domingo, 25 de maio de 2014

Noticia 15 de maio de 2014.

Oportunidade para recomeçar

Em Jaraguá do Sul, um dos pioneiros na contratação de haitianos é a KS Embalagens
Cada vez mais empresas catarinenses têm se mostrado interessadas pela contratação de mão de obra haitiana.  Apenas neste mês, 42 imigrantes foram recrutados no Acre, pela empresa Linky Gestão de Pessoas e Processos, de Jaraguá do Sul, para trabalhar em Pomerode.

Segundo a consultora Fharida Kalinke, mais de 90 haitianos já foram trazidos para trabalhar na região, em aproximadamente um ano.  Ela explica que o principal motivo para a contratação de haitianos é a carência de pessoas que se interessam pelo trabalho em vagas base de produção, em determinados setores. Entre eles, têxtil, automecânico, embalagens e limpeza.

Segundo Fharida, Santa Catarina conta também com imigrantes do Peru, Bolívia e Colômbia, mas a grande leva vem mesmo do Haiti. “Por eles estarem vindo em situação humanitária, como refugiados, o governo brasileiro ajuda com a regularização de documentação e visto. O que facilita a contratação e demonstra ainda uma maior tendência de contratação destes imigrantes”, explica.

Em Jaraguá do Sul, um dos pioneiros na contratação de haitianos é o proprietário da empresa KS Embalagens, Luiz Stinghen. Há três anos, ele trouxe seis imigrantes que estavam refugiados no Acre.
“Na época vi uma reportagem no Fantástico sobre estes refugiados. Decidi ir até lá. Quando cheguei fiquei assustado com as condições em que os haitianos viviam. Eram cerca de mil, todos buscando uma oportunidade. Mas, eu só tinha seis vagas para oferecer”, lembra Luiz.

Além do emprego, a empresa de Luiz ofereceu ainda auxilio com despesas. Por um ano, os haitianos receberam ainda auxilio com moradia, energia e água. Aulas de português também foram imprescindíveis. Como no Haiti, a língua oficial é o francês, além do dialeto crioulo, três meses de aula de português foram fundamentais. “ A maioria dos haitianos também fala espanhol, o que facilitou muito o aprendizado”, complementa Luiz.

Colaboradores exemplares
Segundo Fharida, as empresas de modo em geral estão satisfeitas com a contratação de haitianos. Comprometimento, bom humor e disponibilidade para o trabalho são suas principais qualidades. “Eles realmente vestem a camisa da empresa”, completa.

Luiz também se mostra satisfeito com a contratação e afirma que a intenção é contratar mais haitianos. “Não tenho do que reclamar. De maneira em geral, eles são ótimos trabalhadores. Trabalham porque querem e porque precisam”, finaliza.

Esperança de uma vida melhor
Os haitianos Guimps, 30 anos, e Wndel, 31 anos, foram escolhidos pela empresa de Luiz, há cerca de três anos. Recrutados no Acre, eles contam que já passaram fome, frio e muitas outras dificuldades. Tempo esse que ficou para trás.

“No Haiti não tínhamos emprego, não tínhamos dinheiro para nada. Aqui temos oportunidades. Podemos sustentar nossas famílias, dar uma vida melhor aos nossos filhos”, enfatiza Guimps.
Há quase um ano, a empresa também ajudou os haitianos a trazerem suas famílias para o Brasil. Guimps mora com sua esposa, uma irmã e sua filha, Emanuele, de apenas oito meses, e brasileira. “A saudades de quando estávamos separados era dolorosa. Agora estou feliz, estamos todos juntos, e todos empregados”, conta.

Já Wndel mora em Jaraguá do Sul com a esposa e seu filho, Wndelson, de três anos. Ele conta que a saudade da família foi difícil enquanto estavam separados, mas a vontade de ter uma vida melhor foi muito maior. “Quando eles chegaram, meu filho não me reconheceu. Ele não cresceu comigo. Foi muito difícil. Mas, hoje vejo que valeu a pena”, destaca.

Com visto garantido até 2021, os haitianos planejam comprar uma casa na cidade e voltar a estudar.  E garantem: não querem mais voltar para seu país de origem. “ Queríamos apenas ir visitar o restante de nossas famílias que ficaram no Haiti, mas ficar mesmo aqui”, finalizam.

Noticia 17-05-2014

Brasil terá 50 mil imigrantes haitianos até o fim do ano

Pesquisa da PUC Minas revela que 40% dos haitianos no Brasil têm curso médio e 30% trabalham na construção civil

Bertha Maakaroun
Leonardo Augusto
Publicação: 17/05/2014 06:00 Atualização: 17/05/2014 07:16

Aos 33 anos, viúvo, o imigrante haitiano Marco Comblonini acalenta um sonho: trazer os três filhos de 4, 8 e 11 anos para o Brasil, onde tem emprego formal de pedreiro. Ganha R$ 1,2 mil e todos os meses separa a metade para enviar à irmã que cuida das crianças. Sempre atuando na construção civil desde que desembarcou no Brasil, já desempenhou funções de carpinteiro e de pintor. É assíduo no trabalho, mantém boas relações sociais, respeita hierarquias e teve adaptação tranquila. Pesquisa inédita com a combinação de métodos quantitativo e qualitativo, realizada entre julho e novembro de 2013, que traça o perfil da imigração haitiana ao Brasil, divulgada ontem pelos professores da PUC Minas Duval Fernandes e Maria da Consolação Gomes de Castro e pelo representante da Organização Internacional para as Migrações (OIM) indica que, assim como Marco Comblonini, 30% dos imigrantes haitianos, no Brasil, são absorvidos pela construção civil.
Cerca de 70% dos haitianos que vivem no Brasil estão em idade ativa, entre 18 e 50 anos, são homens, dividem a moradia com outros imigrantes e decidiram migrar por causa do caos e da falta de perspectiva profissional no país caribenho, devastado por um terremoto, de 7 graus na escala Richter, em janeiro de 2010. Pouco mais de 40% dos imigrantes haitianos têm escolaridade de nível médio completo ou incompleto. “A ideia de que a maioria deles seja analfabeta não é verdadeira, sendo muito pequeno o número dos que não têm nenhuma instrução. Estamos ganhando com a presença deles aqui”, afirma Duval.

Segundo o professor Fernandes, a taxa de ocupação dos haitianos é maior do que a dos brasileiros. “Em geral essa é a regra entre imigrantes: fazem trabalhos que ninguém quer. Em Porto Velho (RO), por exemplo, 70% dos empregados de uma empresa de coleta de lixo são haitianos”, assinala o professor. “A maior parte está trabalhando em condições semelhantes à dos brasileiros”, acrescenta o professor. Assim é com Elson Charles, de 32, há seis meses em Belo Horizonte. Ajudante de jardinagem, com um salário de R$ 1 mil, acaba de conquistar no Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) sua carteira de motorista. “Vou ser caminhoneiro”, diz o haitiano, que luta para aumentar seu salário e oferecer uma condição de vida melhor para os três filhos e a mulher que continuam no Haiti. “Um dia ainda vamos nos reunir”, espera ele.

Um pouco diferente é a trajetória de Jean Evens, de 33, há dois anos vivendo em Contagem. Ele veio com a mulher e o filho menor de dois anos, deixando com a mãe, no Haiti, as duas filhas, de 3 e 12 anos. Trabalhou por um ano e sete meses em uma empresa de alimentação como carregador noturno: ganhava entre R$ 1,1 mil e R$ 1,3 mil. Mas há poucos meses a empresa reduziu o quadro e Jean ficou desempregado. Está agora trabalhando, em um “bico”, com carga e descarga em uma transportadora. “Quero ficar no Brasil, guardar dinheiro, construir uma casa e trazer as minhas filhas. Aluguel aqui é muito caro”, revela ele, que tem instrução de nível médio e em seu país trabalhava como segurança e pescador do próprio barco.

coiotes Há, no Brasil, cerca de 34 mil haitianos, segundo estimativa Duval Fernandes, que calcula 50 mil até o fim deste ano. No conjunto do fluxo migratório que chega ao país, eles representam 10% do contingente – há quatro anos eles não passavam de duas centenas, mas, no fim de 2011, somavam 4 mil. As estatísticas fazem do Brasil o maior ponto do tráfico de imigrantes haitianos da América do Sul: 75% passam pelo Equador, seguem para o Peru e ingressam no Brasil por Tabatinga e Brasileia, fazendo, na fronteira, o pedido de refúgio. Apenas 5% deles tomam rotas distintas com passagem pela Argentina, Bolívia ou Chile antes de imigrar para o Brasil. Cerca de 20% saem do Haiti com vistos obtidos nos consulados e fazem escala no Panamá, antes de desembarcar nos aeroportos de Belo Horizonte, Brasília ou  São Paulo.

“Eles demoram em média 15 dias para chegar ao Brasil e gastam no trajeto cerca de US$ 2,9 mil”, explica o professor Fernandes, considerando ainda que as despesas podem ser mais altas e chegar a mais de US$ 5 mil. “Muitos são coptados por um poderoso esquema, que se vale de coiotes haitianos, que acenam com promessas de altos salários. As casas são hipotecadas em troca de empréstimos em espécie e do serviço burocrático da viagem”, afirma o pesquisador. “É grande a vulnerabilidade desses 80% de imigrantes que entram no país dessa forma, sobretudo pelo Peru”, acrescenta, lembrando que, após o trajeto até a fronteira brasileira, é longo o processo para a regularização da situação migratória: depois de solicitar o refúgio, a abertura do processo leva à emissão de um protocolo que permite ao imigrante a obtenção de carteira de trabalho e CPF provisórios.

Embora estejam em 286 cidades brasileiras, 75% dos haitianos estão concentrados em São Paulo, em torno de 10% em Manaus e 7% – cerca de 3 mil – em Minas Gerais, sobretudo em Belo Horizonte e Esmeraldas e Contagem, ambas na Grande BH. “O Brasil não é mais o país de imigração do início do século nem o país da emigração dos anos 1980. Somos hoje um país de imigração, emigração e trânsito, além dos brasileiros que retornam depois de viver muitos anos no exterior. A questão migratória é atualmente muito maior do que foi no passado”, considera Duval Fernandes. Segundo ele, considerando a redução da taxa de natalidade no país, em 2030, a população brasileira começará a encolher, e mais da metade das aposentadorias serão bancadas pela contribuição dos imigrantes.

