quarta-feira, 7 de novembro de 2012

S.O.S

Sem comida e energia em abrigo, desespero toma conta de haitianos31 de outubro de 2012



Damião Borges cercado por haitianos em busca de abrigo e comidaA situação de 200 haitianos abrigados precariamente numa casa no município de Brasiléia, a 235 quilômetros de Rio Branco (AC), na fronteira com a Bolívia, se agravou depois que o governo estadual deixou de pagar o aluguel do imóvel e parou de fornecer alimentação.A casa está sem eletricidade, a comida é insuficiente e as pessoas estão desesperadas, de acordo com relatos de ativistas de defesa dos direitos humanos. A maioria dos haitianos já está com CPF, mas falta oportunidade de trabalho, afetando especialmente as mulheres, algumas esperando bebês há vários meses.- O desespero dos haitianos está aumentando e espero que possamos evitar tragédias – disse o pesquisador Foster Brown, cientista do Experimento de Grande Escala Biosfera Atmosfera na Amazonia (LBA) e membro do MAP -de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia)- uma iniciativa de de direitos humanos.De acordo com Foster Brown, a iniciativa MAP estuda a possibilidade de pedir ajuda de organizações como a Care Brasil e a Cruz Vermelha.- Não há apoio aparente no nível federal e a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos está quebrada, com muitas dividas – acrescentou Brown.A devastação causada pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti atingiu 3 milhões de pessoas, mais de 220 mil morreram e 1,5 milhão ficaram desabrigadas.Mais de 5 mil haitianos entraram no Brasil pela fronteira amazônica. Eles cruzam ilegalmente a fronteira, aguardam visto temporário e são transferidos e contratados como mão-de-obra nas regiões mais desenvolvidas do país.Não falta documentação para os haitianos, pois a Policia Federal tem facilitado a entrega de CPFs. A crise neste momento, segundo Damião Borges, funcionário da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, responsável pelos haitianos, se resume em dois itens: abrigo e alimentação.- Eles estão sem moradia e luz. Em breve, 200 haitianos vão estar literalmente nas ruas. Uma recém-nascida na noite de segunda, está num quarto escuro com muita gente. Além disso, falta comida e água pótavel. Alguns dos haitianos estão sem comer há alguns dias – relatou Damião Borges.De Iberia, no Peru, o padre René Salízar, também da iniciativa MAP, conta que já se manifestou muitas vezes no país dele sobre a situação dos haitianos. Ele considera que este é um problema que nunca vai acabar.- Porque eles seguem entrando no Peru sem nenhum problema a partir da fronteira do Ecuador, de maneira ilegal. Chegam a Puerto Maldonado, logo locam um carro até Iberia, onde existem vários coiotes que os levam até a fronteira com a Bolivia, onde estão os coiotes bolivianos – relata.O padre René Salízar já se pronunciou sobre a situação ante ao chefe máximo da polícia regional de Madre de Dios, porém pouco ou nada podem fazer.- Eles dizem que no há ordem para deter ou não deixar passar os haitianos, pois não estão vindo para ficar no Perú, mas estão de passagem com destino ao Brasil. Assim mesmo, fizemos uma denuncia ao Ministerio Público de Iberia, pois os coiotes cometem extorsões contra os haitianos. Salízar disse que quando conversa com os haitianos que chegam até a sua paróquia, contando da situação dos compatriotas que estão em Brasília, os imigrantes que seus amigos e parentes já se encontram no Brasil.- Eles dizem que a vida no Brasil é fácil e que o estado nacional brasileiro os apoia. Os que estão no Brasil seguem chamando seus compatriotas e se o Peru não fecha a fronteira do Ecuador, seguirão tendo problemas no Brasil com o imigrantes haitianos – concluiu o padre.
Por: Altino Machado.


