pegaram o gosto pelo mate e já se dizem adaptados ao Rio Grande do Sul, apesar do frio no inverno. Os caribenhos começaram a chegar ao município de 36,3 mil habitantes no início do ano passado. Os pioneiros foram acolhidos em uma empresa de estruturas metálicas. Para ajudar na comunicação com os empregadores, o frei brasileiro Carlos Rockenbach trabalhou como intérprete dos haitianos:

    — Estavam perdidos, se comunicavam por gestos com os chefes. Passei alguns dias ajudando eles.

    Quando o frei haitiano St-Ange Bastien, 35 anos, desembarcou em Marau, em abril de 2012, os conterrâneos puderam contar com mais um intérprete. Desde então, outros grupos de haitianos se instalaram na cidade, para trabalhar nas indústrias ou na construção civil. Mesmo com a barreira da língua, o frei conta que a maior dificuldade dos conterrâneos é ficar longe da família. Muitos deixaram mulher e filhos no Haiti para trabalhar no Brasil.

    É o caso de Oscar Scheli, 25 anos, que está há um ano em Marau. Ele trabalha em uma indústria e divide um pequeno apartamento térreo com outros seis haitianos. Ex-morador de Porto Príncipe, diz que sente muita falta da mulher e do filho de dois anos:

    — Eles estão há mais de seis meses esperando visto para vir ao Brasil. Quero que venham morar comigo.

    Solteiro, o colega St-Patrick Adido, 24 anos, há quatro meses em Marau, afirma ter um problema maior:

    — Difícil mesmo é enfrentar o frio.
    *Colaborou Fernanda da Costa (Marau)
    Dameus e três amigos alugaram apartamento em Encantado
    Foto: Lidiane Mallmann, Especial

    Empresário faz elogios a estrangeiros

    Um levantamento da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, feito no fim do ano passado, confirmou que, pelo menos, 416 haitianos foram empregados em fábricas, transportadoras, construtoras, indústria alimentícia e outros setores gaúchos. No entanto, o número deve ser maior, porque, ao receber a carteira de trabalho e documentos brasileiros, os estrangeiros podem circular livremente pelo país. Dados da Polícia Federal indicam que, até maio, pelo menos 676 haitianos chegaram ao Rio Grande do Sul.

    No Estado, muitas empresas evitam falar do assunto. Nas ruas de Encantado, moradores deram indícios das causas do receio dos empresários.

    — Acho muito legal ajudar esse povo sofrido, mas tenho medo de que vão tirar o emprego dos meus netos — diz a aposentada Lucy Tarter, 82 anos.

    Já a comerciante Marta Villa, 46 anos, afirma ter ouvido boatos de demissões de antigos funcionários em favor dos estrangeiros. O diretor-administrativo da Massas Romena, André Rosa, afirma que a produção engrenou após a contratação dos haitianos:

    — Havia muitas vagas abertas e eles as ocuparam muito bem. São extremamente pontuais, educados e dedicados.

    A experiência motivou a empresa de Gravataí a contratar mais trabalhadores — hoje, são 31 haitianos. Entre eles, quatro operários que trabalhavam em condições irregulares em Osório.

    Saudade de casa e baixa remuneração
    Depois de visitar trabalhadores haitianos em mais de 10 cidades gaúchas, o pesquisador do Cibai Migrações Jandir Zamberlan avalia que os imigrantes têm boa qualidade de vida, mas enfrentam dois problemas: a saudade da família e a baixa remuneração — salários geralmente inferiores a R$ 1 mil:

    — O referencial deles de imigração era os Estados Unidos. Aqui é diferente, há mais solidariedade e acolhimento, mas na questão financeira, se sentem frustrados. Não imaginavam que seria esse valor que o mercado pagaria para eles — afirma Zamberlan.

    Entre as dificuldades dos estrangeiros, segundo o pesquisador, está a compreensão da dinâmica econômica brasileira e das leis trabalhistas. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Encantado, Maria Inês Lorenzi Vian, os trabalhadores custaram a decifrar os descontos do contracheque e estranharam que não se trabalhava nos feriados.

    — Eles não querem nada que desconte do salário — afirma Maria.

    Além disso, as dificuldades também passam pela convivência. Como o ponto inicial de comunicação é o idioma, a maioria dos haitianos acaba convivendo apenas entre eles.

    — Eles falam entre si muito alto e em crioulo, que ninguém aqui entende. Já vi gente que achava que eles estavam brigando, mas a gente que conhece sabe que é o normal deles — diz Maria.

