domingo, 8 de setembro de 2013

Noticia 06-09-2013

Sobe número de mulheres e crianças haitianas que chegam ilegalmente ao Brasil



Menor haitiana espera completar 18 anos em acampamento no Acre

Nos últimos dois meses tem aumentado a presença de crianças, adolescentes e mulheres entre os imigrantes haitianos que entram ilegalmente no Brasil em busca de trabalho e são acomodados precariamente num acampamento em Brasiléia (AC), município com mais de 20 mil habitantes, vizinho de Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia.

- Essas crianças, adolescentes e mulheres são basicamente parentes dos haitianos que já estão trabalhando em outras regiões brasileiras. Temos três adolescentes para quem o juizado de menores já autorizou que seja fornecida documentação. Outra adolescente, ficará no galpão por mais 15 dias até completar 18 anos – explica Damião Borges, funcionário da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, que administra o acampamento.

Mais de 20 casos de crianças e adolescentes haitianos sem documentos ou separadas dos pais já passaram pelo Conselho Tutelar de Brasiléia. Mas o maior problema, de acordo com Damião Borges, é que não surgem empresários dispostos a contratar mulheres haitianas, em média com mais de 30 anos de idade.

Atualmente, apenas em Brasiléia, existem 500 haitianos acampados, sendo 60 mulheres. Cerca de 60 vieram ao encontro de parentes e as demais em busca de emprego. Todas aguardam ajuda financeira de parentes no Brasil ou no exterior para prosseguir viagem. Porém, mais de 500 imigrantes haitianos estão no Peru e Equador, onde também aguardam ajuda financeira dos parentes conseguir chegar ao Brasil.
Banheiros e esgoto a céu aberto no acampamento

O acampamento dos haitianos em Brasiléia na verdade é um galpão de cobertura baixa, de alumínio, com capacidade para 200 pessoas, onde a temperatura chega a 40 C°. As condições insalubres de higiene inclui 10 latrinas, 8 chuveiros e esgoto a céu aberto. Não há distribuição de material de limpeza e higiene pessoal e lonas plásticas servem de cortina no espaço de 200 metros quadrados.

Um filtro industrial, com três torneiras, é o único ponto de distribuição de água potável. No sábado, assim como em toda a cidade, faltou água por causa dos serviços de manutenção na rede de abastecimento. Os governos estadual e federal oferecem café, almoço e janta aos haitianos.

Os primeiros registros da chegada de haitianos em Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre, são de dezembro de 2010. Desde então, via Acre, 10,1 mil hatianos deram entrada no Brasil, que passou ser o principal destino após o terremoto no Haiti, em janeiro daquele ano.

A viagem dos haitianos começa por terra, de ônibus, até o país vizinho, a República Dominicana, de onde partem para o Panamá de barco ou avião. Do Panamá vão para o Equador, mais uma vez de barco ou avião. A partir de lá a viagem é por terra nas arriscadas estradas do continente latino-americano até Lima, capital peruana.



No Peru, o fluxo migratório se divide em dois principais caminhos: a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, em Tabatinga (AM), ou para a divisa com o Acre. A entrada por Tabatinga na verdade foi fechada recentemente pelo governo do Amazonas, fazendo com que a entrada seja atualmente apenas pelo Acre.

No caso da rota pela Transoceânica, os haitianos partem de Lima para a cidade de Puerto Maldonado, onde alugam um carro até Iberia. Nesta cidade têm a sua disposição diversos coiotes peruanos e bolivianos, que os levam até ao município de Assis Brasil, na tríplice fronteira do Peru, Bolívia e Brasil.

Os haitianos geralmente sofrem violência e são alvo de extorsão das redes ilegais de atravessadores ou coiotes até alcançarem o Acre. Apenas 40% deles dispõem de condições para custear as suas viagens para centros urbanos do Brasil. Logo, 60% ficam esperando empresários para levá-los a frentes de trabalho.

Em Brasiléia e Epitaciolândia o governo organiza a documentação – visto humanitário, CPF, carteira de trabalho, carteira de vacinação, o que permite inserção no mercado de trabalho como mão de obra barata nas regiões sul e sudeste. Em razão disso, os haitianos continuam chamando seu compatriotas para o Brasil.

Trabalho precário


Além dos problemas socioeconômicos que se arrastam há anos no Haiti, o terremoto que acometeu o país em 12 de janeiro de 2010 reforçou, em grande medida, a imagem infortuna do país, ao atingir cerca de 3 milhões de pessoas, provocar aproximadamente 220 mil mortes e desabrigar perto de 1,6 milhão dos seus habitantes. Logo após o sismo, uma epidemia de cólera comprometeu ainda mais a realidade haitiana.

De acordo com as professoras Letícia Mamed e Eurenice Oliveira de Lima, pesquisadoras da Universidade Federal do Acre, que atualmente estudam a questão da imigração dos haitianos no Acre e Brasil sob a perspectiva do trabalho, o caso do Haiti, na periferia do capitalismo global, pode ser considerado emblemático.

Coordenadoras do grupo de pesquisa Mundos do Trabalho na Amazônia, as professoras assinalam que, pelas circunstâncias em que acontece o trânsito de haitianos na Amazônia Ocidental e a maneira como isso tem sido gerenciado politicamente pelo Brasil, isso pode contribuir para que essa imigração represente um padrão precário de inserção no mercado de trabalho brasileiro, no qual a condição de imigrante passa a se refletir na própria divisão do trabalho.

- A situação de indocumentados ou documentados provisórios os fragiliza ainda mais do ponto de vista do acesso a direitos e a algum tipo de proteção, tornando-os, assim, também vulneráveis ao arbítrio de organizações criminosas e de possíveis empregadores – afirma Letícia Mamed.


Os haitianos que têm sido contratados no Brasil, o são provisoriamente por empresas do ramo da construção civil e do abate de carnes, em um sistema experimental de 45 dias.

- Nossos primeiros levantamentos revelam que os poucos haitianos que têm sido contratados no Brasil, o são provisoriamente, em um sistema experimental de 45 dias, por empresas do ramo da construção civil e do abate de carnes, para ocupação em atividades manuais, que não exigem formação escolar ou experiência. Segundo relatos, a maioria deixa a atividade logo após o primeiro mês de trabalho – acrescenta Eurenice Lima.

O “estado de emergência social” em Brasileia e Epitaciolândia continua intenso. O aumento do número de haitianos, combinado com a diminuição da oferta de vagas por parte de empresas que antes buscavam trabalhadores no acampamento, cria um caos social para os próprios haitianos no Brasil. A assistência montada no local já demandou R$ 4,5 milhões do governo estadual e R$ 2 milhões do governo federal, em dois anos e oito meses.

