quarta-feira, 19 de junho de 2013

Noticia

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Haitianos no Brasil e em São Paulo!

Desde o ano passado eu queria escrever sobre esse assunto. Quando eu estava em Manaus eu escutei uma explicação fantástica de uma amiga sobre o imigrantes haitianos nessa cidade, encontramos muitos nas ruas enquanto passeávamos. No meu vôo de Manaus para São Paulo tinha um casal haitiano embarcando junto comigo. Chegando em São Paulo eu comecei a reparar o número de haitianos aumentar.
 
Agora,  tenho vizinhos haitianos e tem uma pequena lan house perto da minha casa que faz fila de haitianos para usar, grande sacada de quem abriu a lojinha, vive lotada. Outra coisa, no SESC carmo há aulas de português para refugiados e mais uma vez, mais haitianos. Eu vejo vez ou outra muitos chegando com mala vindos do aeroporto e andando pelo meu bairro. Tenho a impressão que os haitianos estão predominantemente no centro de São Paulo, baseado na minha estatística observacional, eu vejo pelo menos 2 haitianos por dia
 
Eu particularmente adoro escutar eles falando em francês e fico imaginando como deve ser a história de cada um deles, quais a dificuldades eles passaram. Segundo o Ministério das Relações Exteriores os haitianos compram uma passagem para o Equador pois não precisa de visto  e de lá eles atravessam o Peru até chegar no Acre. Quando eles chegam na fronteira com o Brasil, eles se identificam como refugiados de desastre natural, pois em janeiro de 2010 aconteceu o terrível terremoto que destruiu o Haiti. Na situação de refugiado o Brasil concede a entrada dos haitianos.
 
Até 22 de novembro de 2011 havia no Brasil 4.500 imigrantes haitianos e desses somente para 1300 deles foram concedidos vistos válido por 5 anos. Mas para conseguir o visto brasileiro os haitianos não podem ter nenhuma ocorrência policial, caso contrário não conseguem o visto. A minha amiga de Manaus me explicou isso da seguinte forma:  "Tenho mais medo de brasileiro que de haitiano, pelo menos os haitianos sabem que se fizerem algo ilícito, não vão conseguir o visto de trabalho, então fico tranquila quando vejo eles nas ruas".
 
Hoje andando pelo região central de São Paulo eu estava com vontade de tomar um suco. No centro tem um monte de lugares com aquelas frutas todas penduradas no bar, adoro ver essas frutas penduradas. Olhei uma casa de sucos pequeninha e para minha surpresa TODOS os atendentes eram haitianos, eles entendem os pedidos e falam português razoavelmente bem, mas entre os atendentes eles falam francês.
 
Adorei essa casa de suco pois além de ser atendido por haitianos o suco é bem servido, tomei quase 2 copos de cupuaçu com leite ao custo de 4 reais. Eu tinha acabado de vir de um shopping em que um suco de frutas vermelhas era 6,9 reais. Eu prefiro agora tomar suco na casa de sucos dos haitianos. Vale pelo preço e pela experiência cultural de ver que os haitianos já fazem parte da nossa realidade paulistana.

 
Esse é meu suco favorito, cupuaçu!!!! Para quem quiser conhecer essa casa de sucos ela fica na Rua Conselheiro Ramalho, 151, pertinho do Teatro Municipal. Eu gostei bastante, então fica a minha dica!

terça-feira, 18 de junho de 2013

Cascavel - Parana

Haitiano é furtado na Rodoviária de Cascavel

                    
Cettrans
A mala foi encontrada vazia
              
O haitiano Ronald Augustamar, 26 anos, está no Brasil há cinco meses e teve a mala furtada no Terminal Rodoviário em Cascavel. O passageiro, que seguiria viagem a Coronel Vivida, onde encontrou um emprego, aguardava pelo ônibus quando saiu à procura de um banheiro e deixou a mala no saguão da rodoviária. Ao retornar ele constatou que a mala havia sido levada.

A Polícia Militar foi acionada e saiu à procura do ladrão. A mala foi encontrada próxima à rodoviária. Um par de tênis, R$ 400 em dinheiro e todos os pertences que estavam na bolsa foram furtados.

Nenhum suspeito foi localizado. No entanto, a Cettrans divulgou imagens da câmera de segurança do local, que devem auxiliar na identificação dos responsáveis pelo roubo.