    Boa imagem do país ajuda na escolha
    Os haitianos têm bons motivos para escolher o Brasil como destino, além do crescimento econômico e do avanço na qualidade de vida no país. De acordo com a coordenadora do curso de Relações Internacionais da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Mariana Dalalana Corbellini, um dos propulsores é a percepção positiva sobre o Brasil, principalmente devido à atuação dos militares em missões de paz da Organização da Nações Unidos (ONU). No entanto, considera que, com o aumento da entrada de estrangeiros, o país precisa repensar sua política migratória.

    — Uma das dificuldades que precisam ser consideradas diz respeito justamente à integração desses estrangeiros à sociedade e à economia brasileira, mesmo aqueles que chegam aqui com diploma de ensino superior encontram obstáculos para atuar em sua área de formação — afirma Mariana.
    No auge da entrada ilegal de haitianos no Brasil, em janeiro de 2012, o governo impôs limite de cem vistos por mês, na tentativa de conter a entrada irregular, geralmente promovida por coiotes. Ainda assim, os haitianos continuaram chegando pelas fronteiras do norte do país.

    O Acre chegou a decretar estado de emergência social em dois municípios. No fim de abril, o governo brasileiro extinguiu o limite de concessão de vistos e ampliou os postos de emissão do documento. A situação no Acre foi considerada "estabilizada".

    Veja onde estão os 416 trabalhadores haitianos registrados
    O êxodo
    * Com mais de 10 milhões de habitantes, o Haiti é o país mais pobre da América Latina. Cerca de 60% da população é subnutrida e mais da metade vive abaixo da linha de pobreza (menos de US$ 1,25 dólar por dia).
    * Em janeiro de 2010, um terremoto provocou destruição e matou mais de 220 mil pessoas. O desastre forçou a saída de haitianos. Milhares se refugiaram no Brasil.
     

    quinta-feira, 30 de maio de 2013

    Papa Francisco

    segunda-feira, 27 de maio de 2013

    Papa deplora tráfico de seres humanos e pede compreensão com os migrantes

    Francisco parabenizou ações de proteção aos migrantes e refugiados

    O Papa Francisco discursou durante a vigésima plenária do Pontifício Conselho Para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes que transcorreu no Vaticano, com a presença de dom Alessandro Ruffinoni, religioso da Congregação Scalabriniana e membro do pontifício conselho.

    O papa iniciou falando sobre o tráfico de pessoas e disse ser uma atividade "ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas", apelando aos criminosos que façam um sério exame de consciência consigo mesmo e diante de Deus.

    Francisco também pediu mais bondade e compreensão com os migrantes e refugiados e às comunidades eclesiais uma atenção diferenciada às pessoas que estão migrantes.

    Reportagem Roseli Lara da Webradio Migrantes

    quarta-feira, 29 de maio de 2013

    A vida...

    Haitianos constroem o caminho da Copa


    Universitários, professores e poliglotas atuam nas obras do complexo viário do Itaquerão


    26 de maio de 2013 | 2h 01

    CAIO DO VALLE - O Estado de S.Paulo


    Eles vieram da destruição para construir São Paulo e, de certa forma, reconstruir as próprias vidas. São professores, universitários e até atletas que falam duas, três, quatro línguas e trabalham como operários, concretando lajes e chumbando armações de ferro por salários de R$ 1,2 mil, em média. Estão a milhares de quilômetros de seu país, o Haiti, na América Central, e a poucos passos da arena que vai simbolizar a alma esportiva da capital na Copa do Mundo de 2014, o estádio do Corinthians, o Itaquerão, na zona leste.

    Desde o fim do ano passado, o consórcio que toca as obras do novo complexo viário no entorno da futura arena têm empregado mão de obra haitiana. Ávidos para reerguer lares e famílias, destroçados pelo terremoto que atingiu o país caribenho em janeiro de 2010, matando mais de 200 mil pessoas, esses trabalhadores - e também trabalhadoras - buscam no Brasil as oportunidades que ainda não encontraram em sua terra natal.

    Sergo Pierre, de 35 anos, deixou para trás a mãe, três irmãos e a faculdade de Direito - já havia cursado três anos e sete meses da graduação - para tentar a vida em São Paulo, sem ideia do que o esperava. "Não conhecia ninguém aqui, mas sempre ouvi falar da cidade, uma das maiores do mundo."

    Há um ano, veio atrás do que a metrópole poderia oferecer. Primeiro, ganhou a vida numa cooperativa. Depois, como encanador. Faz cinco meses que trabalha como pedreiro, com carteira assinada e os devidos direitos trabalhistas, na construção de viadutos, túnel e alças de acesso que começam a mudar as feições de Itaquera.

    No total, são 1,1 mil empregados - 50 vindos do Haiti, entre eles duas mulheres - empenhados no projeto de R$ 257 milhões, previsto para ser entregue em março de 2014, três meses antes do Mundial.