Mas o peso maior da questão é colocado para a própria cidade de Brasiléia, de pequena e modesta economia, com pouco mais de 21 mil habitantes. Na avaliação das professoras, o acirramento do problema questiona o improviso da política de acolhimento, que sobrecarrega Brasiléia e sua população. Os haitianos competem por vagas com os moradores locais nos postos de saúde, supermercados, padarias, agências bancárias, farmácias, correios e demais serviços públicos.
Damião Borges, funcionário da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, reconhece o problema. Ele avalia que os haitianos já deixaram no Peru ao menos US$ 5 milhões com o pagamento de propinas a policiais e funcionários dos postos de imigração na fronteira.

- A situação não é fácil de ser resolvida. A população de Brasiléia e Epitaciolândia reclama, mas os haitianos também contribuem para a economia. Fiz um levantamento e constatei que os haitianos recebem diariamente de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Esse dinheiro é enviado por parentes deles espalhados por diversas partes do mundo. Eles gastam o dinheiro com pensões, lan houses, mercearias e lanchonetes. Nunca vi um povo gostar tanto de refrigerante. Na rodoviária de Brasiléia, por exemplo, o dono de uma lanchonete, que vendia um pacote de refrigerante por dia, agora vende mais de 10 pacotes.

Além disso, paira sobre a comunidade de Brasiléia a ideia de que os haitianos também recebem uma espécie de bolsa de auxílio do governo, pois os imigrantes permanecem em grande número, todos os dias, nas filas dos bancos. Sem hostilizá-los, boa parte da população de Brasiléia e Epitaciolândia demonstra insatisfação por conta da falta da mesma atenção e cuidado.

- Temos que tentar desfazer esses boatos quase todos os dias. Os haitianos não são beneficiados com bolsa. O governo oferece apenas abrigo, café, almoço e janta. A despesa diária com cada haitiano custa, em média, R$ 12 – conclui Borges.


Por: Altino Machado
Fonte: Terra Magazine/ Blog da Amazônia 

Noticia 05-09-2013

5 de Setembro de 2013 - 16h28

Haitianos pagam até US$ 2,5 mil para entrar no Brasil



Resultados de um estudo preliminar, apresentado nesta terça-feira (3) pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), confirmam a existência de redes de tráfico de haitianos que procuram chegar ao Brasil. Eles desembarcam em Quito, no Equador, procedentes de voos do Panamá.




O Brasil criou mecanismos para que os migrantes haitianos possam solicitar o visto em seu país de origem ou, em alguns países de trânsito/ Foto: ONU

Na capital equatoriana, essas redes organizam os migrantes para que possam subsistir por alguns dias, com alimentação básica e moradia provisória, até que sejam providenciados documentos falsos e transporte para que consigam passar pela fronteira brasileira.

Os migrantes que estão utilizando essa rota, geralmente de muito baixa renda, pagam até US$ 2,5 mil (R$5,8 mil) pelo serviço de travessia aos contrabandistas. Segundo a OIM, esse dinheiro é geralmente obtido com a ajuda de familiares. "O estudo convoca a uma ação urgente para estabelecer mecanismos de proteção aos migrantes que estão sendo enganados, extorquidos e abusados fisicamente. É importante levar em conta que estamos vendo mais mulheres e crianças, que são especialmente vulneráveis a esse tipo de abusos", afirma Jorge Peraza, oficial regional de Desenvolvimento de Projetos para a América do Sul da OIM.

Recentemente, o Brasil criou mecanismos para que os migrantes haitianos possam solicitar o visto em seu país de origem ou, em alguns países de trânsito, como Equador, Peru e República Dominicana. Mas muitos migrantes continuam recorrendo à migração irregular com traficantes de pessoas. A ONG Conectas já havia alertado que, nos últimos meses, o Brasil tem negado todos os pedidos de vistos humanitários feitos oficialmente pelos haitianos, o que estaria provocando um aumento da migração irregular e arriscada por meio de atravessadores. Brasiléia, no Estado do Acre, seria uma das portas de entrada desses migrantes no Brasil, cuja situação já aponta para uma iminente crise humanitária na pequena cidade.

Informações oficiais dão conta de que o governo brasileiro já emitiu cerca de 10 mil vistos humanitários aos migrantes que têm chegado ao país."A migração do Haiti não é um fenômeno novo. Simplesmente, estamos vendo novos destinos, como Brasil, mas também Argentina e Chile, entre outros. Alguns migrantes decidem se instalar, ainda que temporariamente, nos países de trânsito, como o Equador", ressalta Peraza.

O estudo preliminar foi apresentado durante uma reunião entre autoridades do Haiti e Brasil, que começou nesta segunda-feira (2), em Porto Príncipe. O objetivo do encontro é identificar mecanismos de cooperação bilateral para que os canais de migração regular sejam fortalecidos e os instrumentos de proteção aos migrantes sejam ampliados. Essas medidas incluem o combate ao tráfico ilícito de migrantes, a criação de sistemas de informação e a melhoria da cooperação e da coordenação entre as autoridades dos dois países.

Segundo os últimos dados informados pela Polícia Federal do Brasil, há cerca de 1 milhão de imigrantes no país. A maioria é de origem portuguesa (277.727), seguidos pelos japoneses (91.042), italianos (73.126) e espanhóis (59.985).

Fonte: Adital

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lista de republicacao. Por favor, vai ate a Policia Federal mais proxima aonde esta vivendo e regulariza a sua situacao. Nao espere e vai logo!


De ordem, informo que no Diário Oficial da União de hoje, dia 20 de agosto, foi republicado o Ato de concessão de permanência dos nacionais haitianos abaixo relacionados:

 

Processo Nº 08241.001703/2010-12 - LEONISE PROPHILIEN

Processo Nº 08241.001110/2012-18 - NATHANAEL DERIVAL

Processo Nº 08241.001514/2012-01 - MARIE DANIELA BREVAL

Processo Nº 08241.001311/2012-15 - JEAN ANDRE DOMINIQUE CATULE

Processo Nº 08241.001084/2012-10 - CHELINE JEAN

Processo Nº 08241.001205/2012-23 - JOHNSON RICHE

Processo Nº 08241.001212/2011-44 - STEEVENSON CHARLES

Processo Nº 08241.003081/2011-30 - INNOCENT ANTOINE

Processo Nº 08241.003539/2011-51 - JEAN-ERIC JOSEPH

Processo Nº 08241.001302/2012-16 - WENSLEY VOLCY

Processo Nº 08241.000314/2012-23 - LEONDY CHARLY BERNABE

Processo Nº 08241.000927/2011-80 - WILNO CHARLES

Processo Nº 08241.000505/2011-12 - JEAN CLAUDE CINE

Processo Nº 08221.002915/2011-28 - ANTOINE FELIX

Processo Nº 08241.002671/2011-45 - MARIE BLONDINE CAMILLE

Processo Nº 08241.002654/2011-16 - JOSEPH KESNEL CHARLES

Processo Nº 08241.001123/2012-89 - JACKSONE JEAN BAPTISTE

Processo Nº 08241.000682/2012-71 - MARIE ROSITA DANTES

Processo Nº 08221.002653/2011-00 - WILGUENS D AOUT

Processo Nº 08241.000475/2010-55 - JEAN LUCKNER SIGUENEY.

domingo, 1 de setembro de 2013

Noticia e video 27-08-2013

HAITI 2013 (O Lado Positivo!)

