Haitianos no Brasil. O SERVIÇO VOLUNTÁRIO PRÓ HAITI foi um projeto desenvolvido pelos jesuítas do Brasil na cidade de Manaus em 2011, 2012, 2013. Atualmente, permanece o blog para consultas, informações e contatos. O Haiti foi devastado em 2010 por um terremoto que vitimou muitas pessoas. "Não há maior dor no mundo que a perda de sua terra Natal" (Eurípedes, 431 a.C.) É muito importante promover e proporcionar trabalho aos haitianos. A SUA ATITUDE FAZ A DIFERENÇA!
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE ESTRANGEIROS
DESPACHO DO DIRETOR ADJUNTO
Tendo em vista a autorização de concessão de permanência
no País, outorgada pelo Conselho Nacional de Imigração, com base
na Resolução Recomendada nº 08, de 19 de dezembro de 2006, c/c a
Resolução Normativa nº 27, de 25 de janeiro de 1998, ambas daquele
Colegiado, publicada no Diário Oficial da União 25 de setembro de
2013, Seção 1, pág. 143 a 145, concedo a residência permanente aos
nacionais haitiano, abaixo relacionados, no Território Nacional:
Processo Nº 08241.001650/2013-74 - ADELINE JEAN
CHARLES
Processo Nº 08221.003837/2012-60 - ADLERT THESSIER
Processo Nº 08241.001612/2013-11 - ALCIDE CINE
Processo Nº 08241.000920/2013-20 - ALEXANDRE DUCLONA
Processo Nº 08221.003829/2012-13 - ALVARESTE JUNIOR
JEAN
Processo Nº 08241.000799/2013-36 - AMOS BELLEUS
Processo Nº 08241.001060/2013-41 - ANDRE ALCY
Processo Nº 08241.000855/2013-32 - ANDRE DORCIUS
Processo Nº 08241.001127/2013-48 - ANDRESON JULIEN
Processo Nº 08241.001116/2013-68 - ANEL VERDIEU
Processo Nº 08241.001646/2013-14 - ANGELO JEANLOUIS
Processo Nº 08241.001662/2013-07 - ANGELOT ELIAS
Processo Nº 08241.001248/2013-90 - ANNAZIE ATIFORT
Processo Nº 08241.001074/2013-65 - ANNETTE PIERRE
LOUIS
Processo Nº 08241.001614/2013-19 - AUTANIE JASMIN
Processo Nº 08241.000852/2013-07 - BE-O-IN HENRY
Processo Nº 08221.003851/2012-63 - BEDLINE ARNE/DANIEL
Processo Nº 08241.001221/2013-05 - BERGITE DACEUS
Processo Nº 08241.001242/2013-12 - BETHANIE PIERE
Processo Nº 08221.003860/2012-54 - BETINA GERMAIN
Processo Nº 08241.001571/2013-63 - BONNELA PRESSOIR
Processo Nº 08241.001132/2013-51 - BONUS JEAN
Processo Nº 08241.001099/2013-69 - BENDJY DORMEVIL
Processo Nº 08241.001617/2013-44 - BRUNEL TILUS
Processo Nº 08221.003859/2012-20 - CARLOS JEAN
Processo Nº 08241.000815/2013-91 - CARMENE DARELUS
Processo Nº 08241.001111/2013-35 - CASIMIR ADRIEN
Processo Nº 08241.001073/2013-11 - CHARITABLE JEANTY
Processo Nº 08241.001567/2013-03 - CHILET BELICE
Processo Nº 08241.000802/2013-11 - CHISTINE JASMIN
Processo Nº 08241.000923/2013-63 - CLAIRVENUE GUIRAND
Processo Nº 08241.001518/2013-62 - CROISSON BOUZY
Processo Nº 08241.001088/2013-89 - DANIEL ZIDOR
Processo Nº 08241.001138/2013-28 - DAPHKAR DUMAY
Processo Nº 08241.001573/2013-52 - DAVID GERMINAL
Processo Nº 08241.000851/2013-54 - DELSON PIERRE
Processo Nº 08241.001136/2013-39 - DENET LAMANE
Processo Nº 08221.003836/2012-15 - DENIS DESINOR
Processo Nº 08241.001098/2013-14 - DIEULY HERARD
Processo Nº 08221.003997/2012-17 - DIEUMER LAURENT
Processo Nº 08241.001122/2013-15 - DIEUSINOR BELGARDE
Processo Nº 08241.001515/2013-29 - DIMY GEORGES
Processo Nº 08241.001103/2013-99 - DOUDOU LOIS
JEAN
Processo Nº 08221.003828/2012-79 - EDDY FORTUNE
Processo Nº 08241.001512/2013-95 - ELIPHETE SAINVIL
Processo Nº 08241.001135/2013-94 - ELOURDIA FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001110/2013-91 - EMMANUEL ST RILUS
Processo Nº 08241.000961/2013-16 - ENA MEZILAS
Processo Nº 08241.001608/2013-53 - ERCILIA AUGUSTIN
Processo Nº 08241.001550/2013-48 - ERNST CADET
Processo Nº 08221.003856/2012-96 - ERNST BEAUZIL
Processo Nº 08241.000844/2013-52 - ERNSO ELYSSE
Processo Nº 08241.000927/2013-41 - ESNEL BAGUIDY
Processo Nº 08241.001244/2013-10 - EUNIVE JUNIUS
Processo Nº 08241.001066/2013-19 - EVENS HERISTAL
Processo Nº 08241.001226/2013-20 - FANISE JOSEPH
Processo Nº 08241.000860/2013-45 - FEDELINE GRANDPIERRE
Processo Nº 08241.000928/2013-96 - FLORANCE BEAUDOUIN
Processo Nº 08241.001240/2013-23 - FRANCE RUCHCARDE
JOSEPH
Processo Nº 08241.000917/2013-14 - FRANCEAU JEUNE