Informacao.

16/5/2014 às 22h08 (Atualizado em 20/5/2014 às 13h37)

Haitianos estão decepcionados com empregos no Brasil, revela pesquisa

   

R7
         
Uma pesquisa realizada por uma universidade de Minas Gerais revela os haitianos estão decepcionados com os empregos oferecidos no Brasil. Apesar da boa escolaridade, quando chegam ao País, não encontram as oportunidades que esperavam.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Informacao 20-03-2014

20/03/2014 09h21 - Atualizado em 20/03/2014 09h21

Cartilhas para orientação de haitianos devem chegar ao AC em abril

Material será disponibilizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Comitê esteve em Brasiléia entre os dias 11 e 14 de março.

Caio Fulgêncio Do G1 AC
Abrigo em Brasiléia com capacidade para abrigar cerca de 400 pessoas, atualmente atende 1200 imigrantes  (Foto: Veriana Ribeiro/G1) 
Abrigo em Brasiléia atende atualmente
1.800 imigrantes (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
 
 
Após uma visita ao Acre, durante os dias 11 e 14 deste mês, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha se propôs a enviar cartilhas de orientação para os imigrantes alojados no município de Brasiléia, distante 232 km de Rio Branco. Segundo a Secretaria de Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) a previsão é que o material chegue ao estado em abril.

De acordo com o secretário em exercício, Ruscelino Barbosa, as cartilhas, escritas em creole, trazem orientações no que diz respeito à saúde e cultura para nortear a chegada dos imigrantes. Esse mesmo material já é utilizado pela Cruz Vermelha junto à população do Haiti. "São informações gerais que o haitiano pode ter acesso ao chegar no Brasil", explica.

Barbosa lembra ainda que é uma iniciativa que reforça o trabalho que o estado já faz em Brasiléia desde 2010. "Essa cartilha vem fortalecer esse serviço que nós já fazemos no acampamento", afirma.
Segundo o técnico da Sejudh, Damião Borges, o número de imigrantes em Brasiléia é em torno de 2.200. No abrigo público, existem uma média de 1.800. "A maioria está esperando as águas [do Rio Madeira] baixarem", diz. Quanto à chegada, Borges diz ainda que continuam chegando de 40 a 50 imigrantes por dia.

domingo, 16 de março de 2014

Noticia Fevereiro de 2014

Sem mão de obra, Santa Catarina importa haitianos

Concentração de frigoríficos e empresas da construção civil no oeste do Estado já atraiu mais de 900 haitianos que suprem a escassez de mão de obra na região

Mariana Zylberkan, de Chapecó
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Milio Louicinol e Olson Pierre deixaram o Haiti para tentar nova vida no Brasil
Milio Louicinol e Olson Pierre deixaram o Haiti para tentar nova vida no Brasil - Mariana Pollara Zylberkan
O haitiano Olson Pierre, de 30 anos, tem dois diplomas de nível superior – psicologia e serviço social – e fala três línguas – francês, espanhol e inglês. Seu conterrâneo, Milio Louicinol, de 32 anos, tem uma carreira como engenheiro químico e já trabalhou em multinacionais. Há oito meses, eles decidiram trabalhar como operários da linha industrial de abate de suínos no frigorífico Aurora, na cidade de Chapecó, no oeste de Santa Catarina. O objetivo é tentar fugir da miséria que assola seu país desde o terremoto que matou 220.000 pessoas – o equivalente a uma Chapecó inteira – e deixou 1,5 milhão de desabrigados há quatro anos. Louicinol trabalha oito horas por dia em uma câmara frigorífica em temperaturas negativas. Desacostumado ao frio, ele diz ter sofrido com dores de cabeça diárias quando chegou, mas não desistiu. Nos últimos meses, conseguiu poupar boa parte do salário de 1.500 reais e agora pretende trazer a noiva que vive no Haiti para o Brasil, como fez o colega Pierre, que vai se casar até o final do ano. Pierre e Louicinol fazem parte de um grupo de 800 haitianos que chegaram a Santa Catarina no ano passado atraídos pela oferta de trabalho, segundo dados da Polícia Federal.

Leia também: Haiti-Brasil, os perigos no caminho
O fluxo imigratório começa em uma longa jornada no sul do Acre, precisamente na cidade de Brasileia, na fronteira com a Bolívia, onde fica o abrigo montado pelo governo estadual para receber os haitianos. Segundo o Ministério Público Federal, o galpão com 4.500 m² e capacidade para 400 pessoas abriga atualmente 1.244. No ano passado, o posto da Policia Federal em Epitaciolândia, cidade vizinha a Brasileia, registrou a entrada de 10.110 haitianos – 74% do total (13.669) de haitianos que cruzou a fronteira para o Brasil.
“Eles são absorvidos pelos setores da construção civil, frigoríficos, limpeza urbana e linhas de produção industrial em postos que os brasileiros não querem mais ocupar”, diz Paulo Sérgio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho.
Desde 2010, ano da tragédia que arruinou o país caribenho, o Brasil emitiu 12.352 carteiras de trabalho para haitianos. Desse total, 5.670 estão registrados e trabalhando atualmente – mais da metade na região Sul. Polo da agroindústria, o oeste catarinense tornou-se um dos principais destinos. A economia catarinense tem crescido nos últimos anos alavancada pela crescente exportação de alimentos para China e Japão.
Semanalmente, em média três empresas enviam representantes para recrutar haitianos em Brasileia. O perfil ideal é o de homens que deixaram a família no Haiti. A maioria das empresas oferece moradia e alimentação nos três primeiros meses e transporte do Acre para Santa Catarina em um ônibus. Segundo empresários da região, o custo de 2.000 reais por haitiano compensa pela escassez de mão de obra para trabalhar em frigoríficos e a economia com a automação da produção. Na linha de desossa de coxa e sobrecoxa de frango, por exemplo, uma máquina capaz de fazer o trabalho de até seis operários custa cerca de 1 milhão de reais e o investimento leva dez anos para ser revertido em lucro. “Temos também o crescimento da exportação para o mercado japonês, que exige perfeição dos cortes de carne, o que só pode ser feito com as mãos”, diz Neivor Canton, vice-presidente da Aurora, que emprega 390 haitianos.
A necessidade de sobrevivência e o compromisso de sustentar a família à distância fazem os haitianos tolerar mais as condições de trabalho nos frigoríficos. A atividade é a mais perigosa no Estado de Santa Catarina, segundo o Anuário de Acidentes de Trabalho elaborado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – foram 2.381 acidentes em 2011. No Brasil, no mesmo período, foram contabilizados 19.453 acidentes no setor. O abate de suínos e aves registra altíssimos índices de desenvolvimento de transtornos de humor, como depressão. “A prova mais evidente da precarização das condições de trabalho é a contratação de imigrantes, indígenas, presos do regime semiaberto e pessoas que chegam a residir de 200 a 300 quilômetros do local de trabalho. O resultado é uma verdadeira epidemia de doenças ocupacionais”, diz o procurador Sandro Eduardo Sardá, do Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina.

Rota percorrida por haitianos até chegar ao sul do Brasil

Emprego e família – O haitiano Saint Souis Noel, de 27 anos, trabalha há cinco meses no abate de peru na Sadia, em Chapecó, recebe 980 reais por mês, e já sente os reflexos do trabalho pesado. Ele diz sofrer de uma dor intermitente no braço esquerdo, causada pelas horas pendurando animais de até 11 kg em ganchos da linha de produção. Noel teve a passagem para Santa Catarina custeada pelo irmão que está há quase dois anos no Brasil. “Não conheço os direitos trabalhistas no Brasil, não sei se posso pedir afastamento”, diz. Mesmo com as queixas, Noel não hesita em afirmar que prefere o trabalho no Brasil a enfrentar o desemprego que atinge mais de 60% da população do Haiti.
A falta de trabalho até na República Dominicana, país vizinho e mais próspero por causa do turismo, fez o haitiano Smith Rivette, de 32 anos, deixar o emprego de recepcionista de hotel, que lhe rendia salário de 1.000 dólares na alta temporada, para trabalhar na linha de produção de um frigorífico em Chapecó, com salário de 1.120 reais. “Vim atrás de boas oportunidades proporcionadas pela Copa do Mundo no Brasil, mas me iludi”, afirma. A desilusão no trabalho, porém, foi compensada pela sorte no amor: no frigorífico, ele conheceu a noiva, a catarinense Crisiane Cheneiedr, de 34 anos. O casal planeja se casar no primeiro semestre deste ano e está poupando dinheiro para trazer o pai de Rivette ao Brasil para a festa – o destino da lua de mel será Natal (RN).
A formação de famílias de haitianos em solo brasileiro se torna mais recorrente à medida em que os primeiros imigrantes conseguem deixar os dormitórios montados pelas empresas, que chegam a abrigar até 55 homens, e montar seus próprios lares. O casal Renise Petimey, de 21 anos, e Ginior Andre, de 29 anos, namoravam quando deixaram o Haiti, onde Andre trabalhava como recepcionista e sonhava com uma vida melhor no ramo da construção civil no Equador. Após oito meses, ele seguiu a rota já percorrida por 15.000 haitianos desde 2010 até Brasileia (AC). Após um mês de espera pela emissão da carteira de trabalho no Acre, chegou a Chapecó como funcionário de um empresário que foi ao Estado procurar trabalhadores para sua fábrica de piscinas. A fibra em pó tóxica inalada por Andre o fazia vomitar sangue e, por isso, deixou o emprego para trabalhar no frigorífico Aurora. No fim do ano, o casal oficializou a união em cerimônia custeada pela empresa. “O Brasil é bom para nós, eu só não gostei do chimarrão, é muito amargo”, diz Renise.
Primeira geração - Famílias de haitianos não apenas se formam como também crescem no oeste catarinense. O pequeno Natan, de 9 meses, é um dos primeiros descendentes de haitianos chapecoense. A mãe, Philomise Saint-Fleur, de 37 anos, veio para o Brasil há dois anos em busca de uma vida melhor para as duas filhas que deixou no Haiti. “Depois do terremoto, veio o cólera que deixou tudo pior. O que ia ser das minhas filhas? Precisei dar um jeito.”
Philomise fez a travessia que passa pela República Dominicana, Equador, Peru e Bolívia até chegar ao Acre, onde foi recrutada para trabalhar em uma empresa de tratamento de afluentes em Chapecó. Antes, passou oito meses no Equador trabalhando em uma fazenda de bananas, com remuneração de dez dólares por dia. Juntou dinheiro e continuou a viagem até o Brasil. Neste mês, ela recebeu a irmã na casa alugada pelo patrão, onde mora com Natan. “Agora, meu sonho é trazer a minha caçula e poder pagar a faculdade da mais velha.”
O caso de Philomise, que hoje vive em uma casa custeada pelo empregador, não é o único. Gustave Michel, de 44 anos, tornou-se o braço direito de um empresário de Chapecó e ganha 1.500 reais como chefe de obras. Há um ano, ele trouxe a mulher, Velouse Dominique, de 30 anos, que engravidou no Brasil. Ao chegar a Chapecó, Velouse tentou dar continuidade ao trabalho de cabeleireira que tinha no Haiti, mas não deu certo. Agora, arrumou emprego no abate de peru e reclama de dores no corpo por causa do grande esforço físico. O casal vive em uma casa alugada pelo patrão de Michel. “Não tem jeito, ouço a história deles e não tem como não se envolver. Ajudo no que posso”, diz o empresário Erico Tormen.

sábado, 15 de março de 2014

Lista de Haitianos Residencia Permanente no Brasil publicado no Diario Oficial no dia 25 de Fevereiro de 2014. Paginas 94 e 95. Os haitinos tem o prazo de 90 dias a partir da Publicacao no Diario Oficial para apresentar a documentacao junto a Policia Federal mais proxima aonde vivem.

SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE ESTRANGEIROS
DESPACHO DO DIRETOR ADJUNTO
Tendo em vista a autorização de concessão de permanência
no País, outorgada pelo Conselho Nacional de Imigração, com base
na Resolução Recomendada nº 08, de 19 de dezembro de 2006, c/c a
Resolução Normativa nº 27, de 25 de janeiro de 1998, ambas daquele
Colegiado, publicada no Diário Oficial da União de 25 de junho de
2013, Seção 1, págs. 57 a 59, concedo a residência permanente aos
nacionais haitianos, abaixo relacionados, no Território Nacional:


Processo N° 08221.001500/2012-18 - JULIENNE DORIVAL
Processo N° 08221.001659/2012-32 - JACQUES HANDSKY
DESIRA
Processo N° 08221.000464/2012-75 - ROBENS PIERRE
Processo N° 08221.001505/2012-41 - ARSENE ANTOINE
Processo N° 08221.002653/2012-82 - RENOLD CHARLES
Processo N° 08221.001594/2012-25 - RUBENS CHARLES
Processo N° 08221.002654/2012-27 - ROLSY DERVIL
Processo N° 08221.001507/2012-30 - EDELINE JOSEPH
Processo N° 08221.001503/2012-51 - WILNA EDOUARD
Processo N° 08221.000319/2012-94 - ELIASSAINT ALCINE
Processo N° 08221.000827/2012-72 - ELIAZAR CHARLES
Processo N° 08221.001692/2012-62 - ELONDIEU DERVIL
Processo N° 08221.002708/2012-54 - CLARENE ESPENOR
Processo N° 08221.002635/2012-09 - FODLER LOUIS
Processo N° 08221.002633/2012-10 - WALNER JACQUET
Processo N° 08221.002688/2012-11 - ELMULLER JANVIER
Processo N° 08221.001506/2012-95 - YCLIDE JEAN
Processo N° 08221.000321/2012-63 - JULIEN ADECLAT
Processo N° 08221.001537/2012-46 - LEON JUNIOR ROMULUS
Processo N° 08221.001504/2012-04 - MARICILE DESIR
Processo N° 08221.002634/2012-56 - MELICE MATHIAS
Processo N° 08221.002689/2012-66 - QUARLESS MAXINEAUX
Processo N° 08221.001502/2012-15 - MITHA DESIR
Processo N° 08221.001706/2012-48 - MEDOUANIS
NOEL
Processo N° 08221.001690/2012-73 - BERNADEL OLIVIER
Processo N° 08221.001697/2012-95 - BENJAMIN PREDESTIN
Processo N° 08221.002661/2012-29 - RONALD PREVALUS
Processo N° 08221.001593/2012-81 - ROBERT LEONARD
Processo N° 08221.001539/2012-35 - RODNEY CHRYSOSTOME
Processo N° 08221.001595/2012-70 - JOHNSON ROMAIN
Processo N° 08221.001660/2012-67 - ROODY APPOLOM
JOACHIM
Processo N° 08221.002652/2012-38 - LICKA SANON
Processo N° 08221.002662/2012-73 - RAYMOND SAUL
Processo N° 08221.000518/2012-01 - SCHNEIDER DASSE
Processo N° 08221.000330/2012-54 - STRALUS CERAN
Processo N° 08221.002636/2012-45 - NAHUM THOMAS
Processo N° 08221.001658/2012-98 - DUCKENS VALERIS
Processo N° 08221.000323/2012-52 - WESLER CLERVEAUX
Processo N° 08221.001597/2012-69 - WILGUERRE HERISSER
Processo N° 08240.029288/2011-44 - WILLIAM PIERRE
Processo N° 08221.000322/2012-16 - WILNIE BEAUBRUN
Processo N° 08221.000320/2012-19 - WISLET MARIUS
Processo N° 08221.002698/2012-57 - JAMES-REMY YMBERT
Processo N° 08221.002697/2012-11 - YRONCE ALDAJUSTE
Processo N° 08221.001657/2012-43 - YVES ARTHUR LALANNE
Processo N° 08221.001707/2012-92 - EMMANUEL MANACE
Processo N° 08221.001508/2012-84- MARCELIN GEFFRARD
Processo N° 08221.001691/2012-18 - WILLIOT SAINT ILMOND
Processo N° 08221.002637/2012-90 - ELSON BLANC
Processo N° 08221.001582/2012-09 - ARNOLD SUPRENA
Processo N° 08221.001516/2012-21 - RAPHAEL DESINOR
Processo N° 08221.001513/2012-97 - FEDNEL LOUIS
Processo N° 08221.001649/2012-05 - JEAN CLAUDE
SAINTE
Processo N° 08241.001034/2013-13 - JEAN FRITZ CHARLES
Processo N° 08241.000712/2013-21 - WILLIAM SAINTELIAS
Processo N° 08241.000687/2013-85 - ROSELINE BUISSERETH
Processo N° 08241.001042/2013-60 - ACHELEY ST-HELAS
Processo N° 08241.001050/2013-14 - EDY AMOUS
Processo N° 08241.001045/2013-01 - JEAN FRANÇOIS
FONTILUS
Processo N° 08241.001048/2013-37 - PIERRE-RONALD
BIEN-AIME
Processo N° 08221.001548/2012-26 - AUGUEL LEON
Processo N° 08221.001547/2012-81 - ANGELET CHARLEMOND
Processo N° 08221.001538/2012-91 - ELDAM LOUIS
Processo N° 08221.003425/2012-20 - GUSMANN EXCELLENT
Processo N° 08241.000966/2013-49 - RICHEMOND ORNEUS
Processo N° 08241.000944/2013-89 - JEAN OSMANE
PIERRE
Processo N° 08241.000694/2013-87 - JEAN-EMMANUEL
VALERE
Processo N° 08241.000691/2013-43 - JEAN VENICE JUSTIN
Processo N° 08241.000702/2013-95 - JEAN ESPERANCE
SAINRILUS
Processo N° 08241.000734/2013-91 - NOLT ST-GERMAIN
Processo N° 08241.000731/2013-57 - ROGERSON EMILE
Processo N° 08241.000728/2013-33 - JULIO PIERRE
Processo N° 08241.000971/2013-51 - HERMITE CAMILLE
Processo N° 08241.001033/2013-79 - SALVINER TERVILUS
Processo N° 08221.001583/2012-45 - EDRISTE LEGROS
Processo N° 08221.003784/2012-87 - DORCELY FILS-AIME
Processo N° 08221.003786/2012-76 - JEANNE-MARIE
ELISCA
Processo N° 08221.003790/2012-34 - ANOUSE GEORGES
Processo N° 08221.003791/2012-89 - DARLINE PIERRE
LOUIS
Processo N° 08221.003789/2012-18 - BASELAIS NOSIUS
Processo N° 08221.003273/2012-65 - BAZILE JEAN
Processo N° 08221.003272/2012-11 - JEAN SAMUEL BIGOT
THOMAS
Processo N° 08221.003288/2012-23 - BAINET JEAN BAPTISTE
Processo N° 08221.003287/2012-89 - JOANES PIERRE
Processo N° 08221.003433/2012-76 - JEAN RIGUEUR
ELASME
Processo N° 08221.003432/2012-21 - THELMA MONNACE
Processo N° 08221.003424/2012-85 - INNOCENT DESORMEAU
Processo N° 08241.001030/2013-35 - ANTOINE MONDESTIN
Processo N° 08221.003783/2012-32 - LEXIUS CIUS
Processo N° 08221.001596/2012-14 - RONALD ZEPHIRIN




sábado, 1 de março de 2014

Noticia 26-02-2014

Haiti, Acre e Copa 2014: histórias e terremoto, entre a fé e o futebol.

Após tragédia, haitianos entram de forma descontrolada no Brasil em rota que passa pelo Acre.