27 de agosto de 2013
Fiquei muito satisfeito vendo esta montagem. Normalmente a gente só vê desgraça do Haiti… To puxando na memória aqui e pelo que me lembro, nunca vi noticiarem uma notícia boa lá.
Para mostrar que o país não tem só desgraça, fizeram este vídeo com o lado positivo e belíssimo do Haiti.
*palmas*

domingo, 25 de agosto de 2013

Noticia 23-08-2013

ONG leva caso de imigrantes haitianos no Acre à OEA



Atualizado em  23 de agosto, 2013 - 17:58 (Brasília) 20:58 GMT
 
Haitianos em Brasileia, no Acre
 
ONG Conectas denunciou condições inadequadas na recepção aos imigrantes no Acre
A situação dos imigrantes haitianos que todos os dias cruzam a fronteira com o Peru e chegam a Brasileia, no Acre, pode virar pauta de discussão na OEA (Organização dos Estados Americanos). A ONG Conectas pediu nesta sexta-feira a realização de uma audiência temática na Comissão Interamericana de Direitos Humanos para deabater a questão e discutir temas como o que chamou de "jogo de palavras" do governo brasileiro na emissão de vistos aos imigrantes que chegam ilegalmente ao país com ajuda de coiotes.

A pequena cidade acriana virou o destino final de uma recém-criada rota de imigração ilegal e é hoje a principal porta de entrada dos haitianos que fogem da miséria de seu país, ainda estremecido pelos efeitos devastadores do terremoto de 2010. A população local teve de se resignar com a população flutuante que se espalha pelas ruas e sobrecarrega o hospital do lugar.
Em carta à OEA, a Conectas justifica o pedido dizendo tratar-se de "um fluxo de dimensão regional, cujas violações e possíveis soluções devem ser discutidas no âmbito da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humnaos), no marco do respeito aos direitos humanos".

O Itamaraty foi informado da iniciativa com antecedência e não fez comentários.
O grande afluxo de imigrantes fez o Brasil oferecer um visto de caráter humanitário exclusivo para os haitianos a partir de 2012. O processamento dos pedidos é feito na Embaixada do Brasil em Porto Príncipe e em outros postos no exterior designados pelo Itamaraty, segundo resoluções 97 e 102 do
Conselho Nacional de Imigração.
Mas é para Brasileia que muitos ainda se dirigem, depois de tomar rotas de imigração ilegal que passam pelo Equador, Colômbia e Peru.

Nos períodos de maior movimento, mais de 50 imigrantes cruzam a fronteira por dia, segundo o governo do Acre. Em território brasileiro, os imigrantes clandestinos são regularizados pela Polícia Federal.

Enquanto aguardam a documentação e os contratos de trabalho que lhes darão uma nova oportunidade de vida em outras regiões do país, esses imigrantes se amontoam em um abrigo improvisado que já não consegue absorver as centenas de homens e mulheres que fazem do Acre o ponto de partida para o “sonho brasileiro”.
"É insalubre, desumano até. Os haitianos passam a noite empilhados uns sobre os outros, sob um calor escaldante, acomodados em pedaços de espuma que algum dia foram pequenos colchonetes", relata João Paulo Charleaux, coordenador de Comunicação da Conectas.
A ONG disse que a maioria dos entrevistados se queixou de dores abdominais durante a visita. Entre os atendidos no hospital municipal, 90% sofrem de diarreia, segundo informações apuradas pela Conectas.

A ONG disse que há apenas um único ponto de distribuição de água, com três torneiras.

'Jogo de palavras'

Haitianos em Brasileia, no Acre
 
Mais de 10 mil haitianos já passaram por Brasileia, segundo o governo do Acre
A ONG critica a falta de clareza do Brasil na regularização dos haitianos, o que chamou de "jogo de palavras".

Para os haitianos que pedem o visto em Porto Príncipe, a resolução 97 é clara em dizer que se trata de um “visto de caráter humanitário”, emitido exclusivamente no exterior.

O Ministério da Justiça aplica, no entanto, a mesma resolução para emitir visto humanitário no Brasil (o que não é previsto), negando se tratar de um processo de refúgio.

Questionado pela reportagem, o Ministério da Justiça disse que se baseia na Convenção de 1951 e no Protocolo de 1967 das Nações Unidas. Os documentos em questão, no entanto, regulam a política de refúgio. O ministério não comentou a aparente contradição de suas respostas.

Na segunda-feira, o escritório do relator especial sobre os direitos humanos da ONU, François Crépeau, e o do especialista independente para os direitos humanos no Haiti, Gustavo Gallón, também foram notificados sobre a situação dos imigrantes haitianos em Brasileia pela ONG Conectas.

Problema acriano

"O Acre está exaurido". É assim que o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, classifica a a situação em Brasileia, por onde, segundo ele, já passaram milhares de haitianos.
"Desde o início desse fluxo de imigração, mais de dez mil haitianos já passaram aqui no Acre. Todos foram acolhidos e receberam atenção humanitária. Essa é uma questão de ordem federal e o governo do Acre e a prefeitura de Brasileia estão sobrecarregados", disse.

Haitianos em Brasileia, no Acre
 
Governo do Acre quer que o governo federal assuma a manutenção do abrigo
Mourão nega que os imigrantes estejam "confinados" no abrigo em Brasileia, como disse a Conectas em seu relatório e afirma que o governo do Estado assegura condições dignas no abrigo sob sua responsabilidade na cidade fronteriça.

O secretário também cobra ajuda do governo federal, que em abril mandou uma força-tarefa para a cidade, a fim de acelerar a legalização dos haitianos.