Processo Nº 08241.001659/2013-85 - FRANCIS MEROLIN
Processo Nº 08221.003850/2012-19 - FRANTSO MONDESIR
Processo Nº 08241.001565/2013-14 - FRITZ GUSTAVO
Processo Nº 08241.000895/2013-84 - FRITZ MESILAS
Processo Nº 08241.001076/2013-54 - FRITZNER PROCHETTE
Processo Nº 08241.001653/2013-16 - GARY RIGUERRE
Processo Nº 08241.001153/2013-76 - GEFFRARD DEILETTE
Processo Nº 08241.000647/2013-33 - GERMANIE CHARLES
Processo Nº 08241.000661/2013-37 - GILNA JEAN
LOUIS
Processo Nº 08241.000650/2013-57 - GILNER LELIEVRE
Processo Nº 08241.001085/2013-45 - GIVENOUCHEMIRE
DESULME
Processo Nº 08241.001101/2013-08 - GUERLINE DARIUS
LOSAMA
Processo Nº 08241.001144/2013-85 - HEBERT SAINTCLAIR
Processo Nº 08221.003858/2012-85 - HERMAN AUGUSTE
Processo Nº 08221.003861/2012-07 - HEROLD EMMANUEL
Processo Nº 08241.000809/2013-33 - HEROLD BUISSERETH
Processo Nº 08241.000806/2013-08 - IDECIA EDOUARD,
MARIE CRISTINE SELESTIN e ROUDELINE SELESTIN
Processo Nº 08241.001057/2013-28 - JACKSON STFLEUR
Processo Nº 08221.003866/2012-21 - JACOB DELVARD
Processo Nº 08241.001623/2013-00 - JACQUELIN DELOUIS
Processo Nº 08241.000805/2013-55 - JAUDE JOSEPH ROOLS
FERDINAND
Processo Nº 08241.001259/2013-70 - JAUNA SAINTUS
Processo Nº 08241.001630/2013-01 - JEAN ANDRE AUGUSTE
Processo Nº 08241.001656/2013-41 - JEAN DAVID DOR
Processo Nº 08241.000819/2013-79 - JEAN ANINE CINEUS
Processo Nº 08241.001554/2013-26 - JEAN DIDLY AMBOISE
Processo Nº 08241.001510/2013-04 - JEAN FRITZNER
SAINT GERMAIN
Processo Nº 08241.001091/2013-01 - JEAN JACQUY SEME
Processo Nº 08241.001133/2013-03 - JEAN JUNIOR PIERRE
Processo Nº 08241.001557/2013-60 - JEAN KERBY ODELON
Processo Nº 08241.001620/2013-68 - JEAN LESLY LEXI
Processo Nº 08241.000859/2013-11 - JEAN MARIO NERISMA
Processo Nº 08241.001113/2013-24 - JEAN MAXINE SENAT
Processo Nº 08241.001553/2013-81 - JEAN NOE SENAT
Processo Nº 08241.001121/2013-71 - JEAN OLGA JEAN
Processo Nº 08241.001661/2013-54 - JEAN PAUL CHARLES
Processo Nº 08241.000672/2013-17 - JEAN RENE ANSELME
Processo Nº 08241.001558/2013-12 - JEAN ROMAIN VERTUS
Processo Nº 08241.001262/2013-93 - JEAN SIMILOR JEROME
Processo Nº 08221.003867/2012-76 - JEAN WESNER JOSEPH
Processo Nº 08241.001260/2013-02 - JEAN WILBERT
JEAN
Processo Nº 08241.000723/2013-19 - JEAN WILLY ALASY
Processo Nº 08241.001507/2013-82 - JEAN YVES CAMILLE
Processo Nº 08241.000863/2013-89 - JEAN-FENIC FLEURIVAL
Processo Nº 08241.000812/2013-57 - JEAN RONY GUERSAINT
Processo Nº 08241.001106/2013-22 - JEAN-SAMUEL DESULME
Processo Nº 08241.000845/2013-05 - JHEMS DUPHAGES
Processo Nº 08241.001508/2013-27 - JHEN-SLY
EDOUARD
Processo Nº 08241.000669/2013-01 - JHONY TROPNAS
Processo Nº 08241.001615/2013-55 - JIMMY DORISCARD
Processo Nº 08221.003834/2012-26 - JOANEL ORNE
Processo Nº 08241.001635/2013-26 - JOASSAINT BAPTISTE
Processo Nº 08241.000658/2013-13 - JOB JULIEN
Processo Nº 08241.001584/2013-32 - JOHNY ALCINDOR
Processo Nº 08221.003857/2012-31 - JONISE GERMAIN
Processo Nº 08241.001239/2013-07 - JOSDANY LEUSNE
Processo Nº 08241.001258/2013-25 - JOSE ALEXIS
Processo Nº 08241.001552/2013-37 - JOSE JOSEPH
Processo Nº 08241.001079/2013-98 - JOSELAINE JOACHIM
Processo Nº 08241.000828/2013-60 - JOSETTE PREVOT
Processo Nº 08241.001119/2013-00 - JOSSE FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001075/2013-18 - JUNETTE PIERRE
Processo Nº 08221.003995/2012-10 - JUNIOR METAYE
Processo Nº 08241.001155/2013-65 - KESNEL RINCHERE
Processo Nº 08241.000550/2013-21 - KESNY JEAN-BAPTISTE
Processo Nº 08241.001102/2013-44 - LAURENTE BOUZI
Processo Nº 08241.001561/2013-28 - LEON DESAILLE
Processo Nº 08241.001083/2013-56 - LOURDENIE DORIUS
Processo Nº 08241.001660/2013-18 - LOVE LOUIS
Processo Nº 08241.000825/2013-26 - LUCIANA CALIXTEMEDOR
Processo Nº 08241.001059/2013-17 - LUDES BEZIEL
Processo Nº 08241.001126/2013-01 - LUTHER LORIME
Processo Nº 08241.001243/2013-67 - MAKENSON JEANTY
Processo Nº 08241.001655/2013-05 - MANNOEL LAGUERRE
Processo Nº 08241.000840/2013-74 - MARC DANIEL BRICE
Processo Nº 08221.003848/2012-40 - MARC DONAL CORRIDON
Processo Nº 08241.000856/2013-87 - MARC ENEL FRANCEUS