 

Cidade de Maringa - Parana

Comércio de Frangos

Empresa contrata 220 haitianos para trabalhar em Maringá

6 de junho de 2013 - Maringá                            
                          
Arquivo/ GT Foods
Para aumentar exportação de frangos, grupo busca mão de obra no exterior                   

Redação RIC Mais
              
Um dos grandes grupos que atua no comércio de frangos no sul e sudeste do Brasil vai trazer 220 haitianos para trabalhar na região de Maringá. Já é a terceira ação desse tipo realizada pela GT Foods em 2013.

O setor responsável pela contratação afirma que falta mão de obra no País e por isso é necessário buscar profissionais em outros lugares. Com os novos trabalhadores, a empresa espera aumentar a capacidade de exportação, para atender a um público cada vez maior.

Para ajudar na mudança, segundo a GT Foods, os haitianos ficam alojados e recebem alimentação gratuitamente por três meses – até adquirirem estabilidade financeira. Depois desse período eles passam a pagar as próprias despesas com o salário.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Brasileia 14-06-13

Publicado em 14 de junho de 2013

Situação de imigrantes haitianos em Brasileia continua estável, diz secretário Nilson Mourão

Brasília – O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse hoje (13) que a situação dos imigrantes haitianos alojados na cidade de Brasileia, a 237 quilômetros de Rio Branco continua estabilizada. Segundo ele, a redução do número de imigrantes ilegais na fronteira com a Bolívia se deve à Resolução Normativa 102, de 26 de abril de 2013, do Conselho Nacional de Imigração, que permite aos haitianos ingressarem legalmente no Brasil.

Publicada no Diário Oficial da União, no dia 29 de abril, a norma altera o Artigo 2° da Resolução Normativa n° 97, de 12 de janeiro de 2012, que disciplina a concessão de visto permanente aos nacionais do Haiti. Mourão ressaltou que, com a resolução, acabou a limitação dos vistos emitidos pela Polícia Federal para regularizar a situação dos ilegais. “Não existe número limitado de imigrantes por mês, como existia anteriormente, e isso pode ser feito em qualquer posto diplomático brasileiro”, disse.

Embora não exista um número exato da entrada diária de haitianos no país, Mourão disse que são em torno de 30 por dia. Para poder trabalhar, os imigrantes devem solicitar um pedido de refúgio, tirar CPF (Cadastro de Pessoa Física) e Carteira de Trabalho, assim estarão habilitados para ser contratados. De acordo com o secretário, esse processo leva dez dias no máximo.

Por EBC, Brasília

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Noticia

10 de Junho de 2013 - 16h08

De cada três haitianos, dois passam fome



Três anos após o terremoto que dizimou o país e matou centenas de milhares de pessoas e apesar da promessa feita pelos Estados Unidos para o Haiti se “reconstruir melhor”, a fome no país é pior do que nunca.



Reuters
HaitiAo menos 1,5 milhões de haitianos sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome
Apesar dos bilhões de dólares comprometidos de todo o mundo, e dos programas de reconstrução, os problemas alimentares do país evidenciam quão vulneráveis seguem sendo os 10 milhões de habitantes.

Leia também:
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Em 1997, quase 1,2 milhões de haitianos não tinham alimentos suficientes para comer. Uma década depois, o número aumentou mais que o dobro. Hoje, 6,7 milhões, ou 67% da população passa dias sem comer, não pode ter uma dieta equilibrada ou limitou o acesso aos alimentos, de acordo com pesquisas realizadas pela Coordenação Nacional de Segurança Alimentar do governo. Além disso, ao menos 1,5 milhões sofrem de desnutrição e outros problemas relacionados com a fome.

Grande parte da crise é porque chove muito pouco e depois, muito. No ano passado, uma seca destruiu cultivos chave, seguida pelas inundações causadas por rastros da tormenta tropical Isaac e o furacão Sandy.

Devido à forte dependência do país às importações, a comida é cada vez menos acessível ao mesmo tempo em que a moeda do Haiti se deprecia frente ao dólar estadunidense. O salário mínimo do Haiti é de 200 gourdes, ou R$ 9,9 por dia. No final do ano passado, o salário equivalia cerca de US$ 4,75 (R$ 10,20), em comparação aos US$ 4,54 (R$ 9,74) da atualidade, uma pequena diferença que afeta consideravelmente o orçamento haitiano.