Haitianos trabalharam nas obras do Mineirão, inaugurado no início de 2013 (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com
Haitianos trabalharam nas obras do Mineirão, inaugurado no início de 2013 (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com

Alguns trabalham nas obras dos estádios que receberão jogos do Mundial

“O jornalismo esportivo nos reserva o privilégio de conviver, [...], com os sentimentos maiores e menores do ser humano. Prepare, amigo, a sua alma para o patético e para o lírico, para o amargo e para o sublime, [...], o homem odeia, castiga e perdoa. No esporte, como na vida, não há vitórias nem derrotas definitivas”. As palavras do acreano Armando Nogueira fazem acreditar que o esporte é capaz de ir além do que se imagina. E como é. É capaz de ligar três realidades completamente diferentes, de misturar pessoas e de nos fazer sonhar. O Haiti, o Acre e a Copa do Mundo de 2014 têm uma relação de dor, fé e a esperança que o futebol pode proporcionar.
A presença de trabalhadores haitianos foi confirmada nas obras da Arena da Amazônia, em Manaus, e Arena Pantanal, em Cuiabá. Os imigrantes também ajudaram na construção do Mineirão, em Belo Horizonte, e Arena Beira-Rio, em Porto Alegre. Eles entraram no país por Brasiléia (AC), Tabatinga (AM) e outras rotas.
Segundo a Unidade Gestora da Copa (UGP Copa), do Amazonas, atualmente, a Construtora Andrade Gutierrez conta com 54 haitianos trabalhando como funcionários terceirizados e 14 como funcionários diretos no canteiro de obras da Arena da Amazônia, todos recebendo salário superior ao piso mínimo estabelecido por lei. A Construtora Mendes Júnior, responsável pela Arena Pantanal, informou que 140 imigrantes do Haiti trabalham na obra atualmente. No Beira-Rio, são nove funcionários haitianos, todos contratados por empresas terceirizadas. Após a conclusão do estádio, os trabalhadores serão transferidos para outras obras.
Entre a desconfiança dos 22 mil habitantes do pacato município de Brasiléia, no interior do Acre, que faz fronteira com a Bolívia, e um futuro incerto, mais de 16.100 imigrantes já passaram pelo estado para entrar no Brasil, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos. A tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia, no Acre, é, há três anos, a principal porta de entrada dos haitianos, que começaram a chegar em dezembro de 2010, depois do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas no país caribenho.
Em Brasiléia, haitianos conhecem o mascote da Copa de 2014 (Foto: Amanda Borges/G1)
Em Brasiléia, haitianos conhecem o mascote da Copa de 2014 (Foto: Amanda Borges/G1)
Durante esse tempo, a rotina é a mesma: eles chegam, buscam a regularização dos documentos de imigração e vão para as grandes cidades do país em busca de um emprego e boas condições de vida. Alguns entraram pelo Acre e hoje estão ajudando a construir um dos maiores eventos que o país vai receber na década: a Copa do Mundo de Futebol. Porém, enquanto uns trabalham nas obras dos modernos estádios para receber os jogos, outros continuam chegando em Brasiléia, com o mesmo sonho.
Fã de grandes jogadores do Brasil e da Seleção comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o haitiano Wisly Delva, 30 anos, chegou em Brasiléia, localizado a 265km de Rio Branco, capital do Acre, no dia 24 de janeiro. Do Haiti ao Brasil, ele encarou uma viagem de sete dias e gastou cerca de R$ 6 mil. Especializado na área de construção civil, ele sonhava em trabalhar nas obras dos estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo.
img_3173- Não tenho nenhum amigo que esteja trabalhando nessas obras, mas queria estar lá. Sou fã do Brasil, dos jogadores… Ronaldo, Neymar, Cafu, Roberto Carlos… Acredito que o Brasil vai ser o campeão porque tem jogador para ganhar – apostou Delva, que deixou a família no Haiti e busca em terras brasileiras uma oportunidade de ter uma estabilidade financeira.
Mackson Joseph, 36 anos, cursava engenharia elétrica em uma universidade do Haiti. Há um mês em Brasiléia, ele pretende terminar o curso, mas por enquanto vai trabalhar em outra área. Joseph foi um dos selecionados para prestar serviço em um supermercado em Anápolis (GO).
- Tenho amigos que trabalham em obras de estádios em São Paulo e Rio Grande do Sul. Também queria estar lá, mas não consegui – completou Joseph.
Enquanto permanecem na terra de Armando Nogueira, os imigrantes buscam na fé uma forma de seguir em frente. Entre as milhares de malas, roupas e colchões velhos espalhados no abrigo onde estão, chama a atenção a religiosidade. É comum vê-los deitados lendo a bíblia. Mais comum ainda é o tradicional culto evangélico, realizado todos os domingos (veja o vídeo ao lado). Fieis e sonhadores, eles querem esquecer o passado e começar de novo em uma realidade ainda desconhecida.
ROTA, ABRIGO E TRABALHO
info_haitianos_no_acreO cotidiano da pequena Brasiléia mudou há três anos. No município, um abrigo mantido pelos governos do Acre e federal acolhe os imigrantes. No início, eram somente haitianos. Hoje, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), a fronteira conta com a chegada de haitianos, senegaleses, dominicanos e outras nacionalidades.
- Eles pegam um voo para o Panamá, de lá seguem de avião para o Equador, e depois de ônibus até Iñapari (Peru), fronteira do Brasil. Eles pegam um táxi e vem para Brasiléia, o que dá cerca de 110km. O Brasil está recebendo haitianos pela questão imigratória. Não podemos fazer nada. Nós trabalhamos com a questão dos direitos humanos, mas questão de documentos não é com a gente. Desde de dezembro de 2010 já se passaram mais de 16 mil imigrantes. No Brasil eu acho que tem mais de 30 mil – explicou o coordenador do abrigo, Damião Borges.
No começo, a população do município ‘abraçou’ a causa e mostrou solidariedade com a situação dos imigrantes. Porém, o tempo passou, as coisas não mudaram e a permanência dos ‘visitantes’ tem gerado incômodo em parte dos moradores de Brasiléia.
- A população ajudou muito pensando que seria passageiro, mas hoje virou rotina e a já está irritando muito. A pessoa reclama que vai ao banco e está lotado, vai na Receita… Ou seja, em todo lugar que vai fica lotado. Entre imigrantes já teve briga, mas entre brasileiros e imigrantes não. Sou daqui, mas evito ir nos lugares para não entrar em choque com a população. Me afastei de muitos lugares que eu ia antes para não ter que ouvir algumas coisas.
Hoje, o abrigo, que foi construído de forma provisória em um antigo clube de dança, tem capacidade para receber 400 pessoas, mas quase mil imigrantes estão no local. Este é o sexto lugar que eles ficam na cidade. O governo gasta R$ 12 em refeição para cada um. Ou seja, apenas em comida, são gastos cerca de R$ 12 mil por dia e R$ 360 mil por mês. A rotina é praticamente a mesma: enquanto uns saem, outros chegam. A média é de 50 por dia.
- Eles vêm porque foi colocado que aqui pagam em dólar, que é uma maravilha. De cada dez que chegam, a gente pergunta a profissão. Eles só têm duas, construção civil e comerciante. Eles falam isso porque a construção civil é mais fácil, mas é pesada. E a mulher é só comerciante, o que dificulta porque espaço para mão de obra é masculina. As empresas têm reduzido as contratações agora porque está tendo muito problema. A cada dez que eles levam, cinco desistem do trabalho em 30 ou 90 dias. É R$ 800,00 o custo mínimo para uma empresa levar um daqui. Eles abandonam porque não têm o hábito de trabalhar.
Abrigo com capacidade para 400 pessoas recebe quase mil imigrantes (Foto: Amanda Borges/G1)
Abrigo com capacidade para 400 pessoas recebe quase mil imigrantes (Foto: Amanda Borges/G1)
Além da construção civil, empresas de abatedores de aves e bovinos são as que mais contratam os imigrantes. Desde a chegada até a saída de Brasiléia, eles passam cerca de 25 a 30 dias no abrigo do município. Os estados que mais recebem são Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. De acordo com o superintendente do Ministério do Trabalho do Acre, Manoel Neto, quase 11 mil imigrantes tiraram carteira de trabalho no estado.
 Brasiléia, AC

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Site importante para os migrantes e refugiados no Brasil

Caros amigos e amigas, 
 
O site do IMDH - www.migrante.org.br - tem nova versão. Mais simples, com informações bastante atualizadas, constam as publicações de residência permanente dos haitianos, matérias sobre vários  temas de interesse tanto para os agentes sociais, quanto para os migrantes e refugiados e interessados na matéria...
Você está convidado/a a dar uma espiadinha e enviar sua opinião ou sugestões para o IMDH. Agradecemos ao Alex, da CNBB, que está fazendo esta produção (alexssb2003@gmail.com).
Contamos com ele para a revisão e complementação do trabalho.
É oportuno ouvir sua opinião.
Grande abraço

Ir. Rosita Milesi, mscs
Diretora
Instituto Migrações e Direitos Humanos
Quadra 7 - Cj. C - Lote 1 - Vila Varjão/Lago Norte
71540-400 - Brasília - DF - Brasil
rosita@migrante.org.br
imdh.diretoria@migrante.org.br
Tel.: (0055) 61 81737688 e 3340-2689
Website: www.migrante.org.br

Haitianos Residencia Permanente no Brasil = Diario Oficial 31 de janeiro de 2014


Amigos e amigas,
Segue, em anexo, nova Relação de haitianos que acabam de receber residência permanente. A Listagem foi publicada no Diário Oficial do dia 31 de dezembro de 2013, p. 52 e 53. Já se encontra na página do IMDH - www.migrante.org.br
Recomendamos divulgação... Avisem os haitianos que acaso vocês conhecem, as empresas nas quais trabalham, enfim, ajudem-nos a que a comunicação chegue aos interessados. Eles tem apenas 90 dias para providenciar o registro na Polícia Federal. Por isso, é urgente que tomem conhecimento desta publicação.
Estamos à disposição para eventuais dúvidas.
Um abraço e saudações a todos e todas!
 