"Se o Brasil adotar essa política de braços-abertos a imigrantes, precisa assumir diretamente a gestão do abrigo", disse Mourão. Ele disse que considera "útil" a discussão desse tema na OEA, já que não se trata de um problema exclusivamente brasileiro, mas também de outros países parte da rota de migração.

Mourão disse que durante o trabalho da força-tarefa do governo federal em março houve um acordo pelo qual o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome se responsabilizaria pelo custeio das cerca de 2.500 refeições diarias do abrigo.

Desde então, a fatura já passa de R$ 700 mil e não houve repasse por parte do ministério, segundo Mourão. Em Brasília, o ministério nega o acordo, dizendo apenas ser responsável pelo "cofinanciamento" do abrigo. O ministério disse que já desembolsou mais de R$ 900 mil antes de abril, mas não explicou se o "cofinanciamento" prevê o envio da verba mencionada pelo secretário.
Tanto Mourão quanto a Conectas chamam a atenção para a crise instalada em Brasileia.

"Embora os moradores mostrem compreensão e solidariedade com os haitianos, as manifestações de cansaço e descontentamento são cada vez mais frequentes. Os moradores do campo (imigrantes) competem por vagas com os moradores locais nos postos de saúde, supermercados, padarias, agências bancárias, farmácias, correios e demais serviços públicos", disse o relatório da Conectas.


 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Noticia

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Ajuda é insuficiente e haitianos enfrentam caos no Acre

A "ajuda humanitária" do governo brasileiro aos haitianos beira o caos na pequena Brasileia, cidade acriana a 240 quilômetros de Rio Branco. O atendimento no único hospital da cidade, o Raimundo Chaar, "piorou um pouco mais", reconhece a gerente-geral da instituição, Leonice Maria Bronzeado, preocupada com a alta incidência de casos de diarreia - que atualmente representam 90% dos casos dos haitianos internados.

A reportagem é de Itaan Arruda e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 16-08-2013.
O hospital, dedicado a urgência e emergências, só tem 46 leitos. "Mas, na medida do possível, eles (os haitianos) são todos atendidos", avisa a gerente-geral. Não se sabe ainda o que causa os surtos de diarreia, "Eles podem ser causados pela água ou pela comida temperada, à qual não são acostumados", especula a diretora.

Cerca de 480 imigrantes dividem hoje um galpão improvisado onde cabem no máximo 200 pessoas. Desde dezembro de 2010, quando começaram a chegar os primeiros imigrantes, já passaram pelo Acre mais de 10 mil haitianos.

A ONG Conectas Direitos Humanos, que acompanha a assistência no local, fez um relatório crítico ao governo, expondo o que classificou como "jogo de palavras" no serviço prestado aos imigrantes. "É insalubre, desumano até. Os haitianos passam a noite empilhados uns sobre os outros, sob um calor escaldante, acomodados em pedaços de espuma que algum dia foram pequenos colchonetes, no meio de sacolas, sapatos e outros pertences pessoais", relata o coordenador da ONG, João Paulo Charleaux. Segundo ele, a área das latrinas "está alagada", falta sabão, os internados se queixam de dores constantes. "Muitos passam meses nessa condição".

A Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos calcula que o hospital tem uma dívida de R$ 500 mil só com um pequeno restaurante que fornece a alimentação diária. Mas, para os haitianos, o maior problema dos haitianos hoje é a redução no número de empregos. Até semana passada, havia cerca de 830 haitianos em Brasileia. Hoje, caiu para pouco mais de 400.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Acre - Haitianos 14-08-2013

 
 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Noticia

13/08/2013 15h09 - Atualizado em 13/08/2013 16h21

ONG denuncia condições 'desumanas' de haitianos no Acre

Para coordenador, Acre não está preparado para lidar com 'crise'.
'Chegamos ao ponto máximo', diz secretário de Direitos Humanos.

Yuri Marcel Do G1 AC
 
Alojamento dos refugiados em Brasiléia está, atualmente, em reforma (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Haitianos se amontoam em alojamento em Brasiléia (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Superlotação, condições precárias de higiene e críticas à qualidade da água e da alimentação. Esta é a situação dos imigrantes haitianos no acampamento de refugiados, em Brasiléia (AC), de acordo com a Organização Não Governamental de Direitos Humanos, Conectas, localizada no estado de São Paulo (SP). A instituição se reporta em seu site, a uma série de situações encontradas em uma visita feita na cidade de Brasiléia (AC), nos dias 6 e 8 de agosto.
Distante cerca de 240 km da capital, Rio Branco, o município acreano de Brasiléia, que faz fronteira com a Bolívia, se tornou nos últimos três anos, um dos principais pontos de acesso de imigrantes vindos do Haiti ao Brasil. Na cidade, o governo do estado montou um abrigo para recebê-los até que eles tirassem a documentação necessária para trabalhar no país.
Porém, com uma média de 40 imigrantes chegando à cidade todos os dias, o acampamento acaba ficando com uma população maior que sua capacidade. Durante a visita da Conectas, eram 832 pessoas dividindo um espaço reservado para 200. De acordo com a Ong, as condições de higiene também seriam inadequadas, já que todos os imigrantes dividem dez latrinas e oito chuveiros. Eles afirmam ainda que no hospital do município, a informação é que 90% dos imigrantes estariam sofrendo com diarréia.

'Não estão preparados'
De acordo com o coordenador de Comunicação da Conectas, João Paulo Charleaux, apesar de estar sendo realizado um trabalho para acolher esses imigrantes, a ajuda é pouca perto da demanda existente.

"Essa pequena cidade de Brasiléia e o estado do Acre estão tendo que manejar uma crise para a qual não estão preparados. Essa crise é para ser manejada pelo Governo Federal e por organizações internacionais", enfatiza.

Chaleaux disse que a ONG irá encaminhar o material coletado para o Governo Federal, Organização dos Estados Americanos (OEA) e Organização das Nações Unidas (ONU) cobrando a adoção de medidas para resolver o problema.

'Chegamos ao ponto máximo'
Uma das informações divulgadas pela Conectas diz que o Governo Federal não estaria realizando o repasse de ajuda humanitária para o Governo do Acre já há três meses. A informação é confirmada pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão. Ele revela que por causa disso, o estado possui uma dívida de mais de R$ 700 mil com alimentação.

"O Governo Federal assumiu a responsabilidade de liquidar esse débito e até a presente data não liquidou. Nossa equipe está em contato permanente com a equipe do Governo Federal que está buscando os caminhos para pagar esse débito", diz.

