Região Oeste abriga mais de 600 haitianos
Eles vêm para a região em busca de uma vida melhor.
Ao andar pelas ruas de Chapecó é possível perceber as
diferenças culturais que aos poucos ganham forma. Um exemplo são os vários
haitianos que começaram a vir para a cidade, a maioria deles trabalha em
construções, indústrias e mercados. São pessoas que deixaram a família, País e
cultura em busca de uma vida melhor para si e para quem ainda mora no Haiti.
Para o haitiano e repositor de frutas, Dumond Dieufort, o principal problema do País é a má administração pública. “Há anos o Haiti sofre com a falta de compromisso dos políticos e isso prejudica a população, que não tem como sobreviver”, relata. Dieufort explica que as pessoas que tem família ou amigos que já trabalham em alguma empresa, conseguem emprego, mas, aqueles que não têm indicação, geralmente ficam sem onde trabalhar.
Educação
De acordo com Dieufort, a educação haitiana é muito boa se comparada com o Brasil. “A maioria das escolas de lá é particular e são muito melhores, mas as públicas também são muito boas”, conta. Ele aprendeu a falar espanhol na escola e chegou a iniciar uma graduação, mas, após a morte da mãe, não conseguiu concluir os estudos.
Os filhos do haitiano podem estudar em uma escola particular com o dinheiro que o pai manda. “Consigo mandar dinheiro para a minha família, mas sinto muito a falta deles, tenho planos de trazer minha esposa e meus filhos pra cá ainda este ano”, comenta.
Dieufort veio para o Brasil a cerca de sete meses, já fez amigos brasileiros, mas pensa em voltar para o País onde nasceu. “Minha vida lá era boa, pois tinha meus amigos e minha família por perto, vim para cá em busca de uma vida melhor em um País mais avançado que o meu, aos poucos eu consigo, mas um dia quero voltar para o Haiti”, conta.
Emprego
Derilet Verneus, 55 anos, tem quatro filhos e está em Chapecó a cerca de oito meses. Veio para o Brasil, pois recebeu a informação de que havia oferta de emprego e como não conseguia trabalhar no Haiti, optou pela mudança. Ele trabalha como empacotador de mercadorias e gosta do emprego, pois consegue mandar dinheiro para a família.
Nos três primeiros meses, Verneus ficou em um albergue, mas hoje mora com mais quatro haitianos. A língua e a saudade dos amigos e da família são as principais dificuldades, mas, assim que conseguir juntar dinheiro, ele pretende voltar ao País natal. “Gosto do Brasil e do meu trabalho, mas quero um dia poder voltar para o Haiti”, conta.
Antes de vir para Chapecó, o haitiano Dumond Dieufort trabalhava como pedreiro. “Era bom trabalhar nas construções, mas era perigoso, pois tínhamos que subir vários andares e aqui, ganho um salário melhor” relata. O haitiano soube dos empregos disponíveis no Oeste de Santa Catarina, através de amigos que já moravam na região.
Processo
De acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maravilha (CDL), a empresa Safegold é uma das corporações que auxilia na vinda dos haitianos para o Brasil. Entretanto, para que os estrangeiros entrem no País, existe uma legislação a seguir.
De acordo com o agente da Polícia Federal, hoje são cerca de 660 haitianos na região Oeste. Eles chegam no Brasil de forma ilegal, normalmente em um ponto de fronteira no Estado do Acre, solicitam refúgio, e são encaminhados para a delegacia e já saem com autorização para fazer a carteira de trabalho e com um protocolo que reconhece a legalidade. “Este documento vale até ser deferido ou indeferido o pedido de refúgio deles”, explica o Edson. Se eles vierem com a família, o pedido de um vale para todos.
Com este protocolo em mãos, os imigrantes emitem o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho, ficando aptos a ingressarem e trabalharem em qualquer lugar do Brasil. Ainda, é realizada a investigação criminal dos imigrantes antes da emissão do protocolo. Este documento tem validade inicial de 180 dias e deve ser renovado na Polícia Federal, junto com a carteira de trabalho. “O pedido leva cerca de oito a 10 meses para ser aceito ou não, e caso o pedido seja indeferido, os haitianos tem um prazo para defesa. Se for negado novamente, eles tem que deixar o País”, ressalta o agente.
A documentação tem validade de seis meses, após este período a empresa empregadora deve encaminhar os haitianos para o órgão responsável para regularizar a situação. Na verdade, o processo consiste em informar ao Ministério do Trabalho que os haitianos ainda estão trabalhando na empresa e as condições de trabalho.
Segundo a gerente do departamento de Recursos Humanos do supermercado que contratou os haitianos, eles recebem o mesmo salário, benefícios e direitos dos colaboradores brasileiros. “Eles são tratados como iguais e ainda buscamos ajudar com cestas básicas e moradia”, explica.