    O grupo de estrangeiros, porém, cresce pouco a pouco. Por isso, cada vez mais uma das línguas que se ouvem perto do Itaquerão é o crioulo. E o francês, obviamente. É que esses são os dois idiomas oficiais daquele país, onde também se aprende inglês e espanhol na escola. Quem conta é Gamisson Francisque, de 25 anos, que já arranha o português. "Eu estudava Engenharia Mecânica, estava no terceiro ano quando vim. Ainda quero retomar os meus estudos", diz.

    Assim como ele, seus colegas de trator, alicate e betoneira também sonham em voltar para as atividades originais. O caso mais emblemático é o de Samuel Alcine, de 23 anos. Hoje, o jovem, ex-jogador da seleção de futebol do Haiti, opera uma britadeira. "É complicado acompanhar a construção do estádio do Corinthians tão de perto e não sonhar jogar ali um dia", afirma Alcine.

    A distância. A saudade, uma palavra tão portuguesa, rapidamente se incorporou ao vocabulário dos estrangeiros. Luckner Honorat, de 34 anos, que era professor em seu país, sente falta da família. Sua mãe morreu em dezembro. Logo depois, ele optou pelo Brasil. Pierre, por sua vez, tem de dividir a saudade entre o Haiti e a França, onde trabalha sua mulher, a quem não vê há cerca de três anos.

    A administradora da obra, Cassia Waleska Pereira, de 49 anos, tenta, de alguma forma, amenizar a nostalgia dos trabalhadores. Ela é uma espécie de mãe para os haitianos que chegam ao Consórcio Viário Zona Leste. Desde a primeira "turma", formada há cinco meses, é responsável por assegurar que os novos profissionais, todos com carteira assinada, se entrosem à equipe. "O que a gente sente é que eles precisam de trabalho nem que for só para comer."

    Segundo ela, existe uma dificuldade para a contratação de mão de obra nacional. Por isso, a absorção
    de haitianos.

    Com o tempo, o envolvimento foi se tornando maior e ela já vai a festas dos funcionários - a maioria deles mora em apartamentos compartilhados na região central. O carinho se tornou recíproco. O dia de seu aniversário, 20 de março, coincidiu com o do nascimento da filha de um dos haitianos, o carpinteiro Kedner Jean Baptiste, de 25 anos, que decidiu batizar a rebenta com o nome de Cássia.

    quinta-feira, 23 de maio de 2013

    Noticia

    21 de Maio de 2013 atualizado às 21h29

    Brasil e Haiti reiteram esforços para combater tráfico de pessoas

    Haitianos são trazidos ao Brasil por intermediários, os chamados coiotes


    O primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiteraram nesta terça-feira que há um esforço coletivo para combater o tráfico de pessoas e a ação dos intermediários, chamados de coiotes, na migração de haitianos. Além de uma campanha educativa, está em curso uma série de orientações à população haitiana sobre as vantagens de percorrer o caminho legal para migrar.

    "Teremos um Conselho Superior da Polícia que vai atuar também na questão da migração. Nós convidamos a Embaixada do Brasil no Haiti para conhecer o nosso plano de ação e estamos trabalhando com a sensibilização, que tenta desencorajar as redes de coiotes, favorecendo a migração legal", disse Lamothe. "Os haitianos são boas pessoas e estão à procura de trabalho quando migram."

    O primeiro-ministro do Haiti está no Brasil para uma série de reuniões com autoridades e empresários brasileiros, em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em discussão, projetos de parcerias nas áreas de educação, tecnologia, ciência, infraestrutura e saúde, além de energia, segurança alimentar, inclusão social e biocombustíveis.

    Segundo Lamothe, o Haiti superou várias dificuldades, oriundas da destruição causada pelo terremoto de janeiro de 2010, mas ainda necessita de ajudar internacional. De acordo com ele, é fundamental o apoio da comunidade estrangeira nas áreas de educação, reconstrução física, combate à pobreza extrema e produção energética. "Sempre respeitando a soberania", disse.

    Em relação à retirada gradual das tropas estrangeiras da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), Lamothe confirmou que deve ser obedecido o cronograma fixado até 2016. Paralelamente, será reforçada a polícia nacional, cuja formação está em curso. "É necessário trabalhar de forma mais dinâmica. Com a cooperação bilateral, acreditamos que poderemos dinamizar, e no dia em que as tropas se retirarem, estaremos 100% prontos", disse.

    Lamothe se reuniu também com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratar de acordos de cooperação técnica para a eletrificação no Haiti. O governo do Brasil desenvolve vários projetos de cooperação com o Haiti. No caso da Minustah, a perspectiva, segundo cronograma da Organização das Nações Unidas (ONU), é retirar gradualmente até 2016 todos os militares estrangeiros que estão no país. A ideia é fortalecer as forças de segurança locais.