Mourão concorda com Charleaux e diz que é preciso maior envolvimento do Governo Federal na questão. "A situação está cada dia mais complexa e nossa equipe não está preparada para enfrentar uma rota migratória tão organizada quanto essa. Nossas possibilidades estão esgotadas e desejamos que o Governo Federal possa assumir", diz.

Sobre as denúncias, quanto as condições do acampamento, o secretário diz que apesar dos esforços do Estado, a Administração Pública não possui mais condições de gerir sozinha.

"Nós chegamos ao máximo daquilo que entendemos como atenção humanitária. Eles têm abrigo, alimentação três vezes ao dia, orientação para tirar documentação, contratação para o trabalho. Uma atenção dessas merece ser valorizada, qual o lugar do mundo que dá essa atenção a imigrantes irregulares? Chegamos ao nosso ponto máximo daqui para frente não temos mais para onde ir", enfatiza.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Zilda Arns

Processo de beatificação de Dra. Zilda começa em 2015, anuncia bispo Dom Aldo

O processo de beatificação da médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann – Dra. Zilda – será aberto em 2015, anunciou o bispo Dom Aldo Di Cillo Pagotto, presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, durante o congresso nacional da entidade que será encerrado hoje (2 de agosto) na cidade de Aparecida.
 
Fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, Dra. Zilda morreu em missão em 2010 vítima do terremoto que assolou o Haiti. O pleito pela beatificação e santificação não pode ser apresentado antes dos primeiros cinco anos da sua morte, esclareceu o bispo que já convidou os participantes do congresso e voluntários de todo o país para a peregrinação a Curitiba, que vai marcar em 2015 a abertura da causa.
 
A introdução ao processo de beatificação não é tão complicado ou difícil como se pensa, observa Dom Aldo. “Como grupo somos mais de 200 mil voluntários na Pastoral da Criança, mais bispos e padres. E há o desejo para que as virtudes de Dra. Zilda sejam reconhecidas, um pleito que terá fácil aprovação e aplauso”.
 
A beatificação é um ato jurídico canônico pelo qual o papa, pela autoridade que exerce na Igreja, declara beato um servo de Deus que, após sua morte, sempre foi conceituado pela vivência de notáveis virtudes e de uma vida vivida em santidade.
 
O primeiro passo é postular a Roma para que a Congregação dos Santos receba a petição. Com a autorização da Santa Sé, caberá ao bispo diocesano, no caso Dom Moacyr Vitti, de Curitiba, postular oficialmente o pleito. Assim, autorizada, “começaremos a coletar os testemunhos que são imensos, casos de salvação de vidas e também de todos os ensinamentos, das práticas da Dra. Zilda”, explicou Dom Aldo.
 
Um processo de beatificação ou santificação não tem prazo para conclusão. Para o bispo, o que importa é o gesto de valorização e o reconhecimento de todas as virtudes da médica e o legado deixado para as duas pastorais. Ele lembra que Dra. Zilda, como humanitária – assim como madre Teresa de Calcutá – concorreu ao Prêmio Nobel da Paz. “O que já é um reconhecimento de dimensão universal”.
 
A Igreja tem feito muitos santos, personalidades de épocas recentes. A fundadora da Pastoral da Criança poderá ser a santa da modernidade, como o papa João Paulo II, Giana Molla, beato Giorgio Frascatti e outros. E nada mais atual do que os desafios que a Dra. Zilda enfrentou para combater a desnutrição, salvar vidas e promover a dignidade humana. “São praticas tão exitosas que hoje consistem em políticas públicas”, frisa Dom Aldo, para quem a médica fez extraordinariamente bem o que precisava ser feito. “E sua obra tem alcance extraordinário. A metodologia, as práticas simples iniciadas há 30 anos hoje estão em vinte países da América Latina, África e Ásia.”

sábado, 10 de agosto de 2013

Fundadora da Pastoral da Crianca - Zilda Arns - 08/08/2013

       

08/08/2013 22h42 - Atualizado em 08/08/2013 22h42
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'Berço' da Pastoral da Criança reza por possível beatificação de Zilda Arns

Instituição foi criada em 1983, em Florestópolis, no norte do Paraná.
Processo de beatificação terá início em 2015, segundo anúncio da CNBB.

 
Voluntárias da Pastoral da Criança de Florestópolis, no norte do Paraná, comemoram o anúncio da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) sobre o inicio do processo de beatificação da missionária Zilda Arns, na quarta-feira (7). A cidade é o berço da pastoral, fundada e coordenada por Arns até sua morte, em 2010, em um terremoto no Haiti.

Ao falar sobre o processo de beatificação da missionária, algumas missionárias que atuaram desde o começo da pastoral se emocionam. “A gente se emociona por essa graça que Deus nos deu dela ser nossa intercessora aqui em Florestópolis. Não tenho dúvida que ela será a protetora de Florestópolis”, comenta Maria Zélia de Oliveira.

As participantes da pastoral na cidade disseram não ter dúvidas de que a beatificação ocorrerá. “Ela é um exemplo, por causa do carisma, do amor em salvar vidas. Ela chegou com a Pastoral da Criança não só no Brasil, mas em vários continentes. Não tenho dúvidas que ela será beatificada”, disse Eunice Cardoso.

O processo de beatificação só começará em 2015, pois a solicitação só pode ser realizada cinco anos após a morte do candidato. A beatificação de Arns foi proposta pelo bispo da Paraíba, Aldo Di Cillo Pagotto, que atualmente preside o Conselho Diretor da Pastoral da Infância.
Zilda Arns era pediatra de profissão e dedicou sua vida ao cuidado das crianças menos favorecidas e no combate à desnutrição. Recebeu vários prêmios por seus trabalhos sociais, entre eles o de Direitos Humanos das Nações Unidas, concedido em 2002. Também chegou a ser postulada ao Prêmio Nobel da Paz.

A missionária morreu aos 75 anos no Haiti, onde estava para um encontro missionário no qual seriam discutidos métodos de combate à desnutrição infantil. Ela era irmã do arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Paulo Evaristo Arns, e tia do vice-governador do Paraná, Flávio Arns.

A Pastoral da Infância foi criada em 1983, em Florestópolis, como o objetivo de atender e ajudar no desenvolvimento de crianças com até seis anos de idade nas comunidades pobres. Hoje, a pastoral atua em mais de 20 países da América Latina, África e Ásia. No Brasil, os lugares atendidos pela pastoral tem um índice de mortalidade infantil de nove para mil crianças, quase a metade do índice nacional.