Ir. Rosita Milesi
 
 

SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE ESTRANGEIROS
DESPACHO DO DIRETOR ADJUNTO

Tendo em vista a autorização de concessão de permanência
no País, outorgada pelo Conselho Nacional de Imigração, com base
na Resolução Recomendada nº 08, de 19 de dezembro de 2006, c/c a
Resolução Normativa nº 27, de 25 de janeiro de 1998, ambas daquele
Colegiado, publicada no Diário Oficial da União 25 de setembro de
2013, Seção 1, pág. 143 a 145, concedo a residência permanente aos
nacionais haitiano, abaixo relacionados, no Território Nacional:

Processo Nº 08241.001650/2013-74 - ADELINE JEAN
CHARLES
Processo Nº 08221.003837/2012-60 - ADLERT THESSIER
Processo Nº 08241.001612/2013-11 - ALCIDE CINE
Processo Nº 08241.000920/2013-20 - ALEXANDRE DUCLONA
Processo Nº 08221.003829/2012-13 - ALVARESTE JUNIOR
JEAN
Processo Nº 08241.000799/2013-36 - AMOS BELLEUS
Processo Nº 08241.001060/2013-41 - ANDRE ALCY
Processo Nº 08241.000855/2013-32 - ANDRE DORCIUS
Processo Nº 08241.001127/2013-48 - ANDRESON JULIEN
Processo Nº 08241.001116/2013-68 - ANEL VERDIEU
Processo Nº 08241.001646/2013-14 - ANGELO JEANLOUIS
Processo Nº 08241.001662/2013-07 - ANGELOT ELIAS
Processo Nº 08241.001248/2013-90 - ANNAZIE ATIFORT
Processo Nº 08241.001074/2013-65 - ANNETTE PIERRE
LOUIS
Processo Nº 08241.001614/2013-19 - AUTANIE JASMIN
Processo Nº 08241.000852/2013-07 - BE-O-IN HENRY
Processo Nº 08221.003851/2012-63 - BEDLINE ARNE/DANIEL
Processo Nº 08241.001221/2013-05 - BERGITE DACEUS
Processo Nº 08241.001242/2013-12 - BETHANIE PIERE
Processo Nº 08221.003860/2012-54 - BETINA GERMAIN
Processo Nº 08241.001571/2013-63 - BONNELA PRESSOIR
Processo Nº 08241.001132/2013-51 - BONUS JEAN
Processo Nº 08241.001099/2013-69 - BENDJY DORMEVIL
Processo Nº 08241.001617/2013-44 - BRUNEL TILUS
Processo Nº 08221.003859/2012-20 - CARLOS JEAN
Processo Nº 08241.000815/2013-91 - CARMENE DARELUS
Processo Nº 08241.001111/2013-35 - CASIMIR ADRIEN
Processo Nº 08241.001073/2013-11 - CHARITABLE JEANTY
Processo Nº 08241.001567/2013-03 - CHILET BELICE
Processo Nº 08241.000802/2013-11 - CHISTINE JASMIN
Processo Nº 08241.000923/2013-63 - CLAIRVENUE GUIRAND
Processo Nº 08241.001518/2013-62 - CROISSON BOUZY
Processo Nº 08241.001088/2013-89 - DANIEL ZIDOR
Processo Nº 08241.001138/2013-28 - DAPHKAR DUMAY
Processo Nº 08241.001573/2013-52 - DAVID GERMINAL
Processo Nº 08241.000851/2013-54 - DELSON PIERRE
Processo Nº 08241.001136/2013-39 - DENET LAMANE
Processo Nº 08221.003836/2012-15 - DENIS DESINOR
Processo Nº 08241.001098/2013-14 - DIEULY HERARD
Processo Nº 08221.003997/2012-17 - DIEUMER LAURENT
Processo Nº 08241.001122/2013-15 - DIEUSINOR BELGARDE
Processo Nº 08241.001515/2013-29 - DIMY GEORGES
Processo Nº 08241.001103/2013-99 - DOUDOU LOIS
JEAN
Processo Nº 08221.003828/2012-79 - EDDY FORTUNE
Processo Nº 08241.001512/2013-95 - ELIPHETE SAINVIL
Processo Nº 08241.001135/2013-94 - ELOURDIA FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001110/2013-91 - EMMANUEL ST RILUS
Processo Nº 08241.000961/2013-16 - ENA MEZILAS
Processo Nº 08241.001608/2013-53 - ERCILIA AUGUSTIN
Processo Nº 08241.001550/2013-48 - ERNST CADET
Processo Nº 08221.003856/2012-96 - ERNST BEAUZIL
Processo Nº 08241.000844/2013-52 - ERNSO ELYSSE
Processo Nº 08241.000927/2013-41 - ESNEL BAGUIDY
Processo Nº 08241.001244/2013-10 - EUNIVE JUNIUS
Processo Nº 08241.001066/2013-19 - EVENS HERISTAL
Processo Nº 08241.001226/2013-20 - FANISE JOSEPH
Processo Nº 08241.000860/2013-45 - FEDELINE GRANDPIERRE
Processo Nº 08241.000928/2013-96 - FLORANCE BEAUDOUIN
Processo Nº 08241.001240/2013-23 - FRANCE RUCHCARDE
JOSEPH
Processo Nº 08241.000917/2013-14 - FRANCEAU JEUNE
Processo Nº 08241.001659/2013-85 - FRANCIS MEROLIN
Processo Nº 08221.003850/2012-19 - FRANTSO MONDESIR
Processo Nº 08241.001565/2013-14 - FRITZ GUSTAVO
Processo Nº 08241.000895/2013-84 - FRITZ MESILAS
Processo Nº 08241.001076/2013-54 - FRITZNER PROCHETTE
Processo Nº 08241.001653/2013-16 - GARY RIGUERRE
Processo Nº 08241.001153/2013-76 - GEFFRARD DEILETTE
Processo Nº 08241.000647/2013-33 - GERMANIE CHARLES
Processo Nº 08241.000661/2013-37 - GILNA JEAN
LOUIS
Processo Nº 08241.000650/2013-57 - GILNER LELIEVRE
Processo Nº 08241.001085/2013-45 - GIVENOUCHEMIRE
DESULME
Processo Nº 08241.001101/2013-08 - GUERLINE DARIUS
LOSAMA
Processo Nº 08241.001144/2013-85 - HEBERT SAINTCLAIR
Processo Nº 08221.003858/2012-85 - HERMAN AUGUSTE
Processo Nº 08221.003861/2012-07 - HEROLD EMMANUEL
Processo Nº 08241.000809/2013-33 - HEROLD BUISSERETH
Processo Nº 08241.000806/2013-08 - IDECIA EDOUARD,
MARIE CRISTINE SELESTIN e ROUDELINE SELESTIN
Processo Nº 08241.001057/2013-28 - JACKSON STFLEUR
Processo Nº 08221.003866/2012-21 - JACOB DELVARD
Processo Nº 08241.001623/2013-00 - JACQUELIN DELOUIS
Processo Nº 08241.000805/2013-55 - JAUDE JOSEPH ROOLS
FERDINAND
Processo Nº 08241.001259/2013-70 - JAUNA SAINTUS
Processo Nº 08241.001630/2013-01 - JEAN ANDRE AUGUSTE
Processo Nº 08241.001656/2013-41 - JEAN DAVID DOR
Processo Nº 08241.000819/2013-79 - JEAN ANINE CINEUS
Processo Nº 08241.001554/2013-26 - JEAN DIDLY AMBOISE
Processo Nº 08241.001510/2013-04 - JEAN FRITZNER
SAINT GERMAIN
Processo Nº 08241.001091/2013-01 - JEAN JACQUY SEME
Processo Nº 08241.001133/2013-03 - JEAN JUNIOR PIERRE
Processo Nº 08241.001557/2013-60 - JEAN KERBY ODELON
Processo Nº 08241.001620/2013-68 - JEAN LESLY LEXI
Processo Nº 08241.000859/2013-11 - JEAN MARIO NERISMA
Processo Nº 08241.001113/2013-24 - JEAN MAXINE SENAT
Processo Nº 08241.001553/2013-81 - JEAN NOE SENAT
Processo Nº 08241.001121/2013-71 - JEAN OLGA JEAN
Processo Nº 08241.001661/2013-54 - JEAN PAUL CHARLES