Processo Nº 08241.000662/2013-81 - MARIE BERTHILDE
DESTIN
Processo Nº 08241.001105/2013-88 - MARIE JEANNE
D'ARC CHARLES
Processo Nº 08241.001570/2013-19 - MARIE MERTHA PERILANT
Processo Nº 08241.000914/2013-72 - MARIE MICHELE
CALIXTE
Processo Nº 08241.001542/2013-00 - MARIE NANCY OSSE
Processo Nº 08241.001058/2013-72 - MARIO EDMOND
Processo Nº 08241.001578/2013-85 - MARRIANE CHARLES
Processo Nº 08241.000842/2013-63 - MATHIAS FANFAN
Processo Nº 08241.001556/2013-15 - MAXO ALCINDOR
Processo Nº 08221.003852/2212-16 - MECENE ARISTIDE
Processo Nº 08221.003996/2012-64 - MELAINE DARIUS
Processo Nº 08241.001637/2013-15 - MELIENNE HELAS
Processo Nº 08221.003835/2012-71 - MERISMA FLERISME
Processo Nº 08241.000921/2013-74 - MERLIN LAMARRE
Processo Nº 08241.000850/2013-18 - MERVVIL JEAN
Processo Nº 08241.001613/2013-66 - MESANIE DROUILLARD
Processo Nº 08241.001562/2013-72 - MESILIA NICOLAS
Processo Nº 08241.000925/2013-52 - MICHEL-ANGE
CHENET
Processo Nº 08241.001100/2013-55 - MICHELET CHARLES
Processo Nº 08241.001117/2013-11 - MICHELINE DEJOUR
Processo Nº 08241.000848/2013-31 - MICIA NORASSAINT
Processo Nº 08241.000849/2013-85 - MIKA VITAL
Processo Nº 08241.000924/2013-16 - MILO GASPARD
Processo Nº 08241.000926/2013-05 - MIREGNE MERIZIER
Processo Nº 08241.000853/2013-43 - MOISE PIERRE
Processo Nº 08241.000918/2013-51 - MONCIUS ANDRE
Processo Nº 08241.001648/2013-03 - MONIQUE SAJOUS
Processo Nº 08241.001077/2013-07 - MOTELERE ANTOINE
Processo Nº 08241.001626/2013-35 - MURAT SAGESSE
Processo Nº 08241.000668/2013-60 - MYSTAL RIGUEUR
Processo Nº 08241.001506/2013-38 - NATACHA RENATY
Processo Nº 08241.001632/2013-92 - NATACHA VALESCO
Processo Nº 08241.001130/2013-61 - NELSON BLANC
Processo Nº 08241.000644/2013-08 - OBERT-SON'N LEXIN
Processo Nº 08241.001086/2013-90 - ONETTE DATIS
Processo Nº 08241.001658/2013-31 - ORIANEL FLORIANT
Processo Nº 08241.001078/2013-43 - OSCA SAINTUMAS
Processo Nº 08241.001652/2013-63 - OSNEL PETIT DAY
Processo Nº 08241.000668/2013-59 - OSNER LABADY
Processo Nº 08221.003849/2012-94 - OXON CORRIELAND
Processo Nº 08241.000857/2013-21 - PAULEMA EXANTUS
Processo Nº 08221.003992/2012-86 - PHILISTIN AMBROISE
Processo Nº 08241.000846/2013-41 - PIERJO LOUIS
Processo Nº 08241.001104/2013-33 - RAYNOLD ANDRE
Processo Nº 08241.001616/2013-08 - REYNALD INNOCENT
Processo Nº 08241.001657/2013-96 - RICARDY PIERRE
Processo Nº 08241.001081/2013-67 - RICOT DELFORT
Processo Nº 08241.001640/2013-39 - RIDNAUD JEANLOUIS
Processo Nº 08241.000659/2013-68 - RODNEY ISMA
Processo Nº 08221.003854/2012-05 - ROLDY DESSEINT
Processo Nº 08241.000841/2013-19 - ROLIN LAINE
Processo Nº 08241.001129/2013-37 - RONALDO FLEURY
Processo Nº 08221.003847/2012-03 - RONY PIERRE
Processo Nº 08241.001664/2013-98 - ROSELINE CORASME
BLANC
Processo Nº 08241.001114/2013-79 - ROSEMONDE JUIN
Processo Nº 08241.001563/2013-17 - SAINJUSTE SALIBA
Processo Nº 08241.001643/2013-72 - SCHILLER MALBRANCHE
Processo Nº 08221.003865/2012-87 - SELEMME CESAR
Processo Nº 08221.003862/2012-43 - SINGELUC SIMEON
Processo Nº 08221.003853/2012-52 - SMITHS SAINT
PAUL
Processo Nº 08221.003869/2012-65 - OCCEUS SOLIUS
Processo Nº 08241.001108/2013-11 - SONEL BAUGE
Processo Nº 08221.003864/2012-32 - SONIA FILISTIN
Processo Nº 08241.001234/2013-76 - STEVENSON PIERRE
LOUIS
Processo Nº 08241.001629/2013-79 - SYLVESSE TIPHAT
Processo Nº 08241.001080/2013-12 - SYLVIO JOSEPH
Processo Nº 08221.003863/2012-98 - TILENUS CIMEON
Processo Nº 08241.001618/2013-99 - VITALIA VITAL
Processo Nº 08241.001581/2013-07 - VOLNY STYL
Processo Nº 08221.003994/2012-75 - VOLNY FRAGELUS
Processo Nº 08241.001609/2013-06 - WADSON JEAN JACQUES
e JHON JEAN JACQUES
Processo Nº 08221.003993/2012-21 - WALNER AUGUSTIN
Processo Nº 08241.001064/2013-20 - WILFRID SAINT AIME
Processo Nº 08491.002879/2012-01 - WILHEM SMITH
Processo Nº 08221.003868/2012-11 - WILL SOUVERIN
Processo Nº 08241.001084/2013-09 - WILSON GAY
Processo Nº 08241.001124/2013-12 - WILTON DANTESSE
Processo Nº 08241.001555/2013-71 - YONEL DAVID
Processo Nº 08221.003855/2012-41 - YRAN DIEUCEL
Processo Nº 08241.000665/2013-15 - YVENSLY SIMILIEN
