sábado, 14 de março de 2015

Guiabá - Mato Grosso dia 13-03-2015

Edição do dia 12/03/2015
13/03/2015 02h18 - Atualizado em 13/03/2015 02h21

Imigrantes haitianos no Brasil sofrem com idioma e falta de qualificação

Em Mato Grosso, quatro mil haitianos lutam por melhor condição de vida.
Muitos deles deixaram o Haiti após o terremoto que devastou país em 2010.

Eunice Ramos Cuiabá, MT
Os imigrantes haitianos, que vieram para o Brasil na esperança de uma vida melhor, esbarram nas dificuldades como idioma e falta de qualificação profissional. Só em Mato Grosso são cerca de 4 mil.
Em uma padaria de Cuiabá alguns funcionários falam pouco ou quase nada em português. A comunicação é na base do improviso.
"A gente pega um, faz o exemplo, mostra como que faz e pede para ele repetir. Ele aprendeu. Aí a gente tenta fazer outra coisa para ele repetir, ele aprende. A gente ensina um de cada vez", conta Mário Kokura, gerente comercial.
Os haitianos deixaram a terra natal depois que um terremoto destruiu parte do país em 2010. Muita gente perdeu parentes, ficou sem casa e sem emprego.

A maioria dos haitianos que vão para Mato Grosso fica em Cuiabá à procura de emprego, mas a falta de qualificação profissional e de domínio do idioma dificulta o acesso ao mercado de trabalho.

“O grande impasse é realmente é não ter a prática do trabalho. Então tem que ser preparado”, diz Eliana Vitaliano, coordenadora da Casa do Migrante.

Parte da mão de obra acaba sendo absorvida pelo mercado informal. Eles se espalharam pelas ruas do centro como vendedores ambulantes.
O Ministério Público Federal abriu inquérito para acompanhar a situação dos estrangeiros no estado e garantir os direitos deles.

“Grande parte está em situação legal porque receberam a condição de refugiados por parte do governo federal. Então nessa condição eles recebem uma carteira de identidade de estrangeiro. Ele tem direito a acesso aos direitos sociais, trabalhistas, normais e nessa condição ele pode desenvolver trabalho formal do Brasil como qualquer brasileiro", afirma Ronaldo Queróz, procurador da República.

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