quarta-feira, 8 de maio de 2013

Noticia


Petição no Avaaz reivindica doação do Acre para os haitianos

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Uma petição no site Avaaz tem causado polêmica na tarde de hoje, por pleitear a entrega de parte do território nacional a estrangeiros.
Trata-se da petição em defesa da doação do referido estado aos haitianos.
Veja abaixo a justificativa:

“A emigração em massa de haitianos para o Brasil, iniciada após o terremoto de 2010, vem aumentando a cada dia, tendo muitos cidadãos daquela república ingressado por rotas ilegais, com intermediação de coiotes, sobretudo na região amazônica.

A doação do Acre para os imigrantes haitianos, além de solucionar o problema da imigração ilegal, amenizaria o prejuízo cotidiano que o Estado do Acre causa ao Brasil.

O Acre arrecada uma média de 177 milhões por ano de impostos federais, ao passo que recebe da União a média de 605 milhões de reais no mesmo período. São mais de 400 milhões de reais anuais de prejuízo à nação brasileira. O que a União Federal gasta para manter o Acre poderia ser aplicado em educação, saúde e moradia, melhorando as condições de vida dos brasileiros.

Além disso, um deputado federal custa, em média, 6,6 milhões de reais à nação por ano; um senador custa 33 milhões anuais. Como no Acre há 8 deputados e 3 senadores, estima-se que por ano os parlamentares acreanos custam 150 milhões de reais à nação. Se calcularmos o que tal estado custou ao erário nos últimos cem anos, chegamos à espantosa cifra de 28 bilhões de reais.

Com tal quantia, poderiam ser criados hospitais, universidades etc.”
Interessados em assinar o documento podem acessar aqui: http://www.avaaz.org/po/petition/Pela_doacao_do_Estado_do_Acre_para_os_haitianos/?twi …

domingo, 5 de maio de 2013

Noticia

 

Brasil estuda como ampliar oportunidades de emprego aos haitianos

De cada 10 imigrantes que chegam às cidades de Brasileia e Assis Brasil, apenas um é mulher.

O diretor do Departamento de Imigração e Assuntos Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, o diplomata Rodrigo do Amaral Souza, ressaltou à Agência Brasil que o Brasil está empenhado em ampliar as oportunidades de emprego para os imigrantes haitianos. Segundo ele, uma das propostas em estudo é abrir uma agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine), em Brasileia, no Acre, para cadastrar os imigrantes e ajudar na busca por vagas no mercado de trabalho.

"O que a imensa maioria quer é trabalhar. Só que entre o processo de emissão de documentos até a possibilidade de emprego há uma espera e isso às vezes leva mais tempo do que a pessoa imaginou", disse Amaral. "A proposta de abrir uma agência do Sine em Brasileia é para dar mais agilidade a todo esse processo."

Após intensificar as atividades no Acre, na tentativa de buscar soluções para os imigrantes haitianos, especialistas de vários setores do governo conseguiram definir o perfil daqueles que buscam refúgio no Brasil. A maioria são homens. De cada 10 imigrantes que chegam às cidades de Brasileia e Assis Brasil, apenas um é mulher. A faixa etária varia entre 25 e 35 anos. Os homens, na sua maioria, são casados, mas ao migrar, deixam as famílias no Haiti. Os solteiros também deixam parentes - filhos, irmãos e tios - no país de origem.

A escolaridade também é uma questão avaliada pelas autoridades brasileiras: em geral, os imigrantes têm apenas ensino fundamental incompleto, alguns são analfabetos e poucos têm segundo grau incompleto ou concluído. O número de haitianos com ensino superior é pequeno.

Agência Brasil


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Haitianos realizam seu sonho e encontram trabalho no Parana - PR.