Processo Nº 08241.000690/2013-07 - WILLIAM GUILLAUMETTE
Processo Nº 08241.000701/2013-41 - SUZE GUILLAUMETTE
domingo, 19 de janeiro de 2014
Noticia = Acre/Brasileia, Dia 17-01-2014
Aumento da pressão de imigrantes haitianos no Acre leva governador a pedir ajuda a Brasília
Da Redação, com Agência Brasil
17/01/2014 21:00
Uma
reunião marcada para a próxima terça-feira entre representantes dos
ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a
situação de milhares de haitianos abrigados no município de Brasiléia,
no Acre.
O governo do estado espera que o pedido de fechamento provisório da fronteira seja considerado como uma das estratégias do governo federal para contornar a situação considerada alarmante pelas autoridades locais.
A reunião foi marcada depois que o governador do Acre, Tião Viana relatou como está a atual situação em Brasiléia no encontro que ocorreu ontem (16), em Brasília com o ministro José Eduardo Cardozo. Mais de 1,2 mil pessoas estão no abrigo em Brasileia, a mais de 200 quilômetros da capital Rio Branco montado para receber até 450 pessoas.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão o grupo está vulnerável a diversos riscos de saúde e segurança. Mourão está desde ontem (16) no município, acompanhado por equipes da Defesa Civil estadual e adiantou hoje (17) à Agência Brasil que algumas providências já começam a ser adotadas.
"Vamos começar hoje a limpeza do abrigo pelos agentes da Defesa Civil. Queremos garantir a segurança no local para evitar incêndios e problemas provocados pelas chuvas que já começaram", explicou. Segundo ele, equipes da secretaria estadual de Saúde também devem chegar a Brasiléia para orientar os abrigados sobre o risco de doenças contagiosas e as formas de prevenção. A medida foi sugerida por Mourão que alertou sobre a aglomeração de pessoas acima da capacidade do abrigo. "Estas medidas, ainda assim, são insuficientes. O fluxo de pessoas continua aumentando. Ontem chegaram mais 50 pessoas e as empresas pararam de contratar", disse o secretário.
O acordo feito com empresários de diversos setores como o de construção civil e metalurgia para garantir emprego para muitos haitianos em outros pontos do país não têm sido suficiente para fazer frente ao fluxo migratório crescente. A situação se agravou quando, no início de dezembro as contratações foram reduzidas em função do período de menor atividade. A expectativa é que a partir de fevereiro as empresas retomem o recrutamento.
"Ontem já tivemos um sinal melhor já que uma empresa veio e recrutou 130 pessoas e soubemos que outra empresa deve vir hoje para contratar mais alguns", afirmou Mourão.
Ainda que o recrutamento volte ao ritmo normal, autoridades acreanas temem pela situação de mulheres e crianças que não estão no alvo destas contratações. Outra preocupação é com o aumento de pessoas entrando irregularmente pela fronteira. Segundo Mourão, os empregos oferecidos não são suficientes para atender o acúmulo registrado nas últimas semanas.
"Além disto, Brasiléia não tem condições de sediar outro abrigo. Se o governo federal indicar a construção de um outro local, não há condições na cidade. Estamos estudando, inclusive, a possibilidade de deslocar algumas pessoas para a capital Rio Branco, mas esta é uma operação complicada", disse.
Noticia - Acre - Brasileia = Dia 16-01-2014
Acre pede ajuda para haitianos abrigados em Brasileia
16/01/2014 - 15h14
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Acre deve anunciar, nos próximos dias, medidas emergenciais para atender 160 mulheres e dez crianças haitianas abrigadas em Brasileia, a 200 quilômetros da capital, Rio Branco. O abrigo acolhe 1,2 mil pessoas que entraram no Brasil de forma irregular, pela fronteira com a Bolívia e com o Peru.
Criado pela União e mantido em parceria com o governo estadual, o abrigo deveria receber 450 pessoas, mas atingiu, este ano, quase o triplo da capacidade. A ideia, segundo o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, é encontrar uma forma de oferecer melhores condições a mulheres e crianças.