Fonte: Blog da Amazônia/ Terra Magazine

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Filme: "FILHOS DO HAITI" - Manaus 02-11-2012

Haitianos em Manaus são personagens do curta "Filhos do Haiti"

Curtas-metragens amazonenses têm o maior número de indicados no Amazonas Film Festival, com destaque para a produção de Ari Santos que dirigiu “Filhos do Haiti”




Curta metragem sobre a vinda dos haitianos para Manaus
Curta metragem sobre a vinda dos haitianos para Manaus (Acervo AC)

Nem sempre a fórmula “câmera na mão e uma ideia na cabeça” resolve as inquietações dos produtores audiovisuais que atuam por conta própria. Para produzir um curta-metragem, por exemplo, os diretores se deparam com inúmeras dificuldades, que vão desde a disponibilidade de equipamentos até o conhecimento necessário no processo de finalização da obra.
Para muitos, no entanto, o reconhecimento vem quando a produção é selecionada para uma mostra ou festival de cinema. Capitaneado pela Secretaria de Cultura, o Amazonas Film Festival (AFF) é um desses palcos em que o talento dos videomakers amazonenses pode brilhar. Na edição do AFF deste ano, a categoria Curta-metragem Amazonas, dividida em ficção de documentário, é a que tem o maior número indicados - 15 ao todo.
O produtor audiovisual Ari Santos já vai para a sua segunda participação no Amazonas Film Festival. Em 2008, ele participou do evento com o documentário “Set amazônico” e desta vez vai concorrer com o curta-metragem documental “Filhos do Haiti”. “Por mais simples que sejam, os curtas amazonenses que estão no festival já são vencedores, porque driblaram as dificuldades e conseguiram o reconhecimento dos curadores”, declarou.
A ideia
Em pouco mais de 15 minutos, “Filhos do Haiti” registra a chegada dos primeiros haitianos a Manaus, no primeiro semestre de 2011, e a acolhida que receberam pela Igreja Católica, especialmente na Paróquia de São Geraldo, na zona centro-sul da cidade. O documentário já foi exibido na Mostra Amazônica do Filme Etnográfico de 2011 e no 4º Festival Etnográfico do Recife, no mês passado.
“Segundo a Selda Vale, fomos os primeiros a fazer esse registro”, comentou Ari Santos, que também tem no currículo o documentário “Nômades Urbanos” (2007), sobre os hippies de Manaus. Para tirar “Filhos do Haiti” do papel, ele trabalhou em parceria com os produtores Daniel Barbosa e Darwin Porto. De acordo com Santos, a ideia para o documentário surgiu da percepção de que a presença de refugiados haitianos em Manaus estava crescendo. “Queríamos conhecer de perto a história deles, mas também houve o fator curiosidade, que nos impeliu a entrar em contato uma cultura diferente”.
Percalços
Ari Santos contou que a primeira dificuldade na produção de “Filhos do Haiti” foi como chegar até os personagens principais. “Eles não gostam de dar entrevistas, por isso precisávamos de um ponto de partida. Procuramos os padres da paróquia e, depois de mostrarmos que o trabalho era sério, eles ajudaram a intermediar o contato”, disse.
A comunicação também poderia ser um empecilho, mas os três personagens que os diretores encontraram para dar voz à saga dos haitianos em Manaus já tinham domínio do português. “Tivemos alguma dificuldade nas filmagens, já que nem tudo que planejamos dá certo. Chegamos a alugar uma câmera de última hora para fazer as gravações”, complementou Ari Santos.
Para ele, toda experiência vale a pena quando o trabalho ganha as telas e o reconhecimento do público. “É um sentimento de realização. Quando se consegue passar a mensagem, já vale todo o esforço”.