Paraná, terra dos sonhos dos haitianos

Recrutados no Acre, onde viviam em precárias condições num alojamento, imigrantes que fugiram da miséria em seu país encontram trabalho em granja

Pablo Pereira, enviado especial a Idnianópolis - O Estado de S. Paulo
Eles deixaram o Haiti, país que ainda sofre os efeitos da devastação do terremoto de 2010, em busca de vida nova. Passaram pela República Dominicana, Equador e Peru e entraram no Brasil pela Amazônia. Os haitianos Jonas Philistin, 40 anos, que chegou pelo Acre e viveu mais de mês no precário abrigo de refugiados de Brasileia, e Wisly Septembre, 25, que veio por Tabatinga (AM), em outubro de 2012, se conheceram na semana passada em Indianópolis, no interior do Paraná. O encontro dos dois ocorreu na sala de treinamento da empresa Frangos Canção, na qual Wisly já trabalha há seis meses, e que recrutou um grupo de 46 haitianos em Brasileia para trabalhar em aviários na região de Maringá. A empresa tem 6 mil trabalhadores.
Imigrante Carlo Alexis arrumou emprego de catador de frango em granja no Paraná - Filipe Araújo/ Estadão
Filipe Araújo/ Estadão
Imigrante Carlo Alexis arrumou emprego de catador de frango em granja no Paraná
Na quarta-feira, o Estado acompanhou o processo de integração profissional dos haitianos no Paraná. Wisly se esforçava para traduzir para os compatriotas os detalhes do contrato brasileiro de trabalho.
Wisly emigrou pela República Dominicana, de onde viajou de avião para Quito. De lá, de ônibus e barco atravessou o Peru até Tabatinga. Após travessia de quatro dias pelo rio, chegou a Manaus, onde ficou 22 dias com auxílio da Pastoral do Imigrante da Igreja Católica. "De Manaus para Maringá vim de avião", lembra o haitiano, que faz parte do grupo pioneiro de dez imigrantes que chegou à empresa.
Simpático, se esforçando para falar português, Wisly ajuda na tradução de creole (idioma nativo do Haiti) e do francês, facilitando o processo de adaptação dos escolhidos no abrigo de Brasileia pelo gerente de Recursos Humanos da empresa, Osni Manteli.
Emergência. Diante do acúmulo de imigrantes na fronteira do Brasil com Bolívia e Peru, as condições de vida no abrigo no Acre pioraram – os mais de 1,3 mil haitianos passaram quase um mês lutando por comida, dormindo ao relento, sem local para higiene. Alertado por um decreto de emergência do governador Tião Viana (PT), no começo do mês, o governo federal formou uma equipe para atender à demanda por documentação, regularização e assistência de saúde e alimentação. O abrigo ainda tem 900 imigrantes. "Eles continuam chegando", diz o coordenador de Direitos Humanos do Estado, Damião Borges de Melo.
Com a ajuda da força-tarefa do governo federal, organizada pelo Ministério da Justiça, as autoridades do Acre conseguiram viabilizar a retirada em uma semana de pelo menos 400 haitianos, que partiram com documentos regulares, como ocorreu com o grupo levado ao Paraná.
Acampamento. Foi no acampamento do Acre que o executivo da Frangos Canção encontrou parte da mão de obra que procurava. Com exportação de frango para mais de 70 países, além de abastecer 23 Estados, e faturamento de R$ 980 milhões em 2012, a empresa acaba de comprar duas unidades de produção em Santa Catarina.
"Discutimos o assunto dos haitianos e chegamos à conclusão de que poderíamos encontrar uma boa solução para nós e para eles", disse Ciliomar Tortola, diretor de operações da GT Foods. Além da Frangos Canção, o grupo tem outras três marcas. A empresa tem seis plantas de abate com capacidade para processar 470 mil frangos/dia. "Vamos olhar para eles (imigrantes) com cuidado", disse Tortola, ao saber que há no grupo haitianos que falam francês, espanhol, inglês, além do creole, e têm formação superior.
É o caso do recém-chegado Chealove Felix, de 25 anos. Interessado em estudar comunicações no Brasil, Chealove é radialista e era um dos 43 imigrantes em Indianópolis. Falando francês, perguntava como deveria fazer para trazer a namorada.
Convívio. Circulando pela cidade após o expediente, os cidadãos haitianos que chegaram antes acompanham os novatos. Eles lotam a lan house da praça principal de Indianópolis para se comunicar via internet com parentes que vivem no Caribe.
Para o haitiano Carlo Alexis, de 31 anos, um dos "ranmase poul", que no creole quer dizer "pegando galinhas", o trabalho de encaixar frangos e carregar caminhões era a oportunidade esperada.
Evangélico, Alexis trabalha em uma das 11 equipes dirigidas pelo coordenador Paulo Cesar Leite, encarregado da operação nas granjas.
Com contratos de trabalho temporário, por causa da exigência de renovação das carteiras especiais de imigrantes, que vencem em prazo de seis meses, os haitianos vão ocupar três casas alugadas pela empresa na cidade por 90 dias. Depois desse prazo, terão de pagar seus aluguéis e outras despesas.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,parana-terra-dos-sonhos-dos-haitianos,1023499,0.htm