“Para o resto [dos haitianos] não tem jeito, não tem saída”, antecipou Mourão que esteve hoje (16) no município. Ele disse que concluirá um relatório com detalhes sobre a situação, para que o governador Tião Viana tente encontrar ajuda no governo federal.
“A qualquer momento podemos viver uma tragédia por doença ou fogo. Temos problemas de água, logística e alimentação. São 3,6 mil refeições por dia”, descreveu. A proposta do secretário é suspender a entrada dos imigrantes “até que os abrigados sigam viagem, porque elas não vêm para ficar no Acre. Querem seguir para São Paulo ou para o Sul do país”, disse. Outra possibilidade é a abertura de um segundo abrigo.
Pelas contas do governo acriano, mais de 15 mil pessoas passaram pela fronteira desde dezembro de 2010. O número é maior do que o de habitantes da área urbana da cidade de Brasileia, que é 10 mil pessoas. O movimento na fronteira do Brasil com o Peru quase triplicou em uma semana, com a entrada de mais de 70 haitianos por dia.
O representante da secretaria que trabalha em Brasileia, Damião Borges, lembrou que as empresas que contratam os migrantes atuam em setores como o da construção civil e metalurgia e, por isto, procuram, basicamente, mão-de-obra masculina.
“Em cada dez pessoas, quatro mulheres chegam, muitas idosas, doentes e crianças. Além disto, das 10 mil pessoas contratadas por empresas, 5 mil largam o emprego nos primeiros três meses”, explicou.
Damião Borges disse que enfrenta um outro problema: a insatisfação dos moradores com as dificuldades de acesso aos serviços básicos, como o sistema de saúde, porque os haitianos também devem ser atendidos. “A população não tem aguentado mais e a gente [governo do estado] sente a pressão”, disse.
Foto do alto da página: Luciano Pontes/ Secom Acre
Edição: Beto Coura
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Acre deve anunciar, nos próximos dias, medidas emergenciais para atender 160 mulheres e dez crianças haitianas abrigadas em Brasileia, a 200 quilômetros da capital, Rio Branco. O abrigo acolhe 1,2 mil pessoas que entraram no Brasil de forma irregular, pela fronteira com a Bolívia e com o Peru.
Criado pela União e mantido em parceria com o governo estadual, o abrigo deveria receber 450 pessoas, mas atingiu, este ano, quase o triplo da capacidade. A ideia, segundo o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, é encontrar uma forma de oferecer melhores condições a mulheres e crianças.
“Para o resto [dos haitianos] não tem jeito, não tem saída”, antecipou Mourão que esteve hoje (16) no município. Ele disse que concluirá um relatório com detalhes sobre a situação, para que o governador Tião Viana tente encontrar ajuda no governo federal.
“A qualquer momento podemos viver uma tragédia por doença ou fogo. Temos problemas de água, logística e alimentação. São 3,6 mil refeições por dia”, descreveu. A proposta do secretário é suspender a entrada dos imigrantes “até que os abrigados sigam viagem, porque elas não vêm para ficar no Acre. Querem seguir para São Paulo ou para o Sul do país”, disse. Outra possibilidade é a abertura de um segundo abrigo.
Pelas contas do governo acriano, mais de 15 mil pessoas passaram pela fronteira desde dezembro de 2010. O número é maior do que o de habitantes da área urbana da cidade de Brasileia, que é 10 mil pessoas. O movimento na fronteira do Brasil com o Peru quase triplicou em uma semana, com a entrada de mais de 70 haitianos por dia.
O representante da secretaria que trabalha em Brasileia, Damião Borges, lembrou que as empresas que contratam os migrantes atuam em setores como o da construção civil e metalurgia e, por isto, procuram, basicamente, mão-de-obra masculina.
“Em cada dez pessoas, quatro mulheres chegam, muitas idosas, doentes e crianças. Além disto, das 10 mil pessoas contratadas por empresas, 5 mil largam o emprego nos primeiros três meses”, explicou.
Damião Borges disse que enfrenta um outro problema: a insatisfação dos moradores com as dificuldades de acesso aos serviços básicos, como o sistema de saúde, porque os haitianos também devem ser atendidos. “A população não tem aguentado mais e a gente [governo do estado] sente a pressão”, disse.
Foto do alto da página: Luciano Pontes/ Secom Acre
Edição: Beto Coura
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Noticia - Acre - Brasileia = 15-01-2014
15/01/2014 15h07
- Atualizado em
15/01/2014 16h45
Entrada diária de haitianos triplica e quadro preocupa, diz governo do Acre
Abrigo em Brasiléia com capacidade para 300 tem 1.200 , diz secretário.
Ele sugere fechamento temporário de fronteira para controlar 'caravanas'.
Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo
Haitianos na cidade de Brasiléia em imagem
do ano passado (Foto: Reprodução/TV Acre)
O número de haitianos que estão
entrando pela fronteira do Brasil com o Peru quase triplicou em uma
semana, segundo o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão.
Desde a quinta-feira (9), entre 70 e 80 haitianos chegam a Brasiléia diariamente, diz ele. Antes, o número variava entre 20 e 30 por dia.do ano passado (Foto: Reprodução/TV Acre)
“A quantidade de caravanas de imigrantes haitianos que está entrando pela fronteira nesta semana é muito grande e isso está nos preocupando muito. Temo que uma grande tragédia aconteça. Nosso abrigo, que tem capacidade para 300 haitianos, está hoje com 1.200”, diz Mourão ao G1.
saiba mais
Ele pediu ao governador que comunicasse o fato ao ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, pedindo o fechamento temporário da fronteira. A
assessoria de imprensa do governador informou que ele falará com o
ministro nesta tarde.Em 2013, o número de haitianos que entra ilegalmente pela fronteira de Brasiléia triplicou, segundo levantamento do G1 baseado em números da Polícia Federal. De janeiro até setembro do ano passado, foram 6 mil, diz o delegado da PF Carlos Frederico Portella Santos Ribeiro. Em 2012, foram 2.318 haitianos que entraram ilegalmente.