    É esperada para o fim do mês a inauguração do primeiro hospital comunitário de referência, construído pela parceria dos governos do Brasil, de Cuba e do Haiti, em Bons Repos, na região metropolitana de Porto Príncipe, capital haitiana. No total, serão construídas três unidades hospitalares, que ficarão nas regiões de Bons Repos, Beudet e Carrefour.

    Cada hospital comunitário contará com atendimento materno-infantil - com salas de parto e cesariana, além de atendimento ao recém-nascido -, leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), clínica médica, pediatria, ginecologia, quatro salas para cirurgias, atendimento ambulatorial, laboratório para exames básicos de urgência e serviço de radiologia e ultrassonografia.

    Agência Brasil

    sexta-feira, 17 de maio de 2013

    Lista: Residencia Permanente Haitianos (prazo de 90 dias para se apresentar na Policia Federal a partir do dia 15 de maio de 2013.



    Processo nº 08221.000810/2012-15- ALERBE DENEUS

    Processo nº 08221.000682/2012-18 - ANNE ROSE CONSTANT

    Processo nº 08221.000371/2012-41 - AVRIUS JEAN

    Processo nº 08221.000811/2012-60 - BENSON SAINTILMON

    Processo nº 08221.000549/2012-53 - CESAR COMPERE

    Processo nº 08221.000808/2012-46 - CUDY PIERRE

    Processo nº 08221.000362/2012-50 - DERICK EDOUARD

    Processo nº 08221.000803/2012-13 - DIEUNETTE DORCE

    Processo nº 08221.000802/2012-79 - EGENEL SIMEON

    Processo nº 08221.000342/2012-89 - ELAM CLERVIL

    Processo nº 08221.000812/2012-12 - ENDY FLORIVAL

    Processo nº 08221.000351/2012-70 - ESTELLA ESTIME

    Processo nº 08221.000364/2012-49 - ESTEPHANIA JEAN BAPTISTE

    Processo nº 08221.000807/2012-00 - EVENO JOSEPH

    Processo nº 08221.000118/2012-97 - FANFAN DELVA

    Processo nº 08221.000801/2012-24 - FISELENE LIBERICE

    Processo nº 08221.000806/2012-57 - GENIEL FILS AIME

    Processo nº 08221.000365/2012-93 - GINETTE JEAN CHARLES

    Processo nº 08221.000345/2012-12 - GUERLYNE CADET

    Processo nº 08221.000533/2012-41 - GUSTAVE AMETUS

    Processo nº 08221.000329/2012-20 - HENRY CLAUDE ADECLAT

    Processo nº 08221.000346/2012-67 - HENRY DILUS

    Processo nº 08221.000557/2012-08 - HENRY ESTIME

    Processo nº 08221.000628/2012-64 - HERODINE MILIUS

    Processo nº 08221.000372/2012-95 - HOLAND JOINVILLE

    Processo nº 08221.000534/2012-95 - INEDITHE APOLLON

    Processo nº 08221.000361/2012-13 - INESTAN DOMINIQUE

    Processo nº 08221.000370/2012-04 - IVONETTE JOSEPH

    Processo nº 08221.000348/2012-56 - JACQUES DESIR

    Processo nº 08221.000343/2012-23 - JASMIN CHARLES

    Processo nº 08221.000347/2012-10 - JONAS DUMEUS

    Processo nº 08221.000363/2012-02 - JONAS GEORGES

    Processo nº 08221.000804/2012-68 - JONAS RICHE LAINE

    Processo nº 08221.000805/2012-11 - LAHENS TOUSSAINT

    Processo nº 08221.000350/2012-25 - LUXIANE CHACHOUTE

    Processo nº 08221.000353/2012-69 - MANOIL HENRY

    Processo nº 08221.000344/2012-78 - MANOUCHEKA CIUS

    Processo nº 08221.000349/2012-09 - MARIE FRANCE DORLIZIER

    Processo nº 08221.000558/2012-44 - MATHELY ESTIMABLE

    Processo nº 08221.000639/2012-44 - MECCEN NORD

    Processo nº 08221.000360/2012-61 - MICHELET DESTRAT

    Processo nº 08221.000634/2012-11 - MISTRALE LOZIN

    Processo nº 08221.000550/2012-88 - OLEX COSTUME

    Processo nº 08221.000637/2012-55 - RENETTE PIERRE

    Processo nº 08221.000359/2012-36 - RINA DESTINE

    Processo nº 08221.000638/2012-08 - ROBSON ROBERT MICHEL

    Processo nº 08221.000635/2012-66 - ROUDY PIERRE

    Processo nº 08221.000352/2012-14 - SEVERE ELISMAT

    Processo nº 08221.000551/2012-22 - SILIANA DALMACY

    Processo nº 08221.000636/2012-19 - WATSON OTARIS.