Processo Nº 08241.000672/2013-17 - JEAN RENE ANSELME
Processo Nº 08241.001558/2013-12 - JEAN ROMAIN VERTUS
Processo Nº 08241.001262/2013-93 - JEAN SIMILOR JEROME
Processo Nº 08221.003867/2012-76 - JEAN WESNER JOSEPH
Processo Nº 08241.001260/2013-02 - JEAN WILBERT
JEAN
Processo Nº 08241.000723/2013-19 - JEAN WILLY ALASY
Processo Nº 08241.001507/2013-82 - JEAN YVES CAMILLE
Processo Nº 08241.000863/2013-89 - JEAN-FENIC FLEURIVAL
Processo Nº 08241.000812/2013-57 - JEAN RONY GUERSAINT
Processo Nº 08241.001106/2013-22 - JEAN-SAMUEL DESULME
Processo Nº 08241.000845/2013-05 - JHEMS DUPHAGES
Processo Nº 08241.001508/2013-27 - JHEN-SLY
EDOUARD
Processo Nº 08241.000669/2013-01 - JHONY TROPNAS
Processo Nº 08241.001615/2013-55 - JIMMY DORISCARD
Processo Nº 08221.003834/2012-26 - JOANEL ORNE
Processo Nº 08241.001635/2013-26 - JOASSAINT BAPTISTE
Processo Nº 08241.000658/2013-13 - JOB JULIEN
Processo Nº 08241.001584/2013-32 - JOHNY ALCINDOR
Processo Nº 08221.003857/2012-31 - JONISE GERMAIN
Processo Nº 08241.001239/2013-07 - JOSDANY LEUSNE
Processo Nº 08241.001258/2013-25 - JOSE ALEXIS
Processo Nº 08241.001552/2013-37 - JOSE JOSEPH
Processo Nº 08241.001079/2013-98 - JOSELAINE JOACHIM
Processo Nº 08241.000828/2013-60 - JOSETTE PREVOT
Processo Nº 08241.001119/2013-00 - JOSSE FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001075/2013-18 - JUNETTE PIERRE
Processo Nº 08221.003995/2012-10 - JUNIOR METAYE
Processo Nº 08241.001155/2013-65 - KESNEL RINCHERE
Processo Nº 08241.000550/2013-21 - KESNY JEAN-BAPTISTE
Processo Nº 08241.001102/2013-44 - LAURENTE BOUZI
Processo Nº 08241.001561/2013-28 - LEON DESAILLE
Processo Nº 08241.001083/2013-56 - LOURDENIE DORIUS
Processo Nº 08241.001660/2013-18 - LOVE LOUIS
Processo Nº 08241.000825/2013-26 - LUCIANA CALIXTEMEDOR
Processo Nº 08241.001059/2013-17 - LUDES BEZIEL
Processo Nº 08241.001126/2013-01 - LUTHER LORIME
Processo Nº 08241.001243/2013-67 - MAKENSON JEANTY
Processo Nº 08241.001655/2013-05 - MANNOEL LAGUERRE
Processo Nº 08241.000840/2013-74 - MARC DANIEL BRICE
Processo Nº 08221.003848/2012-40 - MARC DONAL CORRIDON
Processo Nº 08241.000856/2013-87 - MARC ENEL FRANCEUS
Processo Nº 08241.000662/2013-81 - MARIE BERTHILDE
DESTIN
Processo Nº 08241.001105/2013-88 - MARIE JEANNE
D'ARC CHARLES
Processo Nº 08241.001570/2013-19 - MARIE MERTHA PERILANT
Processo Nº 08241.000914/2013-72 - MARIE MICHELE
CALIXTE
Processo Nº 08241.001542/2013-00 - MARIE NANCY OSSE
Processo Nº 08241.001058/2013-72 - MARIO EDMOND
Processo Nº 08241.001578/2013-85 - MARRIANE CHARLES
Processo Nº 08241.000842/2013-63 - MATHIAS FANFAN
Processo Nº 08241.001556/2013-15 - MAXO ALCINDOR
Processo Nº 08221.003852/2212-16 - MECENE ARISTIDE
Processo Nº 08221.003996/2012-64 - MELAINE DARIUS
Processo Nº 08241.001637/2013-15 - MELIENNE HELAS
Processo Nº 08221.003835/2012-71 - MERISMA FLERISME
Processo Nº 08241.000921/2013-74 - MERLIN LAMARRE
Processo Nº 08241.000850/2013-18 - MERVVIL JEAN
Processo Nº 08241.001613/2013-66 - MESANIE DROUILLARD
Processo Nº 08241.001562/2013-72 - MESILIA NICOLAS
Processo Nº 08241.000925/2013-52 - MICHEL-ANGE
CHENET
Processo Nº 08241.001100/2013-55 - MICHELET CHARLES
Processo Nº 08241.001117/2013-11 - MICHELINE DEJOUR
Processo Nº 08241.000848/2013-31 - MICIA NORASSAINT
Processo Nº 08241.000849/2013-85 - MIKA VITAL
Processo Nº 08241.000924/2013-16 - MILO GASPARD
Processo Nº 08241.000926/2013-05 - MIREGNE MERIZIER
Processo Nº 08241.000853/2013-43 - MOISE PIERRE
Processo Nº 08241.000918/2013-51 - MONCIUS ANDRE
Processo Nº 08241.001648/2013-03 - MONIQUE SAJOUS
Processo Nº 08241.001077/2013-07 - MOTELERE ANTOINE
Processo Nº 08241.001626/2013-35 - MURAT SAGESSE
Processo Nº 08241.000668/2013-60 - MYSTAL RIGUEUR
Processo Nº 08241.001506/2013-38 - NATACHA RENATY
Processo Nº 08241.001632/2013-92 - NATACHA VALESCO
Processo Nº 08241.001130/2013-61 - NELSON BLANC
Processo Nº 08241.000644/2013-08 - OBERT-SON'N LEXIN
Processo Nº 08241.001086/2013-90 - ONETTE DATIS
Processo Nº 08241.001658/2013-31 - ORIANEL FLORIANT
Processo Nº 08241.001078/2013-43 - OSCA SAINTUMAS
Processo Nº 08241.001652/2013-63 - OSNEL PETIT DAY
Processo Nº 08241.000668/2013-59 - OSNER LABADY
Processo Nº 08221.003849/2012-94 - OXON CORRIELAND
Processo Nº 08241.000857/2013-21 - PAULEMA EXANTUS
Processo Nº 08221.003992/2012-86 - PHILISTIN AMBROISE
Processo Nº 08241.000846/2013-41 - PIERJO LOUIS
Processo Nº 08241.001104/2013-33 - RAYNOLD ANDRE
Processo Nº 08241.001616/2013-08 - REYNALD INNOCENT
Processo Nº 08241.001657/2013-96 - RICARDY PIERRE
Processo Nº 08241.001081/2013-67 - RICOT DELFORT
Processo Nº 08241.001640/2013-39 - RIDNAUD JEANLOUIS
Processo Nº 08241.000659/2013-68 - RODNEY ISMA
Processo Nº 08221.003854/2012-05 - ROLDY DESSEINT
Processo Nº 08241.000841/2013-19 - ROLIN LAINE
Processo Nº 08241.001129/2013-37 - RONALDO FLEURY
Processo Nº 08221.003847/2012-03 - RONY PIERRE
Processo Nº 08241.001664/2013-98 - ROSELINE CORASME
BLANC
Processo Nº 08241.001114/2013-79 - ROSEMONDE JUIN
Processo Nº 08241.001563/2013-17 - SAINJUSTE SALIBA
Processo Nº 08241.001643/2013-72 - SCHILLER MALBRANCHE
Processo Nº 08221.003865/2012-87 - SELEMME CESAR
Processo Nº 08221.003862/2012-43 - SINGELUC SIMEON
Processo Nº 08221.003853/2012-52 - SMITHS SAINT
PAUL
Processo Nº 08221.003869/2012-65 - OCCEUS SOLIUS
Processo Nº 08241.001108/2013-11 - SONEL BAUGE
Processo Nº 08221.003864/2012-32 - SONIA FILISTIN
Processo Nº 08241.001234/2013-76 - STEVENSON PIERRE
LOUIS
Processo Nº 08241.001629/2013-79 - SYLVESSE TIPHAT
Processo Nº 08241.001080/2013-12 - SYLVIO JOSEPH
Processo Nº 08221.003863/2012-98 - TILENUS CIMEON
Processo Nº 08241.001618/2013-99 - VITALIA VITAL
Processo Nº 08241.001581/2013-07 - VOLNY STYL
Processo Nº 08221.003994/2012-75 - VOLNY FRAGELUS
Processo Nº 08241.001609/2013-06 - WADSON JEAN JACQUES
e JHON JEAN JACQUES
Processo Nº 08221.003993/2012-21 - WALNER AUGUSTIN
Processo Nº 08241.001064/2013-20 - WILFRID SAINT AIME
Processo Nº 08491.002879/2012-01 - WILHEM SMITH
Processo Nº 08221.003868/2012-11 - WILL SOUVERIN
Processo Nº 08241.001084/2013-09 - WILSON GAY
Processo Nº 08241.001124/2013-12 - WILTON DANTESSE
Processo Nº 08241.001555/2013-71 - YONEL DAVID
Processo Nº 08221.003855/2012-41 - YRAN DIEUCEL
Processo Nº 08241.000665/2013-15 - YVENSLY SIMILIEN
Processo Nº 08241.000690/2013-07 - WILLIAM GUILLAUMETTE
Processo Nº 08241.000701/2013-41 - SUZE GUILLAUMETTE


 SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE ESTRANGEIROS
DESPACHO DO DIRETOR ADJUNTO

Tendo em vista a autorização de concessão de permanência
no País, outorgada pelo Conselho Nacional de Imigração, com base
na Resolução Recomendada nº 08, de 19 de dezembro de 2006, c/c a
Resolução Normativa nº 27, de 25 de janeiro de 1998, ambas daquele
Colegiado, publicada no Diário Oficial da União 25 de setembro de
2013, Seção 1, pág. 143 a 145, concedo a residência permanente aos
nacionais haitiano, abaixo relacionados, no Território Nacional:

Processo Nº 08241.001650/2013-74 - ADELINE JEAN
CHARLES
Processo Nº 08221.003837/2012-60 - ADLERT THESSIER
Processo Nº 08241.001612/2013-11 - ALCIDE CINE
Processo Nº 08241.000920/2013-20 - ALEXANDRE DUCLONA
Processo Nº 08221.003829/2012-13 - ALVARESTE JUNIOR
JEAN
Processo Nº 08241.000799/2013-36 - AMOS BELLEUS
Processo Nº 08241.001060/2013-41 - ANDRE ALCY
Processo Nº 08241.000855/2013-32 - ANDRE DORCIUS
Processo Nº 08241.001127/2013-48 - ANDRESON JULIEN
Processo Nº 08241.001116/2013-68 - ANEL VERDIEU
Processo Nº 08241.001646/2013-14 - ANGELO JEANLOUIS
Processo Nº 08241.001662/2013-07 - ANGELOT ELIAS
Processo Nº 08241.001248/2013-90 - ANNAZIE ATIFORT
Processo Nº 08241.001074/2013-65 - ANNETTE PIERRE
LOUIS
Processo Nº 08241.001614/2013-19 - AUTANIE JASMIN
Processo Nº 08241.000852/2013-07 - BE-O-IN HENRY
Processo Nº 08221.003851/2012-63 - BEDLINE ARNE/DANIEL
Processo Nº 08241.001221/2013-05 - BERGITE DACEUS
Processo Nº 08241.001242/2013-12 - BETHANIE PIERE
Processo Nº 08221.003860/2012-54 - BETINA GERMAIN
Processo Nº 08241.001571/2013-63 - BONNELA PRESSOIR
Processo Nº 08241.001132/2013-51 - BONUS JEAN
Processo Nº 08241.001099/2013-69 - BENDJY DORMEVIL
Processo Nº 08241.001617/2013-44 - BRUNEL TILUS
Processo Nº 08221.003859/2012-20 - CARLOS JEAN
Processo Nº 08241.000815/2013-91 - CARMENE DARELUS
Processo Nº 08241.001111/2013-35 - CASIMIR ADRIEN
Processo Nº 08241.001073/2013-11 - CHARITABLE JEANTY
Processo Nº 08241.001567/2013-03 - CHILET BELICE
Processo Nº 08241.000802/2013-11 - CHISTINE JASMIN
Processo Nº 08241.000923/2013-63 - CLAIRVENUE GUIRAND
Processo Nº 08241.001518/2013-62 - CROISSON BOUZY
Processo Nº 08241.001088/2013-89 - DANIEL ZIDOR
Processo Nº 08241.001138/2013-28 - DAPHKAR DUMAY
Processo Nº 08241.001573/2013-52 - DAVID GERMINAL
Processo Nº 08241.000851/2013-54 - DELSON PIERRE
Processo Nº 08241.001136/2013-39 - DENET LAMANE
Processo Nº 08221.003836/2012-15 - DENIS DESINOR
Processo Nº 08241.001098/2013-14 - DIEULY HERARD
Processo Nº 08221.003997/2012-17 - DIEUMER LAURENT
Processo Nº 08241.001122/2013-15 - DIEUSINOR BELGARDE
Processo Nº 08241.001515/2013-29 - DIMY GEORGES
Processo Nº 08241.001103/2013-99 - DOUDOU LOIS
JEAN
Processo Nº 08221.003828/2012-79 - EDDY FORTUNE
Processo Nº 08241.001512/2013-95 - ELIPHETE SAINVIL
Processo Nº 08241.001135/2013-94 - ELOURDIA FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001110/2013-91 - EMMANUEL ST RILUS
Processo Nº 08241.000961/2013-16 - ENA MEZILAS
Processo Nº 08241.001608/2013-53 - ERCILIA AUGUSTIN
Processo Nº 08241.001550/2013-48 - ERNST CADET
Processo Nº 08221.003856/2012-96 - ERNST BEAUZIL
Processo Nº 08241.000844/2013-52 - ERNSO ELYSSE
Processo Nº 08241.000927/2013-41 - ESNEL BAGUIDY
Processo Nº 08241.001244/2013-10 - EUNIVE JUNIUS
Processo Nº 08241.001066/2013-19 - EVENS HERISTAL
Processo Nº 08241.001226/2013-20 - FANISE JOSEPH
Processo Nº 08241.000860/2013-45 - FEDELINE GRANDPIERRE
Processo Nº 08241.000928/2013-96 - FLORANCE BEAUDOUIN
Processo Nº 08241.001240/2013-23 - FRANCE RUCHCARDE
JOSEPH
Processo Nº 08241.000917/2013-14 - FRANCEAU JEUNE
Processo Nº 08241.001659/2013-85 - FRANCIS MEROLIN
Processo Nº 08221.003850/2012-19 - FRANTSO MONDESIR
Processo Nº 08241.001565/2013-14 - FRITZ GUSTAVO
Processo Nº 08241.000895/2013-84 - FRITZ MESILAS
Processo Nº 08241.001076/2013-54 - FRITZNER PROCHETTE
Processo Nº 08241.001653/2013-16 - GARY RIGUERRE
Processo Nº 08241.001153/2013-76 - GEFFRARD DEILETTE
Processo Nº 08241.000647/2013-33 - GERMANIE CHARLES
Processo Nº 08241.000661/2013-37 - GILNA JEAN
LOUIS
Processo Nº 08241.000650/2013-57 - GILNER LELIEVRE
Processo Nº 08241.001085/2013-45 - GIVENOUCHEMIRE
DESULME
Processo Nº 08241.001101/2013-08 - GUERLINE DARIUS
LOSAMA
Processo Nº 08241.001144/2013-85 - HEBERT SAINTCLAIR
Processo Nº 08221.003858/2012-85 - HERMAN AUGUSTE
Processo Nº 08221.003861/2012-07 - HEROLD EMMANUEL
Processo Nº 08241.000809/2013-33 - HEROLD BUISSERETH
Processo Nº 08241.000806/2013-08 - IDECIA EDOUARD,
MARIE CRISTINE SELESTIN e ROUDELINE SELESTIN
Processo Nº 08241.001057/2013-28 - JACKSON STFLEUR
Processo Nº 08221.003866/2012-21 - JACOB DELVARD
Processo Nº 08241.001623/2013-00 - JACQUELIN DELOUIS
Processo Nº 08241.000805/2013-55 - JAUDE JOSEPH ROOLS
FERDINAND
Processo Nº 08241.001259/2013-70 - JAUNA SAINTUS
Processo Nº 08241.001630/2013-01 - JEAN ANDRE AUGUSTE
Processo Nº 08241.001656/2013-41 - JEAN DAVID DOR
Processo Nº 08241.000819/2013-79 - JEAN ANINE CINEUS
Processo Nº 08241.001554/2013-26 - JEAN DIDLY AMBOISE
Processo Nº 08241.001510/2013-04 - JEAN FRITZNER
SAINT GERMAIN
Processo Nº 08241.001091/2013-01 - JEAN JACQUY SEME
Processo Nº 08241.001133/2013-03 - JEAN JUNIOR PIERRE
Processo Nº 08241.001557/2013-60 - JEAN KERBY ODELON
Processo Nº 08241.001620/2013-68 - JEAN LESLY LEXI
Processo Nº 08241.000859/2013-11 - JEAN MARIO NERISMA
Processo Nº 08241.001113/2013-24 - JEAN MAXINE SENAT
Processo Nº 08241.001553/2013-81 - JEAN NOE SENAT
Processo Nº 08241.001121/2013-71 - JEAN OLGA JEAN
Processo Nº 08241.001661/2013-54 - JEAN PAUL CHARLES


Processo Nº 08241.000672/2013-17 - JEAN RENE ANSELME
Processo Nº 08241.001558/2013-12 - JEAN ROMAIN VERTUS
Processo Nº 08241.001262/2013-93 - JEAN SIMILOR JEROME
Processo Nº 08221.003867/2012-76 - JEAN WESNER JOSEPH
Processo Nº 08241.001260/2013-02 - JEAN WILBERT
JEAN
Processo Nº 08241.000723/2013-19 - JEAN WILLY ALASY
Processo Nº 08241.001507/2013-82 - JEAN YVES CAMILLE
Processo Nº 08241.000863/2013-89 - JEAN-FENIC FLEURIVAL
Processo Nº 08241.000812/2013-57 - JEAN RONY GUERSAINT
Processo Nº 08241.001106/2013-22 - JEAN-SAMUEL DESULME
Processo Nº 08241.000845/2013-05 - JHEMS DUPHAGES
Processo Nº 08241.001508/2013-27 - JHEN-SLY
EDOUARD
Processo Nº 08241.000669/2013-01 - JHONY TROPNAS
Processo Nº 08241.001615/2013-55 - JIMMY DORISCARD
Processo Nº 08221.003834/2012-26 - JOANEL ORNE
Processo Nº 08241.001635/2013-26 - JOASSAINT BAPTISTE
Processo Nº 08241.000658/2013-13 - JOB JULIEN
Processo Nº 08241.001584/2013-32 - JOHNY ALCINDOR
Processo Nº 08221.003857/2012-31 - JONISE GERMAIN
Processo Nº 08241.001239/2013-07 - JOSDANY LEUSNE
Processo Nº 08241.001258/2013-25 - JOSE ALEXIS
Processo Nº 08241.001552/2013-37 - JOSE JOSEPH
Processo Nº 08241.001079/2013-98 - JOSELAINE JOACHIM
Processo Nº 08241.000828/2013-60 - JOSETTE PREVOT
Processo Nº 08241.001119/2013-00 - JOSSE FRANÇOIS
Processo Nº 08241.001075/2013-18 - JUNETTE PIERRE
Processo Nº 08221.003995/2012-10 - JUNIOR METAYE
Processo Nº 08241.001155/2013-65 - KESNEL RINCHERE
Processo Nº 08241.000550/2013-21 - KESNY JEAN-BAPTISTE
Processo Nº 08241.001102/2013-44 - LAURENTE BOUZI
Processo Nº 08241.001561/2013-28 - LEON DESAILLE
Processo Nº 08241.001083/2013-56 - LOURDENIE DORIUS
Processo Nº 08241.001660/2013-18 - LOVE LOUIS
Processo Nº 08241.000825/2013-26 - LUCIANA CALIXTEMEDOR
Processo Nº 08241.001059/2013-17 - LUDES BEZIEL
Processo Nº 08241.001126/2013-01 - LUTHER LORIME
Processo Nº 08241.001243/2013-67 - MAKENSON JEANTY
Processo Nº 08241.001655/2013-05 - MANNOEL LAGUERRE
Processo Nº 08241.000840/2013-74 - MARC DANIEL BRICE
Processo Nº 08221.003848/2012-40 - MARC DONAL CORRIDON
Processo Nº 08241.000856/2013-87 - MARC ENEL FRANCEUS
Processo Nº 08241.000662/2013-81 - MARIE BERTHILDE
DESTIN
Processo Nº 08241.001105/2013-88 - MARIE JEANNE
D'ARC CHARLES
Processo Nº 08241.001570/2013-19 - MARIE MERTHA PERILANT
Processo Nº 08241.000914/2013-72 - MARIE MICHELE
CALIXTE
Processo Nº 08241.001542/2013-00 - MARIE NANCY OSSE
Processo Nº 08241.001058/2013-72 - MARIO EDMOND
Processo Nº 08241.001578/2013-85 - MARRIANE CHARLES
Processo Nº 08241.000842/2013-63 - MATHIAS FANFAN
Processo Nº 08241.001556/2013-15 - MAXO ALCINDOR
Processo Nº 08221.003852/2212-16 - MECENE ARISTIDE
Processo Nº 08221.003996/2012-64 - MELAINE DARIUS
Processo Nº 08241.001637/2013-15 - MELIENNE HELAS
Processo Nº 08221.003835/2012-71 - MERISMA FLERISME
Processo Nº 08241.000921/2013-74 - MERLIN LAMARRE
Processo Nº 08241.000850/2013-18 - MERVVIL JEAN
Processo Nº 08241.001613/2013-66 - MESANIE DROUILLARD
Processo Nº 08241.001562/2013-72 - MESILIA NICOLAS
Processo Nº 08241.000925/2013-52 - MICHEL-ANGE
CHENET
Processo Nº 08241.001100/2013-55 - MICHELET CHARLES
Processo Nº 08241.001117/2013-11 - MICHELINE DEJOUR
Processo Nº 08241.000848/2013-31 - MICIA NORASSAINT
Processo Nº 08241.000849/2013-85 - MIKA VITAL
Processo Nº 08241.000924/2013-16 - MILO GASPARD
Processo Nº 08241.000926/2013-05 - MIREGNE MERIZIER
Processo Nº 08241.000853/2013-43 - MOISE PIERRE
Processo Nº 08241.000918/2013-51 - MONCIUS ANDRE
Processo Nº 08241.001648/2013-03 - MONIQUE SAJOUS
Processo Nº 08241.001077/2013-07 - MOTELERE ANTOINE
Processo Nº 08241.001626/2013-35 - MURAT SAGESSE
Processo Nº 08241.000668/2013-60 - MYSTAL RIGUEUR
Processo Nº 08241.001506/2013-38 - NATACHA RENATY
Processo Nº 08241.001632/2013-92 - NATACHA VALESCO
Processo Nº 08241.001130/2013-61 - NELSON BLANC
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e JHON JEAN JACQUES
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Processo Nº 08241.001084/2013-09 - WILSON GAY
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Processo Nº 08241.000701/2013-41 - SUZE GUILLAUMETTE

domingo, 19 de janeiro de 2014

Noticia = Acre/Brasileia, Dia 17-01-2014

Aumento da pressão de imigrantes haitianos no Acre leva governador a pedir ajuda a Brasília

