Imigração11/01/2015 | 14h39
Idioma, leis e preconceito são barreiras para haitianos
Imigrantes criam associações para defender seus direitos e buscar maior integração
Jean Innocent Monfiston quer construir vida em SC ao lado da mulher, Staccy, e do filho Christopher, que nasceu no Brasil Foto: Marcio Cunha / especial
Darci Debona
O ato para lembrar as vítimas do terremoto ocorrido há cinco anos no Haiti, organizado neste domingo, em Chapecó, foi coordenado pela Associação dos Haitianos de Chapecó. A entidade criada há quatro meses, para apoiar os imigrantes do país caribenho que chegam em Chapecó.
O presidente da associação, Jean Inoccent Monfiston, revelou as dificuldades dos haitianos no Brasil e em Santa Catarina. Entre elas está o preconceito, que alguns admitem terem sofrido. Outro problema grave é a língua, já que os haitianos falam francês, espanhol e crioulo, língua falada no Haiti.
Monfiston chegou ao Brasil em 2011, ficou um ano no Amazonas, com sua esposa Staccy Derogeni, onde nasceu Christopher, que está com quase três anos. Depois foi para Balneário Camboriú e, há oito meses, mora em Chapecó, onde trabalha numa agroindústria.
Confira a seguir a entrevista que ele concedeu ao Diário Catarinense.
DC: Qual a lembrança do dia do terremoto?
Jean Inoccent Monfiston: Ele marca um dia muito triste. Um dia em que muitos haitianos morreram. E queremos mostrar que não nos esquecemos deles.
DC: Como está a reconstrução do país, que notícias vocês tem de lá?
Monfiston: Está mais ou menos. Mas apenas 15 a 20% foi reconstruído?
DC: Qual a proposta de criar a associação?
Monfiston: Temos cinco associações em Santa Catarina, em Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Navegantes e Chapecó. O primeiro objetivo é conservar a cultura haitiana. Depois queremos instruir sobre as leis trabalhistas que são muito diferentes das haitianas. Também queremos nos unir mais com os brasileiros. Queremos ainda criar uma Federação em Santa Catarina.
DC: Quais as principais dificuldades dos haitianos aqui?
Monfiston: A principal dificuldade é o idioma. Temos dificuldades para comunicação. Na associação vamos iniciar um curso de português.
DC: Vocês sofrem algum tipo de preconceito?
Monfiston: Para mim ninguém manifestou nada. Mas tem haitianos que relatam que já sofreram ofensas.
DC: Como está a imigração?
Monfiston: Muita gente ainda vem. Mas a gente orienta aos que estão trabalhando lá que não venham. Temos médicos, engenheiros, que ganham um salário melhor lá do que aqui. A remuneração no Haiti é melhor, mas não tem emprego para todo mundo.
DC: Quais são seus planos?
Monfiston: Meu plano é ficar no Brasil e construir minha vida com minha mulher e meu filho.
O presidente da associação, Jean Inoccent Monfiston, revelou as dificuldades dos haitianos no Brasil e em Santa Catarina. Entre elas está o preconceito, que alguns admitem terem sofrido. Outro problema grave é a língua, já que os haitianos falam francês, espanhol e crioulo, língua falada no Haiti.
Monfiston chegou ao Brasil em 2011, ficou um ano no Amazonas, com sua esposa Staccy Derogeni, onde nasceu Christopher, que está com quase três anos. Depois foi para Balneário Camboriú e, há oito meses, mora em Chapecó, onde trabalha numa agroindústria.
Confira a seguir a entrevista que ele concedeu ao Diário Catarinense.
DC: Qual a lembrança do dia do terremoto?
Jean Inoccent Monfiston: Ele marca um dia muito triste. Um dia em que muitos haitianos morreram. E queremos mostrar que não nos esquecemos deles.
DC: Como está a reconstrução do país, que notícias vocês tem de lá?
Monfiston: Está mais ou menos. Mas apenas 15 a 20% foi reconstruído?
DC: Qual a proposta de criar a associação?
Monfiston: Temos cinco associações em Santa Catarina, em Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema, Navegantes e Chapecó. O primeiro objetivo é conservar a cultura haitiana. Depois queremos instruir sobre as leis trabalhistas que são muito diferentes das haitianas. Também queremos nos unir mais com os brasileiros. Queremos ainda criar uma Federação em Santa Catarina.
DC: Quais as principais dificuldades dos haitianos aqui?
Monfiston: A principal dificuldade é o idioma. Temos dificuldades para comunicação. Na associação vamos iniciar um curso de português.
DC: Vocês sofrem algum tipo de preconceito?
Monfiston: Para mim ninguém manifestou nada. Mas tem haitianos que relatam que já sofreram ofensas.
DC: Como está a imigração?
Monfiston: Muita gente ainda vem. Mas a gente orienta aos que estão trabalhando lá que não venham. Temos médicos, engenheiros, que ganham um salário melhor lá do que aqui. A remuneração no Haiti é melhor, mas não tem emprego para todo mundo.
DC: Quais são seus planos?
Monfiston: Meu plano é ficar no Brasil e construir minha vida com minha mulher e meu filho.
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