domingo, 28 de outubro de 2012

Notícia 26 de Outubro 2012 - Acre - Brasil

Governo do Acre teme entrada desenfreada de haitianos no País

26 de outubro de 2012 21h00 atualizado às 22h28
Somente nesta sexta-feira, 214 haitianos entraram ilegalmente em Brasileia, município acriano que fica na fronteira com a Bolívia. Damião Borges, funcionário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre, teme que a facilidade de acesso ao País através das duas pontes que ligam Cobija à Brasileia, em função da falta de fiscalização da Polícia Federal (PF), motive os haitianos que estão no Equador a vir também para o Brasil. "A informação que tenho é que, depois do terremoto no Haiti, algo em torno de 50 mil haitianos estão morando no Equador. O medo da gente é que a maioria dessas pessoas venha para cá", disse Borges. Mais cedo, em reportagem publicada pela Agência Brasil, o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, declarou que não tem como o governo acriano bancar mais alimentação e abrigo aos haitianos que chegam a Brasileia. O secretário reclamou que há quase dois meses encaminhou ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) um plano de trabalho de ajuda financeira pelo governo federal. "O que eu sei é que eles estão estudando o projeto, mas não temos qualquer recurso federal internalizado", disse. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a pasta "está em contato com o governo estadual visando a concluir no menor prazo possível uma alternativa pactuada para atendimento das ações emergenciais necessárias" com o objetivo de amenizar a situação dos imigrantes em Brasileia. O MDS também diz, em nota, que os governos do Acre e do Amazonas receberam da pasta, em janeiro deste ano R$ 900 mil (R$ 540 mil para o Amazonas e R$ 260 mil para o Acre) para "o custeio de ações socioassistenciais de atendimento aos imigrantes haitianos (alimentação, aluguel, colhimento das famílias)". A assessoria do ministério informou ainda que o valor repassado ao governo do Acre serviu para atender 1.400 famílias. Segundo o órgão também foram enviadas ao Estado 13 toneladas de alimentos dos estoques do ministério na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasileia. A Agência Brasil também entrou em contato com o Ministério da Justiça para obter informação sobre a falta de fiscalização por parte da PF na fronteira, conforme relatou o funcionário a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre. O ministério informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que existe um plano estratégico que realiza operações permanentes na fronteira brasileira com os vizinhos da América do Sul. "A extensão territorial de mais de 16 mil km de fronteira com 11 países cria um grande desafio", diz o ministério, em nota. Também foi informado que até 2014 o Ministério da Justiça "pretende dobrar o número de policiais federais por meio de concurso público". Quanto ao problema da imigração ilegal dos haitianos, o ministério declarou que a concessão dos vistos humanitários é de responsabilidade do Conselho Nacional de Imigração, do Ministério do Trabalho. "Todos os haitianos podem pedir a solicitação de refúgio na PF e, até o momento, nenhum haitiano foi deportado. O Brasil não tem como prática a deportação de imigrantes de qualquer nacionalidade".

Notícia 20 de Outubro de 2012 - Manaus - Brasil

Haitianos continuam chegando a Manaus em busca de trabalho


Setor da Construção Civil é o que mais absorve a mão de obra haitiana em Manaus. No comércio, o idioma dificulta o contato dos haitianos com os clientes do Amazonas.

[ i ] Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães contabilizam mais 535 autorizações. Foto: Acervo/ DA Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães contabilizam mais 535 autorizações.