“Todo início de ano cresce a chegada de imigrantes ilegais, mas este ano foi bem maior. Segundo relato de haitianos, coiotes espalharam pelo Haiti e pela República Dominicana que o Brasil iria fechar as fronteiras agora no início do ano, o que provocou um êxodo maior, acelerando muito desde quinta”, explica Mourão.
“O que nos preocupa é que antes, os que chegavam saíam rápido para o restante do país, em busca de trabalho. Mas agora, como é início de ano, as empresas não estão indo lá contratar, e ficamos com um grande fluxo retido”, acrescenta.
Fechamento de fronteira
Segundo o secretário, o governo nunca havia colocado em discussão o fechamento da fronteira, isso teria sido uma invenção dos coiotes.
"Mas o que está acontecendo nos preocupa, há um grande problema em Brasiléia e eu recomendei agora ao governador que peça ao ministro o fechamento temporário da fronteira, para reter os haitianos do lado de lá, no Peru, até conseguirmos dar vazão a este fluxo”, diz.
Mourão teme que a grande quantidade de imigrantes provoque uma tragédia no abrigo, que está com a capacidade esgotada em Brasiléia. “Estamos prevendo a iminência de uma tragédia, incêndio, brigas, ou mortes. Fica difícil controlar tanta gente."
A imigração haitiana ao Brasil começou em janeiro de 2010, após um terremoto no país caribenho provocar a morte de mais de 300 mil pessoas e deixar cerca de 300 mil deslocados internos. Segundo o governo do Acre, desde dezembro de 2010, cerca de 15 mil haitianos entraram pela fronteira do Peru com o Estado.
O Ministério da Justiça diz que acompanha a situação dos haitianos em Brasiléia e que está colaborando com o governo do Acre para tentar minimizar os problemas. Sobre o aumento repentino da imigração ilegal pela fronteira, o ministério diz que ainda não foi comunicado e irá avaliar.
O G1 tentou contato com os delegados da PF responsáveis pela região para verificar a situação, mas não obteve retorno.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Noticia 17-01-2014 - Municipio de Sao Miguel do Oeste, localizado no Extremo Oeste de Santa Catarina. Parabens empressarios por confiar na capacidades dos imigrantes do Haiti no Brasil que buscam melhores condicoes de vida e oportunidade de trabalho. Voces abrem as portas de acesso ao trabalho e podem enviar algum valor aos seus familiares que estao no Haiti.
Notícias (site da Rede Perepi de comunicacao com sede em Sao Miguel do Oeste - SC = www.peperi.com.br)
Local - São Miguel do Oeste/SC
Sexta-Feira, 17 de Janeiro de 2014 - 10h15
Dez haitianos devem chegar em 15 dias para trabalhar no município
Os
trabalhadores do Haiti chegam para ocupar vagas com falta de mão de
obra, principalmente nas fábricas de São Miguel do Oeste. A iniciativa é
aprovada pelo empresariado desde o ano passado e acompanhada pela
Acismo. De acordo com o presidente da entidade, Vilmar De Souza, uma
empresa está fazendo a assessoria para transportar essas pessoas do
norte do país até o município. Ele diz que em cerca de 15 dias
aproximadamente dez haitianos devem chegar em São Miguel do Oeste. O
presidente da Acismo diz que cada empresa contratante vai fornecer
moradia e alimentação. Segundo ele, as empresas se comprometeram a
bancar esses custos nos primeiros 60 dias.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Noticia 09-12-2013
Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2013 - 08h31
Região Oeste abriga mais de 600 haitianos
Eles vêm para a região em busca de uma vida melhor.
Ao andar pelas ruas de Chapecó é possível perceber as
diferenças culturais que aos poucos ganham forma. Um exemplo são os vários
haitianos que começaram a vir para a cidade, a maioria deles trabalha em
construções, indústrias e mercados. São pessoas que deixaram a família, País e
cultura em busca de uma vida melhor para si e para quem ainda mora no Haiti.
Para o haitiano e repositor de frutas, Dumond Dieufort, o principal problema do País é a má administração pública. “Há anos o Haiti sofre com a falta de compromisso dos políticos e isso prejudica a população, que não tem como sobreviver”, relata. Dieufort explica que as pessoas que tem família ou amigos que já trabalham em alguma empresa, conseguem emprego, mas, aqueles que não têm indicação, geralmente ficam sem onde trabalhar.
Educação
De acordo com Dieufort, a educação haitiana é muito boa se comparada com o Brasil. “A maioria das escolas de lá é particular e são muito melhores, mas as públicas também são muito boas”, conta. Ele aprendeu a falar espanhol na escola e chegou a iniciar uma graduação, mas, após a morte da mãe, não conseguiu concluir os estudos.
Os filhos do haitiano podem estudar em uma escola particular com o dinheiro que o pai manda. “Consigo mandar dinheiro para a minha família, mas sinto muito a falta deles, tenho planos de trazer minha esposa e meus filhos pra cá ainda este ano”, comenta.