De acordo com Sônia Baise, coordenadora da Pastoral da Criança em Florestópolis, o índice de mortalidade infantil caiu drasticamente em Florestópolis após a implantação do trabalho. “De mil crianças, morriam 100 e poucas por ano. Isso foi reduzindo e hoje temos praticamente zero”, afirma.
Crianças salvas

Segundo Evani Fogaça, voluntária da pastoral há mais de 20 anos, o projeto salvou milhares de vidas. “As coordenadoras ficavam sabendo de crianças que estavam em situação de risco e atendiam. Crianças muito magras, com casos de desnutrição. Por causa do trabalho, vi muitas crianças ser salvas e que hoje são adultas, testemunhas do trabalho realizado”, disse.

A voluntária Alzira de Souza conta que uma sobrinha só conseguiu sobreviver por causa do trabalho da pastoral. “Falavam que ela poderia morrer logo. Foi acompanhada por seis meses no berçário e saiu de lá curada. E eu falo para ela: você tem que agradecer muito a Deus por sua vida, e também a doutora Zilda por esse trabalho que ela fez”, disse.

Uma das visitas realizadas pela pastoral aproximou Maria Camilo de Rafael, que foi adotado por ela. “Visitávamos várias crianças doentes. Quando fui ao hospital, vi o Rafael debilitado, entre a vida e a morte. Eu senti vontade de cuidar dele. Um sentimento de mãe. Nem sabia o que estava acontecendo com a mãe dele”, explica Maria, que atuava no começo da pastoral.

Rafael nasceu com 3,6 kg, mas com pouco mais de um mês de vida, foi encaminhado ao hospital com 1,3 kg, com infecção pulmonar e desnutrição. “Inicialmente, ia cuidar até ele ficar bem. Mas, a mãe estava doente e não podia cuidar dele. Por isso, ela me entregou a guarda dele na justiça. Depois de alguns anos ela faleceu”, conta a voluntária.

“Nós que ajudamos a criar a pastoral da criança vamos levar isso sempre em nosso coração. Temos o orgulho de ser o berço da Pastoral da Criança e teremos uma beata da pastoral", afirma Sônia Baise, coordenadora da Pastoral da Criança em Florestópolis.

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Medica Zilda Arns

Morta em terremoto no Haiti, Zilda Arns pode virar nova santa brasileira

A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, pode se tornar santa da Igreja Católica. O bispo Dom Aldo Di Cillo Pagotto, presidente do Conselho Diretor da Pastoral da Criança, anunciou que o processo de beatificação de Zilda Arns será aberto em 2015, cinco anos depois da morte da médica, em janeiro de 2010, no terremoto que atingiu o Haiti.

O bispo fez o anúncio durante o congresso nacional da Pastoral da Criança, em Aparecida (SP). Ele explicou que o pleito pela beatificação e santificação não pode ser apresentado antes dos primeiros cinco anos da morte do candidato ao título.
A médica Zilda Arns morre em janeiro de 2010, no Haiti, devido ao terremoto que atingiu o país
A médica Zilda Arns morre em janeiro de 2010, no Haiti, devido ao terremoto que atingiu o país.
A beatificação é um ato jurídico canônico pelo qual o Papa declara beato um servo de Deus que, após sua morte, sempre foi conceituado pela vivência de notáveis virtudes e de uma vida vivida em santidade. O primeiro passo é pedir que a Congregação dos Santos, em Roma, receba a petição. Com a autorização da Santa Sé, caberá ao bispo diocesano - neste caso, Dom Moacyr Vitti, de Curitiba - postular oficialmente o pleito.

Assim que autorizada, começam a ser tomados os depoimentos sobre o candidato. O processo de beatificação ou santificação não tem prazo para ser finalizado.


Beatificação, pastoral, pediatra, Terremoto, zilda

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Noticia 08-08-2013

atualizado às 11:37h - quinta, 08 de agosto de 2013

Haitianos que entrarem no Brasil sem visto podem ser expulsos

Refugiados haitianos que entrarem no Brasil sem visto podem ser expulsos. A decisão, de acordo com o Ministério da Justiça, já está sendo cumprida pela Polícia Federal e afeta cerca de 300 haitianos que aguardam no município de Tabatinga (AM) a regularização da permanência no país.

O aumento do fluxo de haitianos no Brasil se deve ao terremoto que, em janeiro do ano passado, matou mais de 250 mil pessoas. A situação do Haiti, que já era um dos mais pobres do continente, impulsionou a migração para outros países à procura de trabalho. Na época, o Ministério da Justiça emitiu uma ordem para que a Polícia Federal recebesse todos os cidadãos do país caribenho que solicitassem refúgio no Brasil.

Dados da Polícia Federal indicam que, apenas neste ano, 294 haitianos entraram no país como refugiados. Uma vez feito o pedido do visto, eles recebem um protocolo que vale como comprovante de entrada e torna possível tirar documentos como carteira de identidade e Carteira de Trabalho, enquanto o pedido de refúgio é julgado pelo governo federal.

No último dia 8, a Polícia Federal iniciou em Tabatinga um mutirão para examinar a situação dos haitianos na região. O Ministério de Relações Exteriores (MRE) informou que os haitianos que entraram no país como refugiados não estão de acordo com a Lei 9.474, de 1997, que reconhece nessa situação apenas o indivíduo que seja perseguido no país de origem por motivos de raça, religião, situação política ou violação de direitos humanos.

O MRE destacou que os tratados internacionais e a legislação brasileira não preveem a condição de refugiado para pessoas que se deslocam de seus países em casos de desastre ambiental.

Na tentativa de encontrar uma solução para o caso segundo as leis brasileiras, o Ministério da Justiça encaminhou um estudo da situação dos haitianos ao Conselho Nacional de Imigração (CNIg).

Fonte: Agência Brasil

domingo, 4 de agosto de 2013

30-07-2013

Descendente de migrantes haitianos nasce em Serafina Corrêa

Sophia Augustin Lucien nasceu no dia 30, no hospital Nossa Senhora do Rosário

Eunice com a filha Sophia
Eunice com a filha Sophia
Nasceu na última quarta-feira, dia 30 de julho, o primeiro migrante, descendente de haitianos em Serafina Corrêa. Sophia Augustin Lucien veio ao mundo no Hospital Nossa Senhora do Rosário através de cesariana, pesando 2, 5Kg.

Sophia é filha de Djenson Lucien, migrante vindo do Haiti. Djenson chegou em Serafina Corrêa no dia 29 de novembro de 2012 onde encontrava-se, até então, no Acre. Sua esposa Eunice Augustin encontrava-se no Equador, onde moravam antes de se mudarem para o Brasil, e chegou em Serafina no mês de março.

Além de trabalho, a família migrante também conquistou moradia.