No Rio Grande do sul tem muitos haitianos trabalhando em varias empresas.

Haitianos no Rio Grande do Sul enviam parte do salário para parentesA assessoria de Relações Internacionais da comissão disse que, em geral, os imigrantes enviam mensalmente US$ 100 (cerca de R$ 200) por mês às famílias

Agência Brasil
Publicação: 02/05/2013 16:07 Atualização:

Os imigrantes haitianos contratados por empresas do Rio Grande do Sul têm o hábito de reservar parte do salário para enviar aos parentes que ficaram no país. Desde 2012, quando intensificou a entrada irregular desses imigrantes no Brasil, pela fronteira do Acre com o Peru e a Bolívia, por volta de 400 deles foram contratados por empresas gaúchas.

O levantamento é da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A assessora de Relações Internacionais da comissão, Sandra Vial, disse à Agência Brasil que, em geral, os imigrantes enviam mensalmente US$ 100 (cerca de R$ 200) por mês às famílias.

“Agora, nós estamos trabalhando aqui para conseguir que eles possam enviar o dinheiro aos familiares no Haiti livres do pagamento de taxas. Qualquer US$ 5 [cerca de R$10] é muito dinheiro para eles”, ressaltou Sandra Vial. Ela destacou que a comissão, desde junho do ano passado, não recebe denúncia de violação de direitos humanos praticada por empresários gaúchos.

O perfil dos haitianos aponta que alguns têm formação profissional - como médicos, advogados e engenheiros. Para a assessora da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, a imigração “em massa” tem causado danos irreparáveis ao Haiti. “A única saída é pressionar as Nações Unidas para que priorize a reconstrução do país, destruído pelo terremoto de 2012”, ponderou Sandra Vial.

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A Indústria e Comércio de Massas Romena, em Gravataí (RS), tem 30 haitianos no quadro de pessoal. A responsável pelo setor de Recursos Humanos da empresa, Raquel Hubner, disse que 21 foram contratados em 2012 e os demais chegaram por conta própria. A maioria trabalha no transporte de mercadorias, e dez mulheres atuam na cozinha. “Eles são dedicados e não faltam”, observou a funcionária da empresa alimentícia. A indústria está investindo em aulas de português, a pedido dos próprios haitianos.

Para Raquel Hubner, ainda existe resistência, por desconhecimento, por parte das empresas na hora de contratar os haitianos. Em março, ela disse que a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina enviou uma comissão à fábrica para conhecer o trabalho dos imigrantes e buscar informações sobre o desempenho deles.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, disse à Agência Brasil que o “desafio” enfrentado, agora pelo estado e pela força-tarefa do governo federal que está em Brasileia, é justamente acelerar o processo de contratação dos imigrantes que estão prontos para trabalhar no país. Segundo ele, 800 haitianos estão em Brasileia preparados para ingressarem no mercado de trabalho.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

FIM DO TETO DE VISTOS PARA HAITIANOS: O TRIUNFO DA RAZÃO
Governo acaba com limite de vistos concedidos aos haitianos. Antes, emissão máxima de vistos era de 1,2 mil por ano, agora, não há teto. Objetivo é evitar que imigrantes entrem irregularmente.

O governo federal acabou com o limite de vistos permanentes em caráter humanitário para os haitianos. A decisão foi publicada na edição do “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (29/04/2013).