Dieufort veio para o Brasil a cerca de sete meses, já fez amigos brasileiros, mas pensa em voltar para o País onde nasceu. “Minha vida lá era boa, pois tinha meus amigos e minha família por perto, vim para cá em busca de uma vida melhor em um País mais avançado que o meu, aos poucos eu consigo, mas um dia quero voltar para o Haiti”, conta.
Emprego
Derilet Verneus, 55 anos, tem quatro filhos e está em Chapecó a cerca de oito meses. Veio para o Brasil, pois recebeu a informação de que havia oferta de emprego e como não conseguia trabalhar no Haiti, optou pela mudança. Ele trabalha como empacotador de mercadorias e gosta do emprego, pois consegue mandar dinheiro para a família.
Nos três primeiros meses, Verneus ficou em um albergue, mas hoje mora com mais quatro haitianos. A língua e a saudade dos amigos e da família são as principais dificuldades, mas, assim que conseguir juntar dinheiro, ele pretende voltar ao País natal. “Gosto do Brasil e do meu trabalho, mas quero um dia poder voltar para o Haiti”, conta.
Antes de vir para Chapecó, o haitiano Dumond Dieufort trabalhava como pedreiro. “Era bom trabalhar nas construções, mas era perigoso, pois tínhamos que subir vários andares e aqui, ganho um salário melhor” relata. O haitiano soube dos empregos disponíveis no Oeste de Santa Catarina, através de amigos que já moravam na região.
Processo
De acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maravilha (CDL), a empresa Safegold é uma das corporações que auxilia na vinda dos haitianos para o Brasil. Entretanto, para que os estrangeiros entrem no País, existe uma legislação a seguir.
De acordo com o agente da Polícia Federal, hoje são cerca de 660 haitianos na região Oeste. Eles chegam no Brasil de forma ilegal, normalmente em um ponto de fronteira no Estado do Acre, solicitam refúgio, e são encaminhados para a delegacia e já saem com autorização para fazer a carteira de trabalho e com um protocolo que reconhece a legalidade. “Este documento vale até ser deferido ou indeferido o pedido de refúgio deles”, explica o Edson. Se eles vierem com a família, o pedido de um vale para todos.
Com este protocolo em mãos, os imigrantes emitem o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho, ficando aptos a ingressarem e trabalharem em qualquer lugar do Brasil. Ainda, é realizada a investigação criminal dos imigrantes antes da emissão do protocolo. Este documento tem validade inicial de 180 dias e deve ser renovado na Polícia Federal, junto com a carteira de trabalho. “O pedido leva cerca de oito a 10 meses para ser aceito ou não, e caso o pedido seja indeferido, os haitianos tem um prazo para defesa. Se for negado novamente, eles tem que deixar o País”, ressalta o agente.
A documentação tem validade de seis meses, após este período a empresa empregadora deve encaminhar os haitianos para o órgão responsável para regularizar a situação. Na verdade, o processo consiste em informar ao Ministério do Trabalho que os haitianos ainda estão trabalhando na empresa e as condições de trabalho.
Segundo a gerente do departamento de Recursos Humanos do supermercado que contratou os haitianos, eles recebem o mesmo salário, benefícios e direitos dos colaboradores brasileiros. “Eles são tratados como iguais e ainda buscamos ajudar com cestas básicas e moradia”, explica.
Acordo
Edson explica que no caso dos haitianos, há uma espécie de acordo entre o Brasil e o Haiti para facilitar o visto deles aqui. O acompanhamento do processo deve ser feito por cada um através do site do Ministério da Justiça.
Fonte: RedeComSC
Para o haitiano e repositor de frutas, Dumond Dieufort, o principal problema do País é a má administração pública. “Há anos o Haiti sofre com a falta de compromisso dos políticos e isso prejudica a população, que não tem como sobreviver”, relata. Dieufort explica que as pessoas que tem família ou amigos que já trabalham em alguma empresa, conseguem emprego, mas, aqueles que não têm indicação, geralmente ficam sem onde trabalhar.
Educação
De acordo com Dieufort, a educação haitiana é muito boa se comparada com o Brasil. “A maioria das escolas de lá é particular e são muito melhores, mas as públicas também são muito boas”, conta. Ele aprendeu a falar espanhol na escola e chegou a iniciar uma graduação, mas, após a morte da mãe, não conseguiu concluir os estudos.
Os filhos do haitiano podem estudar em uma escola particular com o dinheiro que o pai manda. “Consigo mandar dinheiro para a minha família, mas sinto muito a falta deles, tenho planos de trazer minha esposa e meus filhos pra cá ainda este ano”, comenta.
Dieufort veio para o Brasil a cerca de sete meses, já fez amigos brasileiros, mas pensa em voltar para o País onde nasceu. “Minha vida lá era boa, pois tinha meus amigos e minha família por perto, vim para cá em busca de uma vida melhor em um País mais avançado que o meu, aos poucos eu consigo, mas um dia quero voltar para o Haiti”, conta.
Emprego
Derilet Verneus, 55 anos, tem quatro filhos e está em Chapecó a cerca de oito meses. Veio para o Brasil, pois recebeu a informação de que havia oferta de emprego e como não conseguia trabalhar no Haiti, optou pela mudança. Ele trabalha como empacotador de mercadorias e gosta do emprego, pois consegue mandar dinheiro para a família.
Nos três primeiros meses, Verneus ficou em um albergue, mas hoje mora com mais quatro haitianos. A língua e a saudade dos amigos e da família são as principais dificuldades, mas, assim que conseguir juntar dinheiro, ele pretende voltar ao País natal. “Gosto do Brasil e do meu trabalho, mas quero um dia poder voltar para o Haiti”, conta.