Uma reunião marcada para a próxima terça-feira entre representantes dos ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a situação de milhares de haitianos abrigados no município de Brasiléia, no Acre.
Brasília - Uma reunião marcada para a próxima terça-feira (21), entre representantes dos ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a situação de milhares de haitianos abrigados no município de Brasiléia, no Acre.
O governo do estado espera que o pedido de fechamento provisório da fronteira seja considerado como uma das estratégias do governo federal para contornar a situação considerada alarmante pelas autoridades locais.
A reunião foi marcada depois que o governador do Acre, Tião Viana relatou como está a atual situação em Brasiléia no encontro que ocorreu ontem (16), em Brasília com o ministro José Eduardo Cardozo. Mais de 1,2 mil pessoas estão no abrigo em Brasileia, a mais de 200 quilômetros da capital Rio Branco montado para receber até 450 pessoas.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão o grupo está vulnerável a diversos riscos de saúde e segurança. Mourão está desde ontem (16) no município, acompanhado por equipes da Defesa Civil estadual e adiantou hoje (17) à Agência Brasil que algumas providências já começam a ser adotadas.
"Vamos começar hoje a limpeza do abrigo pelos agentes da Defesa Civil. Queremos garantir a segurança no local para evitar incêndios e problemas provocados pelas chuvas que já começaram", explicou. Segundo ele, equipes da secretaria estadual de Saúde também devem chegar a Brasiléia para orientar os abrigados sobre o risco de doenças contagiosas e as formas de prevenção. A medida foi sugerida por Mourão que alertou sobre a aglomeração de pessoas acima da capacidade do abrigo. "Estas medidas, ainda assim, são insuficientes. O fluxo de pessoas continua aumentando. Ontem chegaram mais 50 pessoas e as empresas pararam de contratar", disse o secretário.
O acordo feito com empresários de diversos setores como o de construção civil e metalurgia para garantir emprego para muitos haitianos em outros pontos do país não têm sido suficiente para fazer frente ao fluxo migratório crescente. A situação se agravou quando, no início de dezembro as contratações foram reduzidas em função do período de menor atividade. A expectativa é que a partir de fevereiro as empresas retomem o recrutamento.
"Ontem já tivemos um sinal melhor já que uma empresa veio e recrutou 130 pessoas e soubemos que outra empresa deve vir hoje para contratar mais alguns", afirmou Mourão.
Ainda que o recrutamento volte ao ritmo normal, autoridades acreanas temem pela situação de mulheres e crianças que não estão no alvo destas contratações. Outra preocupação é com o aumento de pessoas entrando irregularmente pela fronteira. Segundo Mourão, os empregos oferecidos não são suficientes para atender o acúmulo registrado nas últimas semanas.
"Além disto, Brasiléia não tem condições de sediar outro abrigo. Se o governo federal indicar a construção de um outro local, não há condições na cidade. Estamos estudando, inclusive, a possibilidade de deslocar algumas pessoas para a capital Rio Branco, mas esta é uma operação complicada", disse.

Noticia - Acre - Brasileia = Dia 16-01-2014

Acre pede ajuda para haitianos abrigados em Brasileia

16/01/2014 - 15h14
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governo do Acre deve anunciar, nos próximos dias, medidas emergenciais para atender 160 mulheres e dez crianças haitianas abrigadas em Brasileia, a 200 quilômetros da capital, Rio Branco. O abrigo acolhe 1,2 mil pessoas que entraram no Brasil de forma irregular, pela fronteira com a Bolívia e com o Peru.
Criado pela União e mantido em parceria com o governo estadual, o abrigo deveria receber 450 pessoas, mas atingiu, este ano, quase o triplo da capacidade. A ideia, segundo o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, é encontrar uma forma de oferecer melhores condições a mulheres e crianças.
“Para o resto [dos haitianos] não tem jeito, não tem saída”, antecipou Mourão que esteve hoje (16) no município. Ele disse que concluirá um relatório com detalhes sobre a situação, para que o governador Tião Viana tente encontrar ajuda no governo federal.
“A qualquer momento podemos viver uma tragédia por doença ou fogo. Temos problemas de água, logística e alimentação. São 3,6 mil refeições por dia”, descreveu. A proposta do secretário é suspender a entrada dos imigrantes “até que os abrigados sigam viagem, porque elas não vêm para ficar no Acre. Querem seguir para São Paulo ou para o Sul do país”, disse. Outra possibilidade é a abertura de um segundo abrigo.
Pelas contas do governo acriano, mais de 15 mil pessoas passaram pela fronteira desde dezembro de 2010. O número é maior do que o de habitantes da área urbana da cidade de Brasileia, que é 10 mil pessoas. O movimento na fronteira do Brasil com o Peru quase triplicou em uma semana, com a entrada de mais de 70 haitianos por dia.
O representante da secretaria que trabalha em Brasileia, Damião Borges, lembrou que as empresas que contratam os migrantes atuam em setores como o da construção civil e metalurgia e, por isto, procuram, basicamente, mão-de-obra masculina.
“Em cada dez pessoas, quatro mulheres chegam, muitas idosas, doentes e crianças. Além disto, das 10 mil pessoas contratadas por empresas, 5 mil largam o emprego nos primeiros três meses”, explicou.
Damião Borges disse que enfrenta um outro problema: a insatisfação dos moradores com as dificuldades de acesso aos serviços básicos, como o sistema de saúde, porque os haitianos também devem ser atendidos. “A população não tem aguentado mais e a gente [governo do estado] sente a pressão”, disse.

Foto do alto da página: Luciano Pontes/ Secom Acre
Edição: Beto Coura
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Noticia - Acre - Brasileia = 15-01-2014

15/01/2014 15h07 - Atualizado em 15/01/2014 16h45

Entrada diária de haitianos triplica e quadro preocupa, diz governo do Acre

Abrigo em Brasiléia com capacidade para 300 tem 1.200 , diz secretário.
Ele sugere fechamento temporário de fronteira para controlar 'caravanas'.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
 

Mais de 400 haitianos continuam em Brasiléia (Foto: Reprodução TV Acre) 
 
Haitianos na cidade de Brasiléia em imagem
do ano passado (Foto: Reprodução/TV Acre)
O número de haitianos que estão entrando pela fronteira do Brasil com o Peru quase triplicou em uma semana, segundo o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. Desde a quinta-feira (9), entre 70 e 80 haitianos chegam a Brasiléia diariamente, diz ele. Antes, o número variava entre 20 e 30 por dia.
“A quantidade de caravanas de imigrantes haitianos que está entrando pela fronteira nesta semana é muito grande e isso está nos preocupando muito. Temo que uma grande tragédia aconteça. Nosso abrigo, que tem capacidade para 300 haitianos, está hoje com 1.200”, diz Mourão ao G1.
Ele pediu ao governador que comunicasse o fato ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo o fechamento temporário da fronteira. A assessoria de imprensa do governador informou que ele falará com o ministro nesta tarde.

Em 2013, o número de haitianos que entra ilegalmente pela fronteira de Brasiléia triplicou, segundo levantamento do G1 baseado  em números da Polícia Federal. De janeiro até setembro do ano passado, foram 6 mil, diz o delegado da PF Carlos Frederico Portella Santos Ribeiro. Em 2012, foram 2.318 haitianos que entraram ilegalmente.

“Todo início de ano cresce a chegada de imigrantes ilegais, mas este ano foi bem maior. Segundo relato de haitianos, coiotes espalharam pelo Haiti e pela República Dominicana que o Brasil iria fechar as fronteiras agora no início do ano, o que provocou um êxodo maior, acelerando muito desde quinta”, explica Mourão.

“O que nos preocupa é que antes, os que chegavam saíam rápido para o restante do país, em busca de trabalho. Mas agora, como é início de ano, as empresas não estão indo lá contratar, e ficamos com um grande fluxo retido”, acrescenta.

Fechamento de fronteira
Segundo o secretário, o governo nunca havia colocado em discussão o fechamento da fronteira, isso teria sido uma invenção dos coiotes.

"Mas o que está acontecendo nos preocupa, há um grande problema em Brasiléia e eu recomendei agora ao governador que peça ao ministro o fechamento temporário da fronteira, para reter os haitianos do lado de lá, no Peru, até conseguirmos dar vazão a este fluxo”, diz.

Mourão teme que a grande quantidade de imigrantes provoque uma tragédia no abrigo, que está com a capacidade esgotada em Brasiléia. “Estamos prevendo a iminência de uma tragédia, incêndio, brigas, ou mortes. Fica difícil controlar tanta gente."

A imigração haitiana ao Brasil começou em janeiro de 2010, após um terremoto no país caribenho provocar a morte de mais de 300 mil pessoas e deixar cerca de 300 mil deslocados internos. Segundo o governo do Acre, desde dezembro de 2010, cerca de 15 mil haitianos entraram pela fronteira do Peru com o Estado.

O Ministério da Justiça diz que acompanha a situação dos haitianos em Brasiléia e que está colaborando com o governo do Acre para tentar minimizar os problemas. Sobre o aumento repentino da imigração ilegal pela fronteira, o ministério diz que ainda não foi comunicado e irá avaliar.

O G1 tentou contato com os delegados da PF responsáveis pela região para verificar a situação, mas não obteve retorno.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Noticia 17-01-2014 - Municipio de Sao Miguel do Oeste, localizado no Extremo Oeste de Santa Catarina. Parabens empressarios por confiar na capacidades dos imigrantes do Haiti no Brasil que buscam melhores condicoes de vida e oportunidade de trabalho. Voces abrem as portas de acesso ao trabalho e podem enviar algum valor aos seus familiares que estao no Haiti.

Notícias (site da Rede Perepi de comunicacao com sede em Sao Miguel do Oeste - SC = www.peperi.com.br)

Local - São Miguel do Oeste/SC
Sexta-Feira, 17 de Janeiro de 2014 - 10h15
Dez haitianos devem chegar em 15 dias para trabalhar no município

Vilmar de Souza diz que Acismo está acompanhando processo (Foto: Lucas Serapio)
Os trabalhadores do Haiti chegam para ocupar vagas com falta de mão de obra, principalmente nas fábricas de São Miguel do Oeste. A iniciativa é aprovada pelo empresariado desde o ano passado e acompanhada pela Acismo. De acordo com o presidente da entidade, Vilmar De Souza, uma empresa está fazendo a assessoria para transportar essas pessoas do norte do país até o município. Ele diz que em cerca de 15 dias aproximadamente dez haitianos devem chegar em São Miguel do Oeste. O presidente da Acismo diz que cada empresa contratante vai fornecer moradia e alimentação. Segundo ele, as empresas se comprometeram a bancar esses custos nos primeiros 60 dias.