Djenson e Eunice já são pais de Erick de cinco anos.

Refúgio:

Serafina Corrêa é um dos municípios gaúchos que concede refúgio a migrantes. Até fevereiro de 2013, já são 23 migrantes haitianos no município.

No geral são homens entre os 28 e 35 anos que tem mulheres e filhos no Haiti e que estão sofrendo pela grande crise ocasionada pelo terremoto de 2010 e pelas ondas de violência que o país enfrenta. Cerca de 50% do valor que recebem no Brasil tem como destino suas famílias no Haiti.

Os novos moradores da cidade estão legalizados e trabalham dentro das conformidades trabalhistas e também recebem auxílios como cestas básicas, material e produtos de higiene e limpeza além de roupas de cama, mesa e banho logo que chegam para que possam se estabelecer em condições básicas de dignidade. Hoje o município já oferece curso de língua portuguesa para os migrantes interessados em falar o idioma. Muitos deles quando chegam no Brasil, falam o francês e o espanhol e, alguns, o inglês.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Londrina - Parana - Haitianos 28-07-2013


Segunda Manhã de Integração com os Haitianos  - Londrina - Parana


 

Neste domingo, dia 28 de julho de 2013, a Cáritas Arquidiocesana de Londrina juntamente com a Pastoral do Migrante realizou a II Manhã de Integração com os Haitianos.

Este momento foi de extrema impotência, pois pudemos dar continuidade a integração com os Haitianos e colhendo novas experiências e histórias de superação.

Nós da Cáritas Arquidiocesana de Londrina ficamos grato a presença de todos neste dia em especial ao Pe. Roque e as Paroquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. Estiveram conosco também neste dia integrantes da diretoria da Cáritas Londrina e novos voluntários.

Como proposta temos um encontro mensal, onde nos  próximos encontros os Haitianos apresentarão um pouco de sua cultura por meio da musica, comidas típicas e partilhas.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Haitianos = Dia 17 de julho 2013 = Residencia Permanente

Ir. Rosita Milesi, mscs
Diretora
Instituto Migrações e Direitos Humanos
Quadra 7 - Cj. C - Lote 1 - Vila Varjão/Lago Norte
71540-400 - Brasília - DF - Brasil
rosita@migrante.org.br
imdh.diretoria@migrante.org.br
Tel.: (0055) 61 81737688 e 3340-2689
Website:
www.migrante.org.br

 
Informo que por Ato publicado no Diário Oficial da União de 17 de julho de 2013, foi concedida a residência permanente aos nacionais haitianos abaixo relacionados:
 
Processo Nº 08221.002701/2012-32 - CHARLES CHOUBERT
Processo Nº 08221.002673/2012-53 - FRANÇOIS BERNARD
Processo Nº 08221.002674/2012-06 - GILBERT PIERRE
Processo Nº 08221.002676/2012-97 - MERISTIN SAINVERTIL
Processo Nº 08221.002702/2012-87 - SAINT JUSTE ROSENIE
Processo Nº 08221.003398/2012-95 - LOUSENA LAGUERRE
Processo Nº 08221.003764/2012-14 - LONESE PRIME
Processo Nº 08221.003766/2012-03 - ESTEVELA CHARLES
Processo Nº 08221.003765/2012-51 - ISMELA FILS AIME
Processo Nº 08221.003673/2012-71 - TACHENA NARCISSE
Processo Nº 08221.003672/2012-26 - ETHOL EXIME
Processo Nº 08221.003671/2012-81 - WILGUENS MARCELLUS
Processo Nº 08221.003670/2012-37 - GUERLYNE MEVIL
Processo Nº 08221.003669/2012-11 - LUCKENSON DESIR
Processo Nº 08221.003667/2012-13 - WILBERT SYLVAINCE
Processo Nº 08221.003463/2012-82 - CHRISTONA PIERRE
Processo Nº 08221.003462/2012-38 - WALITON SIMON
Processo Nº 08221.003461/2012-93 - TCHENLEY MICHEL
Processo Nº 08221.003460/2012-49 - JEAN LAUBERT JOSEPH
Processo Nº 08221.003459/2012-14 - EVANEL ISRAEL
Processo Nº 08221.003458/2012-70 - SAMUEL JACQUES
Processo Nº 08221.003763/2012-61 - REMILLER AUGUSTIN
Processo Nº 08221.003762/2012-17 - ATILISSE EVARIS
Processo Nº 08221.003761/2012-72 - BLADINE VICTOR
Processo Nº 08221.003681/2012-17 - MICHELET BEAUPLAN
Processo Nº 08221.003680/2012-72 - DIEUSAIT HILAIRE
Processo Nº 08221.003679/2012-48 - DIEULIUS ADEUS
Processo Nº 08221.003678/2012-01 - JOANEL AURILUS
Processo Nº 08221.003677/2012-59 - MARJORIE SAINT JUSTE
Processo Nº 08221.003676/2012-12 - DONARD JEAN MARY
Processo Nº 08221.003674/2012-15 - PATRICK ROBERT
Processo Nº 08221.003675/2012-60 - NALCIN PIERRE
Processo Nº 08221.003779/2012-74 - SANSLYNE JULES
Processo Nº 08221.003803/2012-75 - JEAN RENE CLASSONNEL
Processo Nº 08221.003802/2012-21 - JOCELET JOSEPH
Processo Nº 08221.003799/2012-45 - JOSEPH WILDER MOISE
Processo Nº 08221.003801/2012-86 - JOACHIN ALCIN
Processo Nº 08221.003800/2012-31 - OLERMY MARCELLUS
Processo Nº 08221.003686/2012-40 - ROCHENEL PRIVIL
Processo Nº 08221.003687/2012-94 - FREDO MONFISTON
Processo Nº 08221.000431/2012-25 - ADRIEN MARIUS
Processo Nº 08221.001709/2012-81 - ANGELO FILS
Processo Nº 08221.000333/2012-98 - ANNAL BOSIER
Processo Nº 08221.001708/2012-37 - BABY ISENADIN
Processo Nº 08221.000430/2012-81 - BAINET LOUISSAINT
Processo Nº 08221.00334/2012-32 - BERNADIN CICERON
Processo Nº 08221.000327/2012-31 - CEPIPHANE ALCINDOR
Processo Nº 08221.000328/2012-85 - CHSRLOT CLERCIUS
Processo Nº 08221.000332/2012-43 - CLAUDE CHERILUS
Processo Nº 08221.000325/2012-41 - DANIUS BRENEUS
Processo Nº 08221.001576/2012-43 - DESTRAT TITUS
Processo Nº 08221.000339/2012-65 - DIEU-KIMENE ESTIMABLE
Processo Nº 08221.001710/2012-14 - DILVET ULYSSE
Processo Nº 08221.001578/2012-32 - DUKEL JOSEPH
Processo Nº 08221.001572/2012-65 - EDOUARD JOSEPH
Processo Nº 08221.000340/2012-90 - ELINNOR FORTUNE
Processo Nº 08221.001703/2012-12 - EUDRICE GERMEIL
Processo Nº 08221.001379/2012-24 - FRANCKY FIEFFE
Processo Nº 08221.000331/2012-07 - FRENEL CHRYSOSTOME
Processo Nº 08221.001699/2012-84 - GERALD DORIVAL
Processo Nº 08221.000829/2012-61 - GINA JULES
Processo Nº 08221.000335/2012-87 - GUSNEL CHRISOSTOME
Processo Nº 08221.001711/2012-51 - HEDNEVE SAINRILUS
Processo Nº 08221.001577/2012-98 - HIRAM MICHEL
Processo Nº 08221.000513/2012-70 - HUBERT ARISTIN
Processo Nº 08221.000336/2012-21 - IGENEL BORGELAS
Processo Nº 08221.000436/2012-58 - IVERTILE NOVEMBRE
Processo Nº 08221.001687/2012-50 - JACKY TOUSSAINT
Processo Nº 08221.000341/2012-34 - JACKSON DELICE
Processo Nº 08221.000437/2012-01 - JAMES PIERRE
Processo Nº 08221.000324/2012-05 - JEAN CLAUDE ALEXANDRE
Processo Nº 08221.001686/2012-13 - JEAN GERALD LOUIS
Processo Nº 08221.001712/2012-03 - JEAN HOSCAR SUPREME
Processo Nº 08221.001676/2012-70 - JOB MISERE
Processo Nº 08221.001701/2012-15 - JOHN JEAN
Processo Nº 08221.001575/2012-07 - KENSON JACQUES
Processo Nº 08475.000684/2013-06 - PIERRE MAGALIE
Processo Nº 08221.001574/2012-54 - MARC HEDER LATERRION
Processo Nº 08221.001579/2012-87  - MISTERBY HERARD
Processo Nº 08221.001696/2012-41 - NAVILIEN DINA
Processo Nº 08221.001700/2012-71 - NOE AUGUSTIN
Processo Nº 08221.000435/2012-11 - RAYMOND ST JEAN
Processo Nº 08221.000434/2012-69 - RENAN VIUS
Processo Nº 08221.000338/2012-11 - ROSE MANIQUE ADAIN
Processo Nº 08221.001705/2012-01 - ROSELET JOSEPH
Processo Nº 08221.000326/2012-96 - ROSEME DAZULME
Processo Nº 08221.001702/2012-60 - SERGO OVIDE
Processo Nº 08221.000398/2012-33 - THOMAS FAUSTIN
Processo Nº 08221.001704/2012-59 - WALTES OVILMAR
Processo Nº 08221.001698/2012-30 - WENSON ANDRE
Processo Nº 08221.000337/2012-76 - WILNER BONHOMME
Processo Nº 08221.000433/2012-14 - WINIAL PIERRETTE