Antes de vir para Chapecó, o haitiano Dumond Dieufort trabalhava como pedreiro. “Era bom trabalhar nas construções, mas era perigoso, pois tínhamos que subir vários andares e aqui, ganho um salário melhor” relata. O haitiano soube dos empregos disponíveis no Oeste de Santa Catarina, através de amigos que já moravam na região.
Processo
De acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maravilha (CDL), a empresa Safegold é uma das corporações que auxilia na vinda dos haitianos para o Brasil. Entretanto, para que os estrangeiros entrem no País, existe uma legislação a seguir.
De acordo com o agente da Polícia Federal, hoje são cerca de 660 haitianos na região Oeste. Eles chegam no Brasil de forma ilegal, normalmente em um ponto de fronteira no Estado do Acre, solicitam refúgio, e são encaminhados para a delegacia e já saem com autorização para fazer a carteira de trabalho e com um protocolo que reconhece a legalidade. “Este documento vale até ser deferido ou indeferido o pedido de refúgio deles”, explica o Edson. Se eles vierem com a família, o pedido de um vale para todos.
Com este protocolo em mãos, os imigrantes emitem o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho, ficando aptos a ingressarem e trabalharem em qualquer lugar do Brasil. Ainda, é realizada a investigação criminal dos imigrantes antes da emissão do protocolo. Este documento tem validade inicial de 180 dias e deve ser renovado na Polícia Federal, junto com a carteira de trabalho. “O pedido leva cerca de oito a 10 meses para ser aceito ou não, e caso o pedido seja indeferido, os haitianos tem um prazo para defesa. Se for negado novamente, eles tem que deixar o País”, ressalta o agente.
A documentação tem validade de seis meses, após este período a empresa empregadora deve encaminhar os haitianos para o órgão responsável para regularizar a situação. Na verdade, o processo consiste em informar ao Ministério do Trabalho que os haitianos ainda estão trabalhando na empresa e as condições de trabalho.
Segundo a gerente do departamento de Recursos Humanos do supermercado que contratou os haitianos, eles recebem o mesmo salário, benefícios e direitos dos colaboradores brasileiros. “Eles são tratados como iguais e ainda buscamos ajudar com cestas básicas e moradia”, explica.
Acordo
Edson explica que no caso dos haitianos, há uma espécie de acordo entre o Brasil e o Haiti para facilitar o visto deles aqui. O acompanhamento do processo deve ser feito por cada um através do site do Ministério da Justiça.
Fonte: RedeComSC
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Noticia dia 02-12-2013
Senado verifica situação de haitianos no Acre
Uma comissão externa do Senado está em Rio Branco, no Acre para conferir a situação em que estão vivendo imigrantes haitianos que têm entrado no Brasil por aquele estado; o grupo foi criado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), atendendo a requerimento do senador Jorge Viana (PT-AC)
2 de Dezembro de 2013 às 10:34
O grupo foi criado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Ricardo Ferraço, na quinta-feira (28), atendendo a requerimento do senador Jorge Viana (PT-AC). Viana espera que, no retorno a Brasília, possa ser definida uma solução para que se interrompa o fluxo clandestino de imigração.
Segundo o senador, o problema começou em 2010, quando chegaram 37 haitianos. A maioria deles foge das condições adversas no Haiti desde que um terremoto atingiu o país. Eles chegam ao Acre depois de passar por países vizinhos, como Peru e Equador, com ajude de "coiotes" que incentivam o tráfico de pessoas e o narcotráfico. A situação é considerada grave, de acordo com o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
– Se é verdade que o governo federal quer receber esses haitianos, então eles têm que melhorar as condições de infraestrutura – disse.
No início deste ano, uma força-tarefa do governo federal foi enviada ao Acre para regularizar a permanência de imigrantes haitianos que continuam chegando ao estado.
Programação
Na parte da manhã, a comissão externa vai se reunir com prefeitos, outras autoridades e representantes dos imigrantes em Brasileia, onde também vão visitar um abrigo. Mais de 500 cidadãos haitianos estão na cidade, em condições muitos precárias, de acordo com as autoridades locais. À tarde está prevista audiência com o governador, Tião Viana, e o retorno a Brasília somente no final do dia.
A intenção é fazer um levantamento da real situação dos refugiados e ver de que forma o governo federal pode ajudar a melhorar as condições dos acampamentos. Para Ferraço, a grave situação social causada pela chegada dos haitianos deverá levar o Brasil a rediscutir as suas próprias políticas de imigração.
Fazem parte do grupo o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Ricardo Ferraço; os representantes do Acre no Senado, Viana, Petecão e Anibal Diniz (PT); a deputada federal Perpétua Almeida (PT); o representante do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Paulo Abrão Pires; o representante do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Andrés Ramirez; e os secretários de Assistência Social e de Direitos Humanos do Acre, Antonio Torres e Nilson Mourão, respectivamente.
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Comissão de senadores busca
solução para haitianos no Acre
Grupo tem encontro
marcado, em Brasileia, com
prefeitos e representantes
de imigrantes
D
elegação criada
pela Comissão de
Relações Exteriores
fará visita hoje ao Acre
para avaliar a situação
dos imigrantes haitianos
que chegam ao Brasil por
aquele estado.
O objetivo é apontar me
-
didas que o governo federal
pode tomar para melhorar
as condições dos acampa
-
mentos. Senador Ricardo
Ferraço acredita que a situ
-
ação deverá levar o Brasil a
rediscutir suas políticas de
imigração.
3
Haitianos
aguardam em Brasileia visto provisório para trabalhar no país. Senador
Jorge Viana diz que o Acre se transformou em um campo de refugiados
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