Manaus - Nos últimos três meses, mais 855 haitianos receberam autorização para atuar no mercado de trabalho, no Amazonas. O grupo, que recebeu autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre julho e setembro deste ano, é 37,4% maior que o total de imigrantes de outras nacionalidades que chegaram ao Estado durante todo o ano de 2012.
Segundo o padre da Pastoral do Imigrante, Gelmino Costa, cerca de 1,5 mil haitianos estão em Manaus e enfrentam dificuldades para permanecer no mercado de trabalho. “O problema é o trabalho rotativo. Eles trabalham um mês e ficam três parados”, contou o sacerdote.
Uma das dificuldades é o idioma. Na área do comércio, é o que mais tem prejudicado o desempenho dos imigrantes. “Eles têm dificuldades para aprender a língua. Como na construção civil não tem contato com o público, 70% deles estão lá. Mas no comércio, tem que ter contato, tem que conhecer o gosto do cliente”, afirmou o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag. Atualmente, cerca de 20% desses imigrantes atuam nas lojas do comércio de Manaus.
Outra parte significativa atua nos canteiros de obraem Manaus. Cercade 1,2 mil estão na construção civil, desempenhando funções de servente, pintor e pedreiro, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec).
O vice-presidente da entidade, Cícero Custódio, ressaltou que 90% dos funcionários já trabalham com carteira assinada. Segundo Custódio, os imigrantes iniciam geralmente com dificuldade para se comunicar, mas com o tempo se aprimoram.
O padre da Pastoral do Imigrante confirma que a maioria dos haitianos foi encaminhada para a construção civil, porém um percentual significativo está sendo deslocado para o setor de serviços, principalmente para os restaurantes.
Há também uma parcela que apenas passou por Manaus e partiu para o Sudeste e Sul do País. Segundo Gelmino Costa,  mais de 1,2 mil foram ocupar postos de trabalho no Rio Grande do Sul e Paraná, saída que hoje é bastante reduzida.
O padre destacou ainda que os imigrantes não estão mais utilizando Manaus como trampolim para outros Estados e que optam por permanecer na capital.  “Alguns já compraram bens, como geladeira, moram em quartinhos que eles mesmos pagam e já fincaram raízes aqui”, contou.
De janeiro a setembro, 2.709 autorizações foram concedidas a estrangeiros pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/AM).
Mais de 80% foram destinadas aos haitianos, que somam 2.174 vistos de trabalho no ano. Japoneses, tailandeses, chineses, coreanos, alemães e outras nacionalidades contabilizam mais 535 autorizações.
Nacional
De janeiro a outubro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu 55.009 autorizações de trabalho temporárias e permanentes para profissionais estrangeiros, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Os fatores que mais contribuíram para o aumento foram, principalmente, os vistos humanitários concedidos aos haitianos, as autorizações para trabalho de especialistas estrangeiros no Brasil e para técnicos estrangeiros responsáveis pela instalação de máquinas e equipamentos importados e assistência técnica/transferência de tecnologia.
A autorização de trabalho, concedida pelo MTE, é exigida pelas autoridades consulares brasileiras, em conformidade com a legislação em vigor, como requisito para a concessão de vistos temporários e, em certos casos, de vistos permanentes a estrangeiros para trabalho no Brasil.
O setor que mais demanda mão de obra estrangeira no País é o da indústria do óleo e gás, representando 30% de todas as autorizações de trabalho concedidas no período. O requisito básico para a vinda de profissionais estrangeiros ao Brasil é que esses profissionais não ocupem vagas que possam ser preenchidas por trabalhadores brasileiros.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mensagem

Um rabino reuniu seus alunos, e perguntou:
-Como é que sabemos o exato momento em que a noite acaba e o dia começa?
-Quando, à distância, somos capazes de distinguir uma ovelha de um cachorro – disse um menino.
O rabino não ficou contente com a resposta.
-Na verdade – disse outro aluno -sabemos que já é dia quando podemos distinguir, à distância, uma oliveira de uma figueira.
-Não é uma boa definição.
-Qual a resposta, então? – perguntaram os garotos.
E o rabino disse:
-Quando um estrangeiro se aproxima, e nós o confundimos com o nosso irmão, este é o momento em que a noite acabou e o dia começa.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Rio Grande do Sul - Haitianos

Haitianos pagam altas taxas para enviar remessas às famílias

                    RS tem 400 trabalhadores imigrantes haitianos

Foto: Sérgio Gheller
Foto: Sérgio Gheller
Os imigrantes haitianos devem ser tratados no Brasil como se fossem brasileiros, com respeito, dignidade e acesso aos direitos humanos, defendeu hoje o Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Mike Breier.

Ele participa de um debate no auditório do Ministério Público Estadual em Porto Alegre (RS) sobre os “Desafios da Mobilidade dos Haitianos no RS” promovido pelo Fórum Permanente de Mobilidade Humana, com a presença de aproximadamente 180 pessoas.