Acordo
Edson explica que no caso dos haitianos, há uma espécie de acordo entre o Brasil e o Haiti para facilitar o visto deles aqui. O acompanhamento do processo deve ser feito por cada um através do site do Ministério da Justiça.
Fonte: RedeComSC
Para o haitiano e repositor de frutas, Dumond Dieufort, o principal problema do País é a má administração pública. “Há anos o Haiti sofre com a falta de compromisso dos políticos e isso prejudica a população, que não tem como sobreviver”, relata. Dieufort explica que as pessoas que tem família ou amigos que já trabalham em alguma empresa, conseguem emprego, mas, aqueles que não têm indicação, geralmente ficam sem onde trabalhar.
Educação
De acordo com Dieufort, a educação haitiana é muito boa se comparada com o Brasil. “A maioria das escolas de lá é particular e são muito melhores, mas as públicas também são muito boas”, conta. Ele aprendeu a falar espanhol na escola e chegou a iniciar uma graduação, mas, após a morte da mãe, não conseguiu concluir os estudos.
Os filhos do haitiano podem estudar em uma escola particular com o dinheiro que o pai manda. “Consigo mandar dinheiro para a minha família, mas sinto muito a falta deles, tenho planos de trazer minha esposa e meus filhos pra cá ainda este ano”, comenta.
Dieufort veio para o Brasil a cerca de sete meses, já fez amigos brasileiros, mas pensa em voltar para o País onde nasceu. “Minha vida lá era boa, pois tinha meus amigos e minha família por perto, vim para cá em busca de uma vida melhor em um País mais avançado que o meu, aos poucos eu consigo, mas um dia quero voltar para o Haiti”, conta.
Emprego
Derilet Verneus, 55 anos, tem quatro filhos e está em Chapecó a cerca de oito meses. Veio para o Brasil, pois recebeu a informação de que havia oferta de emprego e como não conseguia trabalhar no Haiti, optou pela mudança. Ele trabalha como empacotador de mercadorias e gosta do emprego, pois consegue mandar dinheiro para a família.
Nos três primeiros meses, Verneus ficou em um albergue, mas hoje mora com mais quatro haitianos. A língua e a saudade dos amigos e da família são as principais dificuldades, mas, assim que conseguir juntar dinheiro, ele pretende voltar ao País natal. “Gosto do Brasil e do meu trabalho, mas quero um dia poder voltar para o Haiti”, conta.
Antes de vir para Chapecó, o haitiano Dumond Dieufort trabalhava como pedreiro. “Era bom trabalhar nas construções, mas era perigoso, pois tínhamos que subir vários andares e aqui, ganho um salário melhor” relata. O haitiano soube dos empregos disponíveis no Oeste de Santa Catarina, através de amigos que já moravam na região.
Processo
De acordo com informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maravilha (CDL), a empresa Safegold é uma das corporações que auxilia na vinda dos haitianos para o Brasil. Entretanto, para que os estrangeiros entrem no País, existe uma legislação a seguir.
De acordo com o agente da Polícia Federal, hoje são cerca de 660 haitianos na região Oeste. Eles chegam no Brasil de forma ilegal, normalmente em um ponto de fronteira no Estado do Acre, solicitam refúgio, e são encaminhados para a delegacia e já saem com autorização para fazer a carteira de trabalho e com um protocolo que reconhece a legalidade. “Este documento vale até ser deferido ou indeferido o pedido de refúgio deles”, explica o Edson. Se eles vierem com a família, o pedido de um vale para todos.
Com este protocolo em mãos, os imigrantes emitem o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Carteira de Trabalho, ficando aptos a ingressarem e trabalharem em qualquer lugar do Brasil. Ainda, é realizada a investigação criminal dos imigrantes antes da emissão do protocolo. Este documento tem validade inicial de 180 dias e deve ser renovado na Polícia Federal, junto com a carteira de trabalho. “O pedido leva cerca de oito a 10 meses para ser aceito ou não, e caso o pedido seja indeferido, os haitianos tem um prazo para defesa. Se for negado novamente, eles tem que deixar o País”, ressalta o agente.
A documentação tem validade de seis meses, após este período a empresa empregadora deve encaminhar os haitianos para o órgão responsável para regularizar a situação. Na verdade, o processo consiste em informar ao Ministério do Trabalho que os haitianos ainda estão trabalhando na empresa e as condições de trabalho.
Segundo a gerente do departamento de Recursos Humanos do supermercado que contratou os haitianos, eles recebem o mesmo salário, benefícios e direitos dos colaboradores brasileiros. “Eles são tratados como iguais e ainda buscamos ajudar com cestas básicas e moradia”, explica.
Acordo
Edson explica que no caso dos haitianos, há uma espécie de acordo entre o Brasil e o Haiti para facilitar o visto deles aqui. O acompanhamento do processo deve ser feito por cada um através do site do Ministério da Justiça.
Fonte: RedeComSC