O Conselho Nacional de Imigração (CNIg), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), alterou a resolução que estabelecia o limite de 1,2 mil vistos por ano, cerca de 100 por mês. O CNIg é responsável por formular e orientar as atividades de imigração no país.

A partir de agora, não existe mais um teto para a emissão do documento. O objetivo da mudança é diminuir a entrada irregular de haitianos para evitar que os imigrantes utilizem coiotes (que fazem o tráfico de pessoas nas fronteiras), segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty.

Outra mudança estabelecida pelo governo são os locais de expedição do visto. Antes, os documentos podiam ser emitidos apenas pela embaixada do Brasil em Porto Príncipe, segundo o MRE. Após a alteração da norma, o Itamaraty fica autorizado a habilitar outras embaixadas e consulados para expedir os vistos.

O Ministério das Relações Exteriores, porém, ainda não determinou quais serão os novos postos, conforme informou a assessoria do órgão.

Os vistos permanentes em caráter humanitário tem validade de cinco anos e podem ser concedidos apenas fora do país.

Força-tarefa
Em nove de abril, o governador do Acre, Tião Viana (PT), decretou situação de emergência social para as cidades de Epitaciolândia e Brasiléia devido à entrada excessiva de imigrantes. No dia 12 de abril, uma força-tarefa foi montada nos locais para regularizar a situação.

Foram enviados para a região servidores do Ministério do Trabalho, Justiça, Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Polícia Federal e Defensoria Pública da União.
O Ministério da Justiça informa que a força-tarefa no Acre já regularizou a situação de 1.439 imigrantes até esta segunda (29). Conforme dados do MJ, cerca de 10 mil haitianos entraram no Brasil ilegalmente desde 2010.

Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, a preocupação do governo agora é com a inserção dos haitianos no mercado de trabalho. O secretário estima que cerca de 800 imigrantes regularizados pela força-tarefa já deixaram o Acre ou encontraram emprego no estado.

(G1 – 29/04/2013)

sábado, 27 de abril de 2013

Informação 21-04-2013

Padre haitiano se diz “impotente” com postura de seu país diante da imigração para o Brasil


21 de abril de 2013 - 9:45:05
Haitiano e pároco em 16 comunidades de Rio Branco (AC), o missionário católico da Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago (SSST), Onac Axenat, se sente “impotente com a falta de atitude” dos governantes de seu país diante da imigração em massa de conterrâneos para o país.

Entre dezembro de 2012 e março deste ano ele visitou o Haiti e conversou com diversas autoridades sobre a ação de coiotes que aliciam no país pessoas para imigrar ilegalmente para o Brasil.

“As autoridades [haitianas] não se manifestam como se [isso] não fosse culpa deles”, disse Axenat.
Nos meses que passou no Haiti, o missionário disse ter visitado cinco cidades. Segundo ele, todas funcionam em aparente normalidade. “Então, essas pessoas vêm de onde?”, questiona o padre haitiano.

Assim que os imigrantes começaram a entrar no Brasil, em 2011, pelos municípios acrianos de Assis Brasil e Brasileia, Onac Axenat disse que ajudava o governo do estado e seus conterrâneos na assistência a essas pessoas.

O problema, acrescentou, é que a imigração não parou mais e todos os dias entram dezenas de haitianos pela fronteira brasileira com o Peru e a Bolívia.

Para ele, os aliciadores haitianos se aproveitam das dificuldades enfrentadas pelos cidadãos mais carentes, maioria da população. “Tem muita gente sem documento, sem nada. Como vão ficar essas pessoas? O país está morto”, relatou o pároco.

O padre foi a primeira pessoa a denunciar o tráfico de haitianos para o Brasil. Em novembro de 2012, em entrevista àAgencia Brasil na capital Rio Branco, ele ressaltou que o alto número de cidadãos do Haiti caracterizaria tráfico de pessoas e não um simples processo migratório.

“Alguns [dos imigrantes] venderam tudo no Haiti. A promessa era de que receberiam salários no Brasil entre US$ 1 mil e US$ 2 mil”, disse na ocasião.

Agência Brasil