terça-feira, 16 de julho de 2013

Residencia Permanente. Prazo de 90 dias para regularizar a situacao junto a Policia Federal, partir do dia 15 de julho de 2013.

Informo que por Ato publicado no Diário Oficial da União de 15 de julho de 2013, foi concedida a residência permanente aos nacionais haitianos abaixo relacionados:
 
Processo Nº 08221.001479/2012-51 - SAINT VIL MYNOSE
Processo Nº 08221.001568/2012-05 - SAINTINET LEONARD
Processo Nº 08221.001476/2012-17 - PHAEL SULTANA
Processo Nº 08221.001666/2012-34 - ULRICK SOLITAIRE
Processo Nº 08221.001571/2012-11 - UNSEUL CEUS
Processo Nº 08221.001613/2012-13 - VENET SERVIUS
Processo Nº 08221.001569/2012-41 - VILBRUN BELLANGE
Processo Nº 08221.001552/2012-94 - WESLY GERARD
Processo Nº 08221.000626/2012-75 - WILNES NELSON
Processo Nº 08221.001553/2012-39 - EMMANUEL LORMEUS
Processo Nº 08221.001565/2012-63 - JN WILDOR DEMOSTHENE
Processo Nº 08221.000076/2012-94 - JOSEPH LUCSON JOSEPH
Processo Nº 08221.001478/2012-14 - JOSEPH MAGALIE
Processo Nº 08221.001656/2012-07 - PATRICK  LALANNE
Processo Nº 08221.001477/2012-61 - DAUTRUCHE LUCIENNE
Processo Nº 08221.001611/2012-24 - LUCKSON REMY
Processo Nº 08221.000623/2012-31 - MARC ARTHUR JEAN BAPTISTE
Processo Nº 08221.001667/2012-89 - MARCIUS GUILLAUME
Processo Nº 08221.001475/2012-72 - MICHEL MELIANE
Processo Nº 08221.001599/2012-58 - MICKEL JEANTUS
Processo Nº 08221.001602/2012-33 - PAUL GARCON
Processo Nº 08221.001562/2012-20 - REGINALD PREVILON
Processo Nº 08221.001474/2012-28 - SAINTIL ROSE LOURDES
Processo Nº 08221.001655/2012-54 - WASNER ALMONORD
Processo Nº 08221.001664/2012-45 - ANEBERT VIXAMAR
Processo Nº 08221.000624/2012-86 - ARCHANGE JUNIOR JOSEPH
Processo Nº 08221.001612/2012-79 - ALAIN CHARLES
Processo Nº 08221.001559/2012-14 - LUCKSON CORVIL
Processo Nº 08221.001550/2013-03 - ROUSEVEL  DELVA
Processo Nº 08221.001549/2012-71 - KINS DESTINE
Processo Nº 08221.001665/2012-90 - ABIUS DESULMA
Processo Nº 08221.001551/2012-40 - ELIEZER DELIMA BELIZAIRE
Processo Nº 08221.001661/2012-10 - YLFRANC DORIVAL
Processo Nº 08221.001533/2012-68 - ENIDE MENTIS
Processo Nº 08221.000625/2012-21 - ERLYNE MILIUS
Processo Nº 08221.001662/2012-56 - GENEL PIERRE
Processo Nº 08221.001601/2012-99 - TERMIDE GONEL
Processo Nº 08221.001473/2012-83 - JEAN CHARLES MAGALIE