Segundo o parlamentar o estado reúne hoje 400 trabalhadores imigrantes do Haiti que chegaram principalmente do Acre, embora exista um contingente importante que também entrou pela cidade de Manaus no Amazonas.

O primeiro contato segundo Breier ocorreu no início de 2012 e em abril ocorreram denúncias de trabalho escravo na cidade de Osório (RS). “A denúncia não procedia, mas existia uma situação de forte exploração dos trabalhadores”, explicou.

O deputado mencionou também que os imigrantes haitianos foram contratos por empresários de várias cidades do estado e que essas contratações têm sido monitoradas pela comissão de direitos humanos, que realiza um trabalho articulado com a embaixada do Haiti em Brasília.

A redução na taxa para remessas para o Haiti, via agência do Banrisul, segundo o parlamentar ainda está em negociação com o banco. “A cada R$ 500 reais, eles pagam uma taxa de R$ 98 reais, então esperam às vezes três meses para enviar recursos às famílias. Em média cada cidadão envia de US$ 100 a US$ 300 por mês e alguns querem trazer a família par o Brasil”, ressaltou.

Em visita ao Acre, explicou Mike Breier ainda foram encontrados imigrantes na divisa com Peru, aguardando em espaços públicos e em condições precárias para entrar no Brasil, impedidos por falta de documentos.

Durante a exposição foi levantada a situação dos imigrantes senegaleses que estão na Diocese de Caixas do Sul sem qualquer posicionamento do governo brasileiro quanto ao seu acolhimento. Religiosa que assiste aos imigrantes na diocese relatou que são aproximadamente 100 imigrantes do Senegal que estão sendo discriminados com negativa de acolhimento no Brasil, morosidade de atendimento na Polícia federal e condições precárias de vida.

O “Primeiro Seminário de Mobilidade Humana” discutindo o cenário, tendências e desafios da mobilidade humana no Brasil e no Rio Grande do Sul está sendo transmitido pela Webradio Migrantes e prossegue até ás 18h de hoje (22).

Roseli Lara/ Rádio Migrantes
por Camila Panassolo (Web Rádio Migrantes), dia 22/10/2012 às 15:40

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DIREITOS HUMANOS
Miki Breier participa de seminário sobre Mobilidade Humana Gisele Ortolan - MTB 9777 | PSB - 18:20-22/10/2012
O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa, deputado Miki Breier (PSB), participou nesta segunda-feira, dia 22, do 1º Seminário de Mobilidade Humana: Tendências e Desafios no Brasil e no Rio Grande do Sul.

O evento, que aconteceu no Auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre, discutiu as questões de migrações de estrangeiros para o Estado. Miki Breier destacou a atuação da CCDH no acompanhamento da situação dos imigrantes haitianos no Rio Grande do Sul.
A comissão montou uma rede de monitoramento dos trabalhadores chegados do Haiti desde o início deste ano. “Visitamos as empresas que empregam haitianos no Estado, monitorando o número de trabalhos no Rio Grande do Sul. Atualmente, são em torno de 400 imigrantes vivendo em diferentes cidades gaúchas”, informou Miki Breier.

O parlamentar também lembrou que a situação foi pauta de uma Audiência Pública da CCDH, razão de visita ao Acre – estado por onde os Haitianos entram no Brasil, e tema de relatório apresentado pela Comissão na da XVI Conferência Nacional dos Legisladores (Unale) em reunião da Comissão de Direitos Humanos da Confederação Parlamentar das Américas (Copa).

“Continuamos fazendo o monitoramento da situação dos haitianos através da CCDH, articulados com embaixada do Haiti em Brasília. Estamos também empenhados na negociação junto ao Banrisul para a redução das altas taxas cobradas para o envio de dinheiro ao Haiti. Atualmente, a cada R$ 500 enviados é descontado o valor de R$ 98 em taxas”, apontou o deputado.
© Agência de Notícias
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