Da Redação, com AP


domingo, 9 de junho de 2013

Noticia

08/06/2013 17h09 - Atualizado em 08/06/2013 17h09

Sírios e haitianos têm tratamento diferenciado no Brasil

 
Fonte: Agência Brasil
 
Brasília – O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, disse hoje (8) à Agência Brasil que o governo está atento, principalmente, aos casos dos sírios e dos haitianos, situações que geraram tratamento diferenciado para esses grupos. Abrão ressaltou que, em quatro meses, 200 sírios receberam o status de refugiado e que, no caso dos haitianos, o governo passou a adotar medidas simplificadas para permitir o ingresso deles no país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou ontem (7) sobre a dificuldade em dar assistência aos sírios, que buscam ajuda devido ao agravamento da crise na região, em decorrência do aumento dos confrontos entre a oposição e o governo. A crise na Síria dura 26 meses e matou mais de 90 mil pessoas, gerando também deslocamentos internos e pedidos de asilo, refúgio e abrigo no exterior por civis.

“Procuramos alinhar solidariedade com os esforços para acelerar o atendimento às solicitações dos sírios”, destacou Abrão. “Seguimos a orientação da ONU [Organização das Nações Unidas] de que há uma situação de urgência social na Síria.”

O secretário lembrou que para atender aos haitianos, o governo brasileiro adota um tratamento diferenciado na concessão de vistos, assistência à saúde e orientação profissional. As autoridades do Brasil e do Haiti se comprometeram a promover campanhas de esclarecimento aos haitianos sobre os riscos da imigração ilegal.

Nas campanhas, serão destacados os benefícios dos meios legais de imigração. Representantes da Bolívia, Colômbia, do Equador, Peru e da República Dominicana participaram, no mês passado, de uma reunião, em Brasília, para alinhavar os termos da campanha.

Para estimular o uso de rotas legais de imigração, a campanha lembrará os custos e os riscos de entrar no Brasil ilegalmente. Também será mencionado o fim do limite anual para emissão de vistos a haitianos que desejam entrar no Brasil, conforme Resolução Normativa 102/2013 do Conselho Nacional de Imigração.

No direito internacional, há diferenças entre refugiados, apátridas e deslocados. Os refugiados são aqueles que deixam seus países porque se julgam perseguidos pelas mais diversas razões. Apátridas são pessoas que não têm nacionalidade reconhecida por país algum e deslocados são os cidadãos que não têm local fixo de moradia dentro do seu país por sentirem-se ameaçados.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Noticia

Cresce número de mão de obra haitiana no Brasil
              
Em novembro de 2012, o haitiano Wisly Setembre cruzou o Brasil em um ônibus com emprego garantido no Sul do País.
Ele e mais nove compatriotas saíram da pequena cidade de Brasileia, no Acre, para trabalhar em Indianópolis, no Paraná (a 724 quilômetros de Curitiba), como apanhadores de aves na empresa GTFoods, dona da marca Frangos Canção.
Aos 25 anos, Wisly deixou no Haiti a mulher, quatro irmãos, pai e mãe para tentar a sorte no mercado de trabalho brasileiro. “Quero trazer todos para morar aqui”, conta o ex-pedreiro, satisfeito com o novo emprego e prestes a virar tradutor oficial da empresa, auxiliando a comunicação do departamento de recursos humanos na contratação dos estrangeiros, que falam francês.
Wisly divide uma casa com oito haitianos, que rateiam os gastos com aluguel, água, luz e alimentação. Todos eles, garante, sonham em buscar suas famílias e reconstruir a vida na tranquila cidade paranaense, de 4,3 mil habitantes (segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“A região vive uma escassez de mão de obra. As vagas não eram preenchidas pela população local, e vimos que a adesão dos haitianos poderia suprir esta defasagem, aliando a iniciativa a uma causa humanitária”, explica o coordenador de RH da GTFoods, Adenilson Xavier, que acompanhou a seleção dos trabalhadores, por meio de uma ONG voltada a imigrantes no Brasil.
A ideia deu tão certo que a empresa lotou mais um ônibus no Acre com 43 haitianos, em abril deste ano. Recém-contratado, o grupo também passou a colher aves para o abatimento. “Eles mostraram ter disciplina, comprometimento e dedicação”, relata Xavier.

Foi o que motivou a companhia a enviar um recrutador ao abrigo de haitianos, em Brasileia – onde ao menos 1.300 pessoas aguardavam regularizar sua situação no País em abril –, para selecionar mais 220 funcionários haitianos, em maio. Esta semana, mais 130 começaram a trabalhar no frigorífico da empresa, incluindo mulheres, em diversas funções.
“Gostaríamos de viabilizar a vinda dos familiares deles para cá, mas eles precisam adquirir um equilíbrio financeiro antes de trazê-los”, explica o coordenador de RH da GTFoods.

Fluxo crescente
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que o fenômeno da entrada em massa de haitianos no Brasil, legalmente, é recente: entre 2008 e 2010, apenas 20 vistos de trabalho foram emitidos. Já em 2011, ano seguinte ao terremoto que devastou o país caribenho, esse número subiu para 720.

No ano passado, a quantidade de permissões de trabalho saltou para 4.860, colocando o Haiti como o terceiro país com maior fluxo de estrangeiros com visto ao Brasil, atrás apenas de Estados Unidos e Filipinas. O aumento coincide com o período posterior ao desastre sísmico, que deixou ao menos 300 mil desabrigados na ilha.

Entre 2010 e o início do ano passado, pelo menos 4 mil haitianos acessaram o Brasil por países como Peru e Equador, chegando aos estados do Amazonas, Rondônia e Acre, segundo estimativas do Governo Federal.

EMISSÃO DE VISTOS
Número de permissões de trabalho concedidas a haitianos no Brasil entre 2008 e 2012
De lá para cá, a lista de empresas interessadas em contratar haitianos é crescente. Em Porto Velho, capital de Rondônia, onde a busca destas pessoas por trabalho é intensa, ao menos 20 empresas fizeram contratações entre 2012 e março de 2013. Gigantes como Odebrecht, Camargo Corrêa e Toshiba do Brasil estão na lista, segundo dados da Secretaria de Assistência Social de Rondônia.
São Paulo foi o estado que mais contratou haitianos (215) encaminhados pelo órgão, do ano passado até o momento. Em seguida, Rio Grande do Sul (156), Santa Catarina (152) e Rio de Janeiro (134) lideraram as contratações.

Em abril, uma resolução do Conselho Nacional de Imigração determinou o fim do limite de 1200 vistos humanitários anuais concedidos em Porto Príncipe, capital haitiana, ao Brasil. A nova regra pode significar um número ainda maior de estrangeiros autorizados a ingressar no País a partir do segundo semestre deste ano.

Prontos para trabalhar
Entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013, o Centro Pastoral de Mediação do Migrante – coordenado pela ONG Missão Paz São Paulo –, encaminhou 740 imigrantes, a maior parte do Haiti, para o mercado de trabalho local. No período, 458 empresas ofertaram vagas aos estrangeiros.

A dificuldade em falar português não é barreira no momento da entrevista de emprego. Os candidatos se viram como podem para demonstrar interesse e capacidade para ocupar as vagas, segundo a  assistente social Ana Paula Caffeu, que coordena os trabalhos do núcleo.

A ONG recebeu, entre janeiro e abril deste ano, 336 telefonemas com ofertas de trabalho para imigrantes em São Paulo, em empresas como restaurantes, construtoras, hospitais e até haras.
“Há pessoas com um grau de qualificação alto, mas nem por isso deixam de se submeter a tarefas de chão de fábrica e de ajudantes de serviços gerais de todo nível. Se elas têm um salário de pelo menos R$ 1 mil líquido, moradia e alimentação, fazem como se fosse o melhor emprego do planeta”, relata Ana Paula.

O haitiano Robson Jean Baptiste, de 27 anos, era um dos candidatos de um processo seletivo para vagas em uma empresa de distribuição de gás, no fim de maio, intermediado pela Missão. Ele deixou para trás o sonho de cursar uma faculdade no Haiti para apostar no Brasil. “Aqui tem mais oportunidades. No Haiti estava difícil”, relata o imigrante, que chegou ao País em abril de 2012 e espera conseguir, brevemente, uma vaga com carteira assinada.
* Do iG, colaborou Vitor Sorano.